CAPÍTULO 5 - Um novo começo

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Eu estava paralizada. Gotas de lágrimas pingavam na carta, que tremia em minhas mãos. O que mamãe quis dizer com "sacrifício" e "estou no céu, estou com o divino"??? Mãe?! O que você fez? Onde você está, mamãe?

Cai de joelhos, desmoronando em lágrimas. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Isso era, definitivamente, uma carta de suicídio.

É isso! Uma carta de suicídio! Ela ainda pode estar viva....talvêz dê tempo de ligar para a polícia e impedí-la!

Me levanto apressadamente. Limpo minhas lágrimas com uma de minhas mãos, enquanto disco o número na delegacia com a outra.

Levo meu celular á orelha, esperando que alguém atenda do outro lado da linha.

-Delegacia de polícia, - falou uma voz feminina- em que posso ajudar?

-Oi, eu queria...-começo a falar, mas sou interrompida por uma voz, uma voz familiar....não, não pode ser...

Olho em direção à porta da cozinha, e lá está, novamente, o menino do sonho.

-Não acho q a polícia possa te ajudar.

Fico paralizada, olhando aquele belo par de olhos, que tanto me observam.

-Senhora!? Ainda está ai!? -Fala a voz feminina que me atendeu no telefone.

Tiro o celular da orelha, apertando um botão vermelho, que encerra a ligação.

-Que...Quem é você!? Como entrou na minha casa!? -Falo, deslizando suavemente minha mão em direção ao faqueiro, que estava em cima do balcão.

-Não tenha medo, nao irei lhe machucar -Fala o garoto, se aproximando vagarosamente de mim. - Estou aqui para lhe aju..

Ele para de falar subtamente, assim que alcanço uma faca e a aponto para seu pescoço.

-Nem mais um passo!

-Calma, Lory, -Começa ele. -Eu só quero...

-Como sabe meu nome!? -O interrompo. -Quem é você!?

De repente, os olhos do menino começam a brilhar, e o castanho se torna amarelo. Em seguida, a faca que estava em minha mão vira pó, que escorre entre meus dedos e cai sobre o chão que me separa do estranho e lindo menino.

-Mas o que!? -Olho para minha mão, perplexa.- O que você fez!? Como fez isso!?

-Meu nome é Isaac. Isaac Graymoon. Sua mãe me chamou.

-Mamãe. O que você fez com ela!!? Onde ela está!? -Quase berro, assustada.

-Olha Lory, não dá tempo de explicar nada agora, eles estão vindo! Precisamos sair daqui.

-Quem está vindo? Do que você esta falando!?- Suplico, sem entender literalmente nada do que esse lunático fala.

O garoto fica olhando para a porta, como se estivesse com medo que alguém entrasse, ou como se soubesse que alguém entraria a qualquer instante.

-Eles estão chegando! Precisamos mesmo ir, Lory, -Fala ele, apressadamente. - agora!

Ele vem para cima de mim, tento fugir, mas ele me agarra.

-Me solte, seu imbecil! -Berro, enquanto o chuto e soco seus braços, que me  prendem, em uma frustante tentativa de me soltar.

Ele ergue seu braço que está livre em direção a uma parede e estica cada um de seus dedos, como se tentasse agarrar uma bola de futebol americano que esta voando pelos ares.

Seus olhos voltam a brilhar amarelo, enquanto palavras de uma língua que nunca vi antes saem de sua boca.

-Mundox abertium!

E como num passe de mágica, algo mais parecido com um buraco negro se abre na parede da minha casa.

-Vamos! -Grita Isaac.

Antes de ser puxada para dentro daquele "buraco negro", vejo pelo canto do olho, a porta da minha casa se transformando em pedacinhos, e pessoas, muito estranhas, começam a entrar na casa....

Isaac me puxa para dentro do "buraco negro".

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Oii lindos do meu coração! Esse capítulo ficou um pouco menor, mas prometo que logo logo postro outro. Espero que gostem!

Ps: ainda tenho que revisá-lo.

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