O Diário da Cabana

O que aconteceu - Austin e Becky (CAPÍTULO ESPECIAL)

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E aí povo? Tudo bem? Comigo tudo ótimo. Apareci aqui desesperadamente, para presenteá-los com um novo capítulo, espero que gostem. Comentem por favor, faz a diferença e fortalece mais para postar nos o próximo capítulo. Amo todos vocês! Obrigada por tudo! :)

*Austin*

Se eu dizer que minha escolha é a certa, estaria mentindo, mas compreendo que tenho que fazer o que acho que é o melhor para sobreviver-mos. Estou nervoso e apreensivo, ainda é dia, mas quem disse que assassinos tem hora para atacar?
O que me deixa pior é ter influenciado BG, a tomar uma decisão que ela não queria.
Eu me pergunto se tomei a melhor decisão, porque não quero que Becky sofra e nem quero viver sem ela. São tantas perguntas, que nem sei o que pensar.

"Amor? - pergunta ela me acordando dos meus pensamentos.

"Desculpa, estou um pouco desligado. - digo tentando esconder meus temores.

"Tudo bem, só fiquei preocupada. - diz Becky, o que me deixa aliviado.

"Você está bem? - pergunto.

"Você sabe que não acho sua atitude das melhores... Só estou um pouco preocupada. - diz ela sincera e um pouco nervosa para olhar pra mim.

"Não se preocupe, vai ficar tudo bem. - digo olhando em seus olhos e lhe dando um beijo, precisava daquilo e sinto que ela também, pois logo sou correspondido.

*Becky*

Sabia que ele estava mentindo, poderia ver em seus olhos que nada estava bem, que tudo tendia a piorar. Ele acha que me engana, mas eu o conheço melhor que ele mesmo e não posso deixar de aproveitar esse beijo, sabendo que poderá ser o último.
Tenho tanto medo de acontecer algo com ele, que sou capaz de morrer em seu lugar.
Ele para o nosso beijo para dizer algo, mas eu reclamo bufando, o que faz ele continuar, sem antes morder o lábio superior, com se deixasse claro que queria mais. Eu entendi e logo aumentamos o nosso beijo ferozmente, ele me aproximava mais dele e logo jogou suas coisas no chão e começou a desabotoar sua bermuda e eu a tirar minha blusa, sem nem pensar em parar nosso beijo constante. Logo, ele já estava só de cueca e estava tirando sua camisa, quando ouço um barulho de galhos e folhas sendo esmagados, percebo que são passos e estão cada vez mais próximos.

" Austin - digo colocando minha blusa e jogando sua bermuda para ele vestir - tem alguém se aproximando de nós."

"Bobagem, deve ser algum dos nosso "amigos" - ironizou ele - se aproximando."

"Mesmo assim, não deveríamos ficar pelados na frente de quem quer que seja - digo séria e olhando em seus olhos.

"Tudo bem, você está certa. - disse ele levantando os braços para o alto se rendendo. Dei risada, aquele jeito dele era apaixonante, apesar de controlador, ele tinha um jeito moleque e cavalheiro que sempre me encantava.

*Austin*

Aquele sorriso... Era tão apaixonante, quanto ela. O jeito que ela me olha nos olhos, me deixa louco. Ela é sincera e não tem medo de falar o que pensa, e isso tem me encantado nesses cinco meses. Amo essa mulher!

" Seja o que for, está muito perto daqui. Acho melhor continuarmos andando - disse ela com medo e muito apreensiva. Concordei com a cabeça, não poderíamos ficar ali sabendo que tinha algo vindo até nós. Coloquei a bermuda que ainda estava em minha mão, peguei as coisas e continuamos a caminhar. Com isso, a "coisa" começou a andar mais rápido e esse deslocamento de andar, me fez arrepiar. Eu agora sabia: Estávamos correndo grande risco de vida. Porém, não poderia deixar Becky com medo e sim tentar acalmá-la.

"Está tudo bem, só tente andar mais rápido, OK!? - disse perdendo um pouco o ar.

"Não me diga que está tudo bem, quando não está! Eu não sou burra Austin, posso parecer mas não sou. - disse ela indignada e começando a correr. Balbucio um "desculpe" e começo a correr também.

*Becky *

Estava cansada de ser tratada como criança. Ele sabia que tinha algo errado, porque esconder de mim? Não importa se ele estava tentando me proteger, este ato poderia nos levar a morte.

"Vamos, corra mais rápido, está nos alcançando. - ele disse e aquilo era muito bom, me senti mais protegida. Porém, nada do que ele disse era mentira, aquela " coisa" corria rápido e se não corressemos mais rápido, iríamos morrer.

"Teremos que jogar nossas coisas aí no mato, não podemos correr mais rápido, com isso - disse apontando desesperada para nossas coisas. Estávamos com mochilas e dois sacos de dormir, tínhamos que abandoná-los, era melhor nossas vidas salvas, do que estar com nossas coisas e morrer.

"Tem certeza que quer fazer isso? Vamos ter que dormir ao relento e não teremos comida. - pergunta ele preocupado e ofegante, já que ele levava a maior parte das coisas.

"Você pegou a comida deles? - perguntei com um espanto na minha expressão e voz.

"Claro! Iríamos morrer de fome!? Eu não poderia deixar isso acontecer e não peguei a comida toda, só um quarto dela, se começarmos a economizar, não teremos problemas até chegar em casa, porque já vi algumas frutas por aqui. - ele disse convicto, porém tão ofegante que largou todas as coisas, menos uma mochila, que imaginei estar com a comida.
Queria fazer o mesmo.

"Qual dessas é importante? - perguntei respirando fundo, estava tão cansada que poderia dormir ali mesmo.

"A da sua mão direita, nela está quatro garrafas d'água - disse ele, mas sem aguentar ele senta em uma pedra para descansar.

"Austin, não podemos parar, anda, levanta. - disse desesperada, não poderíamos perder tempo.

*Austin*

"Eu não aguento mais, preciso descansar - digo sem ar.

"Se eu consigo, você também consegue - disse ela. Forte e decidida, eram palavras que a definiam muito bem. Eu me impressionava de como ela acabava com qualquer garoto, até comigo as vezes e essa é uma dessas horas.

"Tudo bem, você tem razão. - disse começando a correr. Porém, parei, sentia que precisava fazer isso - Não importa o que aconteça, saiba que eu te amo. Você não te ideia de como eu te amo e acho que não tem palavras para definir o quanto é grande meu amor por você."

Estava prestes a segurar o choro, mas ela me beijou o que me fez desabar, as lágrimas saíam de mim sem parar. Pensar em perdê-la era horrível, me fazia sentir, como se sem ela eu não existisse.

"Eu também te amo. Só Deus sabe que você é o amor da minha vida. - ela disse e começou a me puxar para correr. Ela queria me salvar, isso já definia todo seu amor e prometi que me esforçaria ao máximo para salvá-la.