Como demorei para postar, vou mandar esse capítulo enorme e.e hahahha...
PS: a foto da Helena é o vestido da Katherine...
Ps²: se tiver algum erro, me avisem! Estive sem tempo para corrigir...
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Cinco anos se passaram desde o nascimento de meu pequeno Henryk. Crecendo como uma criança linda e esperta, nunca sendo muito sorridente, mas sempre que sorria derretia até mesmo o coração de sua avó.
Pyter e eu estávamos mais calmos, não que eu o amasse na mesma intensidade, mas já não me irritava tanto com seu cuidado excessivo comigo e com Henry. Elijah e eu continuamos com nosso amor, mas somente com beijos e as vezes toques.
- Hoje faz cinco anos que sua tia Julliet se foi.
- Mamãe disse que ela era uma boa mulher.
- Tenha certeza disso, pequeno Henry... Era uma mulher excelente.
- Você sente falta dela, tio Alec?
- Todos os dias da minha vida, pequeno...
- Henry, pare de encher seu tio com suas perguntas.
Ele balançou os ombrinhos e voltou a se concentrar no brinquedo de montar.
- Não se preocupe, estou bem.
- Você sabe onde está Pyter?
- Provavelmente no campo com Elijah.
- Você quer ir ver seu pai comigo, Henry?
- Pode ser.
Meu pequeno estava com um sobretudo azul escuro e calças sociais preta seu cabelo loiro sujo caía insistentemente em seu rostinho angelical, sua pele era quase translúcida, o que fazia o fazia ser semelhante a um vampiro, como os antigos diziam. Sempre tão curioso sobre tudo, mas nunca demonstrando muitas emoções.
- Que árvore é essa?
- Não sei, mas por que não pergunta ao tio Stefan?
- Tudo bem.
- Olhe lá, papai está lá.
Henry esboçou um sorriso que derretia meu coração, e andou até lá. Pyter o pegou no colo sorrindo feliz. De longe parecia uma família feliz, um pai dedicado, uma mãe amorosa e um filho lindo, talvez fosse tão mágico por eu não estar alí...
- Hoje eu joguei com tio Alec e ganhei dele.
- É mesmo? Que ótimo, Henry.
- Duas vezes seguidas, não é, filho?
Ele acenou com a cabeça.
- Papai, depois posso ir andar com tio Stefan?
- Talvez amanhã, hoje o sol já está se pondo.
Henry resmungou baixinho, mas não fez nenhuma objeção, apenas pegou o caminho e voltou com Elijah para o castelo.
- Você está linda...
Pyter me tomou em um beijo apaixonado e intenso. Após tantos anos, já conseguia fingir bem, correspondia como podia.
- Acho melhor voltar para o castelo. Henry precisa dormir cedo e amanhã vai ser um dia cheio.
Cada ano que se passava da morte de Julliet, Alec fazia um pequeno tributo a ela. Íamos até seu túmulo, rezavamos e conversavamos sobre ela.
- Tem certeza de que é boa ideia levar Henry?
- Pyter, nosso filho é um rapazinho já. Esperto como é, tenho certeza de que jamais falaria algo desnecessário.
Modéstia a parte, meu filho é extremamente inteligente e desenvolvido para a pouca idade, mesmo não sendo o mais amoroso, sabia ser carinhoso como ninguém.
- Tem razão. - ele passou a mão por meu pescoço, me puxando para caminhar ao seu lado. - Eu amo você.
- Também, amo você.
Depois de dar a janta para Henry, coloca-lo para dormir e me certificar de que Pyter dormia tranquilamente, fui até o quarto de Ayua.
- Você demorou.
- Perdão. Henry ficou conversando sobre o navio.
- É um menino realmente amoroso e inteligente.
Sorri orgulhosa.
- Alguma notícia de A?
- Não, depois daquele dia, nada.
Olhei para o céu e me lembrei do dia do primeiro aniversário de Henry. Uma festa enorme foi feita, várias pessoas de diversas partes do mundo apareceram, incluindo A. Dessa vez não deixou um rastro de morte, mas sim de medo, querendo levar meu pequeno. E assim sucederam os outros anos, cada ano ele aparecia e ficava mais perto de Henry, as vezes o suficiente para fazer cafuné... Só de lembrar a noite em que esse imundo pegará meu bebê e embalou... Respirei fundo algumas vezes.
- É bom mesmo.
- Mas cuidado, Katherine... Não é de sua natureza ficar tantos meses sem agir.
Dei ombros, por mim ele não agia jamais.
- Estaremos preparados, Ayua. - ela esboçou um sorriso. - Preciso ir, está ficando tarde.
