Insónias pt.5

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2 da manhã, e o sol ainda bate,

o sangue anseia álcool,

para me fazer esquecer que só conheço estas paredes,

estou farto destas paredes, estou farto deste silêncio,

sinto-me preso, quero fugir, deixem-me fugir!


Quero ser ignorante,

e se o meu fígado se recusar,

eu faço um transplante,

estou a queimar-me lentamente por dentro...

e esta é só mais uma noite, que durmo no teto,

enquanto observo o padrão do chão do meu quarto.


Putas das feridas que sangram à meses,

benditas sejam as drogas que me aquecem, às vezes,

sentado no colchão da minha cama,

é lá que me tento esquecer de tudo,

com álcool e cigarros à mistura,

tudo o que eu queria, era que as lembranças da tua voz

me paressem de torturar,

mas só para continuar a ouvir a tua voz,

prefiro a dor, sádico...

se não parasses todos os dias nas minhas paredes,

diria que não existias,

contudo, sinto falta do cheiro do ar que respiravas ao meu ouvido,

quero-me esconder para sempre atrás da mãos,

e fingir que nada existe,

principalmente, que eu não existo,

e que isto tudo, foi só mais um pesadelo,

mas, a sede de vingança que guardo dentro de mim,

não pode ser fictícia,

se eu apanhasse quem me fez isto,

juro que o matava, cupido!



InsóniasWhere stories live. Discover now