Capitulo 5

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'É uma pena que você não sabia que quando você começou o seu jogo de assas-
sinato, eu estava jogando, também'.
- Robb Branco

Melody
Quem diabos está pedindo para morrer?

Eu olhei em direção ao fundo da sala, procurando o rosto por trás da voz que ou- sou me interromper.
Meu sangue ferveu.
Liam - que em breve estaria fodidamente morto – Callahan, estava descendo as escadas - as minhas malditas escadas - com seu cabelo de bagunçado e seus olhos verdes mais acentuados do que lâminas de bar-
bear. Ele era lindo, e eu quase lamentei o fato de que eu teria que colocar uma bala em sua cabeça e, em seguida, esmagá-lo através de uma parede do caralho.
— Então, este é o homem por trás da puta? — Ryan riu.
Antes que eu pudesse me parar, eu trouxe a coronha da minha arma em seu rosto e não parei de quebrar até que ouvi um
pop doentio. Eu o deixei inconsciente e afundado em sua cadeira, com os olhos inchados.
Limpando o sangue do meu rosto, eu respirei fundo e segurei a arma para Monte antes de me virar para encarar o idiota fodido.
— Você passou da conta, Callahan.
Ele me olhou de cima abaixo com des-
gosto e luxúria. — Eu? Eu acredito que você
está enganada, amor. Afinal, eu acabei de assinar um documento muito poderoso que faz tudo isso meu.
— O seu pai pagou pelo seu diploma
em Dartmouth? Porque você não parece ser bom em leitura. — eu olhei para ele, tent- ando não deixar que as ondas de luxúria irra-
diando dele me incomodasse. — Esse papel diz que você vai trabalhar comigo depois do
nosso casamento, Callahan, e nós ainda não somos casados, então você ainda é um maldito convidado em minha casa do caralho.
Ele sorriu e foi sexy, perigosamente e
eu queria matá-lo por isso. — Seja uma boa noiva e diga a seus animais de estimação
para saírem, ou eu vou acabar com eles, querida. — seus olhos verdes avaliaram para mim como se eu fosse o seu novo brinquedo brilhante.

Não o mate. Não o mate. Melody, mantenha a calma e não o mate.