Ela deu ombros e se virou na cama, ajeitando-se para dormir. Terminei de cobrir-lá e enconstei a porta delicadamente.
Passei no quarto de Henry antes de ir dormir, observei-o dormindo tranquilamente. Meu pequeno anjo, meu filho, minha vida. Sendo filho de Pyter ou de Stefan, o amava mais do que a mim mesma. Puxei sua coberta até o pescoço, para que não passasse frio e dei-lhe um beijo na testa.
- Durma com os anjos, filho.
Caminhei lentamente até meu quarto, mantendo na cabeça a imagem de meu bebê na mente. Toda noite era esse ritual, Ayua, Henry, as vezes Elijah e por fim ir dormir ao lado de um homem cujo eu não amava, mas nutria algum sentimento desconhecido... Talvez afeto? Ou culpa? Fiquei imaginando como seria a vida se eu realmente amasse Pyter, mais fácil? Mais feliz? Acabei por cair em um sono, sem sonhos.
Pouco depois das sete, me levantei e percebi que novamente Pyter não estava ao meu lado, não que me preocupasse, normalmente ele acordava cedo para tratar dos assuntos da importação de vinhos.
Como hoje seria o tributo a Julliet, coloquei um vestido em tecido de seda preta com seda vermelha, em minha cintura e barra frontal possuem esse material vermelho. As rendas davam um toque de boneca, coloquei um sapato preto alto e para terminar prendi metade do cabelo em um rabo alto e deixei eles se misturarem com o resto do cabelo cacheado.
- Mamãe, você está linda.
- Obrigado, querido. Meu homenzinho também está incrível.
Henry vestia um smoking preto, com uma gravata vermelha, seu cabelo estava totalmente penteado para trás, mas alguns fios rebeldes caíam em sua cara o deixando ainda mais irresistível. Seus olhos não demonstravam muita emoção, mas sua expressão estava relaxada.
- Papai pediu para lhe chamar.
- Está bem. Já estão todos lá?
- Tia Mira e tio Elliot ainda não chegaram.
Desde os três anos de Henry, Elliot e Mira haviam se mudado para o chalé. Não que eu me importasse, ao menos depois do nascimento de meu pequeno, Mira havia se acalmado.
Ao descer as escadas, vi meu marido conversando com Elijah. Os dois igualmente lindos. Pyter vestia um sobretudo em tecido jeans da cor verde musgo, com uma camisa de manga comprida claro e calça também jeans, completando tudo botas longas e escuras. Elijah estava com um sobretudo preto e calças de micro fibra também preta, seu cabelo rebelde não se mantinha no lugar.
- Vocês estão lindos.
- Katherine, você está completamente incrível.
- Kate, que linda, com todo respeito a você Pyter.
- Sim, sim... Vou chamar Alec, para irmos.
- Mas e Mira e Elliot?
- Vão diretamente para lá.
- Vou buscar Henry.
Subi devagar até seu quarto e estava prestes a bater na porta antes de entrar, quando escutei alguns barulhos. Henry conversava com alguém, mas quem?
- Não, mamãe não iria permitir algo assim. - Alguns cochichos que não consegui entender. - Vou tentar....
Entrei rapidamente no quarto e percebi que além de Henry, o cômodo estava vazio.
- Filho? Com quem está falando?
- Com ninguém, mamãe... Já está na hora?
- .... Sim.
Henry passou por mim, tentando parecer mais calmo que o normal. Dei uma boa olhada em seu quarto e pela janela, percebendo que tudo estava normal.
- Pyter, algum empregado disse algo sobre Henry?
- Não, por que?
- Achei que havia alguém em seu quarto, ele estava falando sozinho.
- Alguém? Impossível, Katherine.
- Eu sei... Bem, vamos?
Pyter enganchou seu braço ao meu e caminhamos lado a lado, observando Henry conversando com Elijah mais para frente.
A reza passou devagar, diferente do que todos imaginavam, Henry ficou quieto e foi amoroso com todos.
- Minha lembrança mais feliz de Julliet, é seu amor com todos... Quando cheguei aqui, foi a primeira amiga que tive. - disse entre lágrimas. - Era uma pessoa realmente boa.
- Não conheci ela, mas pelo o que todos dizem.... Parecia ser uma pessoa amorosa. - disse Henry com um sorriso.
- Minha mulher... Uma mulher tão jovem e carinhosa... Fazíamos planos para uma gravidez, mas o destino não permitiu... - Alec olhou carinhosamente para Henry. - Ao menos ele nos deu a grande alegria do castelo, meu sobrinho, Henryk.
Cada um disse algo amoroso, as vezes engraçado, mas sempre tendo em mente a pessoa que Julliet era.
- Mamãe, posso andar?
- Não vá muito longe.
Henry começou a pegar um caminho oposto, provavelmente iria até Stefan para conversar, como fazia todas as tardes.
- Vai ficar no castelo?
- Não, preciso ver alguns assunto das terras.
Dei ombros e fui me sentar na poltrona, para terminar de ler. Após alguns minutos acabei caindo em um sono, com sonhos confusos sobre Julliet.
- Katherine...? - Abri os olhos e fitei Pyter me encarando preocupado. - Acorde...
- O que foi?
- Onde está, Henry?
- Com Stefan, lembra que ele foi andar mais cedo?
- Já são três da tarde.
Me levantei em um pulo, essa hora ele já deveria estar no castelo.
- Procure na parte de cima do castelo que eu vejo a parte baixa.
Pyter correu pelas escadas, enquanto eu descia apressada procurando por todos os lugares.
- Achou?
- Não, pedi a todos os empregados para procurar também. Vou ver lá fora.
Não esperei mais nada e corri até a estufa onde Stefan mais ficava.
- Cade meu bebê?!
- Katherine? O que foi?!
- Henry sumiu, Stefan! Ele saiu para andar e sumiu! - lágrimas banhavam minha face. - Meu pequeno bebê.
- Acalme-se, vou pegar meu cavalo e procurar pelas regiões.
- Pyter também está a procura.
Talvez fosse impressão minha, mas Stefan pareceu irritado, quando soube que o irmão também estava procurando por fora.
- Diga a ele cuidado, seria terrível ter de procurar duas pessoas.
Não queria voltar ao castelo, então continei correndo, atravessando todo o castelo e voltando ate acabar ao pequeno rio. Sentei no banco, chorando desolada. Meus pensamentos não se acalmavam, onde estaria ele? Ouvi alguns passos ao sul e sem pensar duas vezes corri até lá.
- Henry?! É você?
Os passos se afastavam ainda mais para o sul do castelo, passei por lá gritando para que Pyter me seguisse também, mas não parei para procura-lo também.
Após algum tempo meus pulmões imploravam por mais ar, meu coração estava mais rápido do que nunca, mas não podia descansar, não agora. Meu bebê, estava tão perto e ao mesmo tempo longe.
- HENRYK, - gritei aflita. - ONDE VOCÊ ESTÁ?
Os gritos rasgavam minha garganta, mas não me importei com mais nada, apenas precisava achar meu pequeno anjo.
Alguns minutos depois, uma chuva fina começou a cair, não o suficiente para me encharcar de primeira, mas era irritante e deixava tudo mais deslizante.
"Aguente Katherine, aguente por seu bebê. " dizia a voz em minha mente, insistindo para que minhas pernas continuassem a correr....
Tão difícil....
Tão cansativo...
Parar....
Eu.... Preciso
.... Parar....
Minhas perna travaram, e meu corpo caiu cansado. Estava completamente cansada, não podia mais correr, meu Henry havia sumido e isso só era mais um fato doloroso. Minhas lágrimas se juntaram a chuva, meus gritos agoniados, queimaram ainda mais minha garganta.
- Mamãe! Socorro! Me ajude!
Essa voz.... Meu Henry só podia estar em perigo!
- HENRY?! Onde você está?!
- Mamãe!
Não me importei com toda a dor, apenas voltei a correr o mais rápido possível.
- Henry, onde você está?
- Me ajuda!
Finalmente achei meu pequeno bebê, estava perto de uma antiga e tombada casa, onde se desse mais um único passo cairia na imensa cachoeira violenta que havia embaixo.
- Henry! Não se mexa!
- Mamãe, cuidado!
Olhei para trás e do mesmo jeito que aparecerá a primeira vez, A estava atrás de mim, da mesma forma que antes, estava prestes a me matar, mas fui mais rápida conseguindo o acertar na cabeça com uma pedra, rolei para o lado e corri em direção a Henry.
A deu um grunhido alto e puxou meus cabelos com tanta força, que acreditei que eles iriam sair de minha cabeça. Instintivamente bati novamente em sua cabeça, mas dessa vez a máscara saiu, revelando seu rosto. O espanto me tomou e eu soltei um grito involuntário, lágrimas se formaram em meus olhos.
- Você?! Não pode ser....
Antes de conseguir terminar a frase, A me acertou com força na cabeça, me deixando inconsciente.
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RomanceSomos os únicos seres que somos capazes de compreender nossas necessidades através de sentimentos. Interpretamos a perda, a dor, a morte, a loucura e o amor. A humanidade é uma perda quando se trata de amar. Quando a trata de amor, há suas condiçõe...