Louize
E agora o que eu vou fazer?
Estou completamente desorientada, mesmo eu praticamente já sabendo que ela era minha filha, ver escrito em um teste a confirmação me deixa bem assustada.
Será que eu serei boa mãe? E se ela não me aceitar como uma?
Aí Meu Deus me ajude a achar uma solução por favor! - exclamo.
Minha cabeça começa a latejar, sinto o meu corpo pesado, o cansaço tomar conta de mim. Pensar nisso tirou muito a minha energia.
Vou para o quarto, deito na cama, amanhã com a cabeça mais relaxada eu penso melhor no que vou fazer. Deito minha cabeça no travesseiro e mesmo com todo esse problema para resolver, durmo rapidamente.☄☄☄
Um sonho aparece em minha mente : estou correndo pela grama com a Cami, estamos felizes, ela me chama de mamãe e não para de sorrir. Paramos para descansar um pouco e é quando o céu começa a escurecer, tudo fica preto e de repente o homem que me estrupo pega a Camilla nos braços E a leva e eu choro pedindo para ele me trazer ela de volta e a única coisa que ouço é uma risada maléfica, mas não só dele, da minha filha também.
- Cassete. - acordo super assustada e chorando, eu achei que ia acordar mais relaxada hoje, mas pelo visto estava errada. Ligo meu celular e vejo que já são seis e meia da manhã e vejo que tem uma mensagem da Mari, a abro e leio.
Louizeeee cd você? Esqueceu que o chefe vem olhar o hospital hoje, tem que estar aqui as 7!!!!
- Merda. - eu tinha esquecido completamente disso, jogo o celular na cama e corro para o banheiro, tomo o meu banho e faço minha higiene matinal o mais rápido possível. Visto uma calça jeans e uma blusa branca caída para o lado, penteio meus cabelos rapidamente e vou para o meu carro.
Chego no hospital as sete e dez, Mari que me esperava me olha como se eu fosse louca. Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo, visto a roupa do hospital e guardo minhas coisas.
- Você é maluca, sua sorte é que ele não chegou, dizem que é bem exigente. - fala e vai para a sua ala. O dono daqui já veio várias vezes, só que nós começamos a estagiar aqui no começo desse ano então nunca o vimos, por isso estamos um pouquinho assustada.
- Lou, preciso te falar uma coisa. - fala Mari correndo até mim, mas ela para no meio do caminho quando ver um homem de mais ou menos 55 anos, com um terno elegante passando pela área em que trabalho. Muito diferente do que falavam, as pessoas diziam que ele não tinha filhos e nem era casado, por isso era carrancudo, ignorante, mas pelo visto ele não é nada disso. Vou para o lado do Pedrinho e dou um beijo em seu rosto, o senhor Márcio, o dono para e olha para mim.
- Nós já nos conhecemos de algum lugar? - pergunta.
- Não senhor. - falo, realmente nunca o vi na minha vida, a não ser em fotos. Claro já que ele é dono de um dos maiores hospitais do país.
Ele passa analisando tudo minuciosamente, assim que termina continuo com o meu trabalho. Trabalho meu turno todo normalmente, mas não consigo falar com a maluca da Mari, hoje teve muito trabalho.
Ai agora vocês devem estar se perguntando: E a Camilla?
Eu não conseguir ver ela hoje, pedi para uma enfermeira de confiança cuidar dela. Podem me chamar do que quiser, mas eu preciso pensar e tomar uma decisão certa.
E se aquele sonho que tive hoje estiver me avisando para deixar tudo como está e não dizer que ela é minha filha?
Realmente não sei, eu preciso pensar em tudo isso com calma e relaxada.
- Louise. - a voz nojenta da Débora me tira dos meus devaneios - O Sr. Márcio está te chamando na sala dele.
Droga! Era para eu ter falado com ele sobre a Camilla, mas esqueci e essa cobra criada fez o favor de contar a ele de uma forma distorcida.
Pego a minha bolsa e sigo para a sala dele, assim que chego bato em sua porta e ouço um entre seguido de uma voz grossa, mas um pouco velha.
Ele pede para eu me sentar na cadeira a sua frente, então explico tudo, que faço doações e que a Cami estava muito doente, que os pais dela não tem dinheiro para pagar o hospital e tal e que eu arcarei com tudo que ela fizer, pagarei tudo certinho.
Ele me olha pensativo, acho que pensando no que falei.
- Acho muito bonito de sua parte fazer doações e também achei muito bonito você trazer uma menina que nem conhece para ser tratada aqui com você pagando os tratamentos. - fala e dou um grande sorriso.
- Sério. Acho isso ótimo. - falo e dou um salto da cadeira e o abraço e o sinto um pouco desconfortável.
- Bem falarei sobre isso em breve com você, será você quem administrar essa ala, será a gerente e irá organizar o lugar também.
Dou um sorriso maior ainda, não acredito, eu sempre quis que eles fizerem essa ala, mas a gerente daqui sempre dizia que o dono não gostaria de fazer isso.
E olha só, ela estava errada.
Estou saindo da sala quando o ouço me chamar.
- Qual o seu nome mesmo? - ele pergunta.
- Louize Lawrence. - respondo e saiu, algumas pessoas da faculdade já me perguntaram seu eu era filha do dono do hospital por causa do sobrenome. Mas eu sempre sorria, pois isso é uma piada, eu nunca seria herdeira desse enorme hospital, já que sempre fui muito pobre e batalhei muito para chegar aonde estou.
Corro a procura da Mari para contar as notícias a ela e não a acho, onde será que ela se meteu?
Olho para o quarto de um paciente ao meu lado para ver se a encontro e é quando o vejo e sinto as lágrimas descendo.
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Para Todo Sempre
Storie d'amoreLouize Lawrence tem 22 anos e cursa o último ano de medicina. Ela já passou por muitos traumas no passado que resolvem atormentá-la novamente, depois de 3 anos. Descobrindo onde sua filha que abandonou está e com a volta do seu pai, ela terá que pas...