Venha cá dizer que me ama
Enquanto eu lhe dou pontapés
Fique aí deitado na cama
Enquanto lhe digo que váEntenda nas minhas entrelinhas
Que eu não quero te deixar
Mas saiba a forma certa
Para me reconquistarSaiba que o orgulho
Se apossou há muito de mim
E que ainda assim
Você lhe dará um fimEntre as frases frias
As doses de licores mal-servidas
Não finja que não sabe
Que gosto de vocêOlhe para mim de forma diferente
Vou entender suas repreensões
E mesmo que eu lhe diga cale-se
Não se cale, por favorEntenda meu medo
E finja que me entende
Até mesmo quando nem eu
For capaz de me entenderDesista dessa ideia tosca
De desistir de mim
Talvez ela nem exista
Mas quero matá-la antes que vingueBaby, durma um sono tranquilo
Saiba que com você perto
Eu estou mais que segura
Protegida até mesmo de mimAcorde feliz
Por ter dormido ao meu lado
E ter acordado comigo
Ainda perto de tiOlhe nos meus olhos
Prometa sem querer cumprir
Mas me deixe bem agora
O depois fica pra depoisRia alto, comigo
Até das piadas mais idiotas
E desconfie do humor negro
Pois há sempre verdade por trás deleSeja meu amigo
Demonstre se preocupar comigo
Não vá agora
Por favor, não vá emboraToque meu rosto
Com seus dedos quentes e macios
Pergunte como eu estou
Para que eu possa me abrirDiga que sentiu saudade
Não se deixe levar pela minha insensibilidade
Seja doce e compreensivo
Mesmo não compreendendo.Depois de me apaixonar
Me possua loucamente
De corpo e de alma
E de mente...Me dê mais um beijo, cara
Torne-se inesquecível
E depois vá sem deixar vestígios
Terei motivos para chorar
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Afogada
RandomEstá quase na hora de ir. Enquanto a hora não chega, sigo afogada. E a poesia que vai me escutar, na vã tentativa de me salvar.