Capítulo 5

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- Onde nós vamos achá-lo??- Digo correndo atrás do Finnick.
- Kkk não precisamos achá-lo, ele virá até nós.
Corremos até a sala principal, um lugar onde ficam todos os patrocinadores.
- Finnick, não podemos entrar aí! - E o puxo para trás.
- Kkk está com medo? - Diz Finnick me encarando.
- Não, mas nós não devemos entrar aí. Vai dar problemas. - É claro que estou com medo.
- Problemas? Estamos na Capital e vamos lutar na arena até morrermos. Janne, já temos problemas, pior não fica.
- Então vai vc, eu não vou entrar aí! - Solto a mão do Finn e cruzo meus braços.
- Aah vc vai simm. Uma vez juntos, sempre juntos. - E ele começa a me puxar.
- Ei Ei, quem inventou essa lógica?
- Eu, lógico!! Relaxa, vou tocar o interfone primeiro. Kkk - Diz Finnick debochando de mim.
- Parabéns, vc tem modos.
Finnick aperta o botão do interfone, mas ninguém atende. Depois de cinco minutos, uma mulher abre a porta.
- Posso ajudar? - Ela não está muito feliz.
- Hm, sim! Queremos falar com o Senhor Black. - Diz Finnick entrando na minha frente.
- Creio que não será possível. - Diz ela olhando pro Finn. para perceber a mudança de expressão dela, de olhar pro Finn.
- Hm, creio que vc possa dar um jeitinho. - Diz Finnick sorrindo e apoiando na porta.
- Hm, só pra vc kkk! - Ela fala isso e também encosta na porta.
- Obrigado! - E ele pisca pra ela.
Eu entro na sala, atrás do Finnick. Quando eu passo pela porta, a mulher me encara com um olhar de desprezo.
Me sinto incomodada com isso. Por que o Finnick consegue tudo que ele quer? Ele consegue ser legal, apenas com uma piscadinha. Se eu quero alguma coisa, eu preciso pedir pro Finn me ajudar. Eu vivo na sombra dele.
A primeira coisa que encontramos é o Senhor Black sentado a mesa, junto com seus amigos.
- Hmm, Senhor Black? - Diz Finnick interrompendo a conversa deles.
- Finnick, que bom te encontrar! Meus amigos, esse é o jovem que eu estava falando pra vcs. - E ele levanta da mesa e comprimenta apenas o Finnick. Desde quando os dois ficaram tão amigos?
- Então Senhor Black... Eu pensei na sua proposta e decidi que prefiro me aliar com o Distrito 7. - Só ele que decidiu? Eu também decidi, somos um grupo.
- Vc tem certeza disso, Filho? Não sei se as habilidades do Distrito 7 são favoráveis. Porque na minha equipe, o nosso dever é deixar vc vivo. - Filho?? Desde quando eles têm essa intimidade?? O dever deles é deixar o Finnick vivo, mas e eu??
- Sim, eu tenho certeza disso, Senhor!!- Vc tem??
- Ótimo! Um brinde em homenagem ao Finnick e a sua decisão. - Ele levanta e estende uma taça, assim como todos os outros da mesa!
- Obrigado, Senhor!!
E todos começam a aplaudi-lo! Dá pra ver que o Finnick conhece todos da mesa. Ele já esteve lá e já conversou com eles.
- Mas depois discutiremos com mais calma sobre isso. - Diz Senhor Black.
- Tudo certo, Senhor... - Não espero o Finnick terminar de falar, e piso no seu pé com toda a minha força.
- Aaii! O que foi? - Diz Finnick se abaixando e falando bem baixinho no meu ouvido.
- Eu estou aqui, se vc não percebeu!!!
- Obrigado pela dedicação de vcs. Eu e Janne agradecemos, nos dêem licença. - E Finnick sai me puxando até a porta.
- Adeus, Finnick e Jenna!! - Jenna? Sério isso?? Eles me conhecem muito bem.
Enquanto Finnick se despede da mulher que está na porta, eu ouço o que os patrocinadores estão falando de mim, e não são boas.
Eu ouço eles falando "Quem é aquela garota? Coitado do menino, ter que ajudar ela durante os Jogos. Mas não tem problema, ela vai morrer logo. Ela é muito fraca."
Tudo isso me deixa muito triste e muito irritada. Eu nem espero o Finnick, saio correndo pelo corredor e vou para o Jardim.
Eu percebo que ele está correndo atrás de mim, mas eu continuo correndo sem olhar pra trás.
- Janne, para!! Me deixa explicar...
- Me deixa em paz!!
Mas o Finnick sempre foi mais rápido que eu na corrida. Ele entra na minha frente, me obrigando a parar. Por que ele está sem camisa??
- Janne, eu posso te explicar tudo...
- Eu não quero sua explicação. Vc fez tudo isso escondido de mim, e quando eu cheguei lá na sala, eu fui tratada como uma criança. Eles nem sabiam quem eu era, e depois falam nas minhas costas que eu sou uma fraca. Tudo bem, eu já entendi tudo.
- Desculpa, mas eu vou te proteger. Nós vamos trabalhar em equipe e...
- Eu não quero a sua proteção. - E tento bater em seu peito, mas ele tem ótimos reflexos e segura meu pulso.
- Janne...
- Vc viu? Eu nem consigo te bater. O problema é que eu estou cansada de ser protegida, cansada de depender de vc. Eu não consigo nada sozinha.
- Isso é mentira...
- Mentira? Se eu fosse tão importante, os patrocinadores saberiam o meu nome.
- Eles também não sabem o meu.
- Aaahh não, maginaa! Principalmente a mulher da porta. Por que será que ela pediu pra vc tirar a camisa??
- Uuii, isso é ciúmes?? Sério? Kkkk que gracinha!!
- Não estou com ciúmes, dá pra vc me levar a sério??
- Kkk estou tentando, mas é difícil. Vc é tão pequena e bonita.
- Eu vou embora, me solta.
No momento em que eu tento tirar meu pulso da mão dele, ele passa o seu outro braço pelas minhas pernas e me pega no colo.
- Sabe de uma coisa, Janne Cresta... Eu odeio Vitimismo, mas em vc fica muito fofinho!
- Me solta, Finnick!!
- Já acabou, Janne Cresta??
- Já acabei, Finnick Odair!!
- Kkkk Desculpa por fazer tudo isso sem te contar, mas acredite em mim. Isso é uma estratégia, eu tenho um plano. Eu conquistei os patrocinadores, agora o meu plano está mais fácil. Não chore...
- Sério? Isso tudo é um plano?? Aahh Finnick, te odeio!! Vc me fez passar por todo esse nervosismo!!
- Kkkk mas eu adorei ver vc com ciúmes!!
Eu só consigo por a mão no meu rosto e relaxar no seu colo!! Finnick é tão bom, sou grata por ter ele na minha vida!!

Jogos Vorazes: Finnick Odair -A Origem de tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora