Como assim, se eu tivesse arriscado mais?
É isto que pergunta agora?
Pois bem lhe respondo: não veria agora tua decepção!
Mas, diga-me, decepciona-te porquê?
Você, que pensava me conhecer
Talvez acreditasse que esse jeito torto
Consequente e inconsciente que nutro
Fosse de minha natureza.
Pouca gente me conhecia, sabia que não
Gostaria que, você, tão longe e tão perto
Tivesse feito parte destas gentes
Ou melhor - desta gente!
Uma gentinha só, quanta confiança nela...
Era tão frágil, fácil de machucar
Mas no fundo era forte, como eu
Precisava ser protegida, e inspirava proteção
Enquanto você se fazia de forte, ela, diferente
Se fazia desesperada, fraca, desprotegida.
Com ela eu arriscava, até mesmo minha vida
Arriscava com ela, por ela, para ela,
Tudo o que fosse necessário.
Mas, com você doía tanto, doía demais
Pois esta dor me movia e travava, igualmente
Desculpa não te ver igual
Mas você nunca permitiu.Escrito em: maio/2014
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Afogada
AcakEstá quase na hora de ir. Enquanto a hora não chega, sigo afogada. E a poesia que vai me escutar, na vã tentativa de me salvar.