Capítulo 4

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Louize


Vocês devem me achar uma doida por estar levando um bêbado quem nem conheço para minha casa. Realmente eu sou, sei que isso é mais do que errado, mas eu tenho um lado que gosta de ajudar as pessoas e eu não poderia deixar ele naquele bar nessas condições e ainda tem o fato de que eu sinto que posso confiar nele. Pode ser idiotice minha, mas é o que estou sentindo e não consigo ignorar e deixá – lo em qualquer lugar, uma parte minha diz que eu preciso ajudá – lo.

Estaciono o seu carro, que é maravilhoso, vim dirigindo e com medo de alguém tentar roubá – lo. Peço ajuda de um homem que está ao meu lado e ele me ajuda a levar ele pro meu apartamento. Agradeço ao rapaz e entro, boto o Victor deitado no sofá, tiro sua blusa com muita dificuldade e vejo que ele tem um belíssimo corpo.
Deixo ele na sala, tomo um banho rápido e vou para o meu quarto dormir.

                       ☄☄☄

Levanto – me e vejo que são nove e meia da manhã, vou no banheiro fazer minha higiene matinal e logo depois vou para a sala e o vejo ainda dormindo. Vou até a cozinha para preparar algo para o café.

- Bom dia. - ele fala com uma voz rouca e levo um pequeno susto. - Como vim parar aqui? - pergunta é põe a mão na cabeça.

- Você estava muito bêbado ontem é eu não queria te deixar lá sozinho, então te trouxe para minha casa.

- Você não deveria ter medo de fazer isso? Eu poderia ser um assassino. – fala dando um sorriso lindo.

- Bêbado do jeito que estava, não conseguiria fazer nada comigo. Mas você é? – falo sorrindo de volta.

- Não, pode se despreocupar. – sorri - Me desculpe por ter dado trabalho. - fala um pouco envergonhado.

- Que nada. – falo – Vem me ajudar a colocar a comida na mesa.

Tomamos café e logo depois ele vai embora. Mari me liga e avisa que não poderá ir comigo dá a assistência para a família que ficou faltando. Me arrumo rapidamente, coloco a cesta dentro do meu carro e vou rumo ao bairro. Estaciono em frente a casa, falo com as crianças, pego a cesta e bato na porta e uma senhora de mais ou menos 60 anos aparece.

- Bom dia. - falo. - eu vim entregar essa cesta de comida pra vocês, duas vezes no mês eu e minha amiga fazemos doações e como você não estavam ontem eu trouxe hoje. Vocês são novos aqui não é?

- Sim, sim. Nos mudamos na quinta, arranjamos essa casinha baratinha aqui, já que não temos muito dinheiro. Obrigada, Deus abençõe você. – fala dando um sorriso simpático.

Vou até o carro e pego o resto das coisas e o marido dela aparece e as coloca para dentro.

- Soube que a filhinha de vocês está doente, eu sou médica. Será que eu poderia vê – la?

Ela assente e entro em sua casa que é bem pequena, com poucos móveis,  me leva até um quarto onde só tem um criado mudo e uma cama de solteiro com uma menininha deitada.

Me sento na cama ao lado dela, é uma menina linda com os olhinhos castanhos cor de mel e os cabelos pretos, muito familiar.

A examino e vejo que ela está muito mal, um pouco pálida, magrinha, com a aparência sofrida.

- Será que eu posso levá-la para o hospital? - pergunto.

- Mas nós não temos dinheiro moça. - fala o senhor.

- Mas eu pagarei tudo, não precisa se preocupar eu só quero ver ela bem. - eles se entreolham e finalmente deixam eu levá-la. Eu não consigo ver nenhuma criança nesse estado que logo quero cuidar dela, criança deveria estar brincando, alegre, sorrindo e não em cima de uma cama doentes ou sofrendo.

Eles entram no meu carro e vamos até o hospital, assim que chego sigo com eles para uma ala de pediatria e falo com um doutor que é meu amigo e peço para que ele a examine.
Saiu do quarto e fico esperando a resposta junto com os pais da garotinha.






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