Caminho em direção à entrada,
pensando no rumo que a minha vida tomou,
e assim que entro,
vejo a indiferença que a minha pessoa representa,
vi toda a minha basicidade e insignificância em relação aos outros,
sentado numa cadeira sóbria,
vi a palavra morte em todos os cantos daquela sala,
enquanto os meus fantasmas me murmuravam a minha expressão facial, ao ouvido,
todos aqueles zumbidos e tremores me inquietavam,
fazendo-me sentir uma culpa tremenda,
andei calmamente, mas em tom apressado em direção a outra divisão,
ao entrar, fecho a porta,
e deparo-me com uma banheira,
nela imagino o meu suicídio,
vejo-a cheia de sangue, e eu derramado sobre ele,
lavo a cara, saio rapidamente daquele sítio,
voltando-me a por exatamente na mesma posição,
como se nunca me tivesse levantado daquela cadeira.