Eu não ia perder minha calma nafrente dos meus homens. Olhando em toda a sala, cada um deles estava com as mãos ao lado do corpo, tensos, esperando que eu
desse a palavra. Apenas uma dica da minha cabeça seria um sinal para colocarem tantas balas do caralho quanto possível no filho da puta na minha frente.
— Monte, Fedel, leve o Sr. Ross e
acorde ele. Se ele não colaborar, por favor, mostre a ele a transmissão ao vivo, temos o seu irmão, a quem ele também não con- seguiu esconder, e a bomba em sua casa. — eu nunca quebrei o contato visual com
Liam. — O resto de vocês, saiam.
Eu podia ouvir seus pés enquanto seguiam minhas ordens e corriam como
baratas na luz do dia. Os únicos homens que não se moveram foram os dois que eu recon- heci como irmão e primo de Liam.
— Isso se aplica a você dois também.
Eles sorriram e olharam para Liam.
Ele levantou uma sobrancelha para mim. — Eles ficam aqui.
Dando um passo para frente, eu parei quando ele estava um pouco mais do que
uma polegada de distância de mim. Eu podia sentir sua respiração na ponta do meu nariz, e ele sorriu docemente.
— Só se eles estiverem em sacos pre- tos, — eu disse, dando um passo ao redor de Liam e fazendo cara feia para os dois homens que eu ainda queria que saíssem. — Vocês
tem dois segundos.
Eles olharam nos olhos do homem de pé atrás de mim mais uma vez antes de se di-
rigirem para a porta. No momento em que eles fecharam, eu me virei, punho voando em
direção da sua cabeça. Que se encontrou com a palma da sua mão.
Agarrando meu punho, ele me jogou
na cadeira que Ryan tinha ocupado. Ele se- gurou meu rosto com uma das mãos e com a outra, ele segurou meus dois pulsos.
— Em primeiro lugar, a sua piada? — ele disse, ofegante na minha cara como um leão ansioso pela chance de saltar em sua
presa. — Sem graça.
— Em segundo lugar. — ele passou o polegar sobre meus lábios. — No momento em que toquei essa porra de papel, você era
minha. Minha para foder. Minha para me obedecer e minha para se colocar em seu lugar do caralho.
— Em terceiro lugar. — ele me beijou
brutalmente antes de se afastar. — Tudo isso
acabou. Você vai se sentar ao meu lado e vo- cê ficar bonita, como uma dama.
Olhei para ele com os olhos arregala- dos. — Isso é tudo, senhor?
Ele sorriu, mas antes que ele pudesse falar de novo, eu puxei minha cabeça para
trás e esmaguei contra seu fodido nariz. Sua cabeça foi para trás e seu aperto em mim
soltou. Eu trouxe meus joelhos para trás apenas o suficiente para chutar na virilha dele, fazendo ele me soltar completamente.
— Sua fod— ele começou, mas eu não o deixei terminar de falar antes de atingir
lateralmente minhas pernas nele. Com meus saltos Gucci brancos agora em ruínas em seu pescoço, eu olhei para ele.
— Em primeiro lugar, — eu disse, pressionando em seu pescoço, — se acos- tume com esta posição, porque você é minha cadela, e não o contrário.
— Em segundo lugar, nunca coloque a porra dos seus lábios em mim sem minha permissão!
Ele torceu meu pé e me derrubou no chão, me prendendo lá com o peso de seu corpo, antes que eu pudesse chegar ao meu terceiro ponto.
Fúria queimou em seus olhos enquanto ele respirava pelo nariz. — Minha mãe me disse para nunca bater numa mulher, mas você está empurrando os meus
limites.
— Engraçado, meu pai me disse a
mesma coisa. Você gostaria que eu pedisse desculpas? — eu empurrei meus dedos em seus olhos, forçando suas mãos a soltarem minha garganta.
Nós lutamos e brigamos no chão como animais selvagens antes dele me pegar e me
jogar contra a parede mais próxima. Peguei uma cadeira e esmaguei contra suas costelas.
Isso continuou, cada um de nós tentando nosso melhor matar o outro, sem realmente matar um ao outro.
Quando eu acertei um chute do lado dele, ele me agarrou como uma boneca de
pano e me jogou do outro lado da sala. Não foi nada. Em vez de me deixar sentir a dor, eu pulei de volta. Meus saltos estavam agora muito longe, e o vestido que eu tinha colo-
cado estava rasgado dos lados. O paletó havia sido perdido no calor da batalha, sua camisa estava rasgada, e sua gravata mal es-
tava pendurada em seu pescoço. Seu cabelo estava ainda mais desgrenhado, e seus olhos eram mais selvagens do que a porra da selva.
Quando meu punho colidiu com sua bochecha, ele sacou a arma e apontou direta-
mente para o meu rosto. Ele parou quando
deu uma boa olhada em mim. Ofegando como a besta que ele era, a luxúria em seus olhos voltou com força total.
Sem pensar duas vezes, ele me empur- rou contra a parede antes de me atacar com
beijos. Sua boca estava em toda parte, do meu pescoço para baixo, para frente do meu peito, nos lados meu rosto, antes de encon-
trar com os meus novamente. Ele agarrou minha bunda com uma mão e meu peito com a outra, aquela que ainda segurava a arma. Eu senti sua ereção empurrando contra minha cintura, tentando o seu melhor en-
contrar o seu caminho dentro de mim. Suas ações eram bárbaras, quase animalescas, como um homem morrendo de sede, e a ún- ica fonte de água era minha pele.
Eu amei cada momento disso.
Mas eu não iria deixá-lo vencer. Eu não iria me curvar a ele. Não hoje. Nem amanhã. Nunca.
Ele estava tão ocupado tentando descobrir como descer o zíper do meu vestido que tomar a arma dele era como tirar
doce de um bebê. Freneticamente se es- fregando contra mim ainda mais duramente, mais perto, ele quase me deixou pegar a arma.
Com um grande empurrão, eu forcei seu corpo para separar do meu, que sur- preendentemente já sentia falta do seu cal-
or. Ele olhou para mim com desespero. Eu apontei a arma e puxei o gatilho, fazendo
com que sua perna cedesse. Ele ficou em es- tado de choque quando a bala atravessou sua coxa, em seguida, gritou de dor quando ele caiu de joelhos.
É isso mesmo, aplaudam a Capo.
— Em terceiro lugar, se você me inter- romper de novo, Liam Alec Callahan, que Deus tenha piedade de sua alma quando eu te enviar para encontrar com ele. — eu o beijei no rosto e removi o pente da arma, juntamente com a bala na câmara, antes de caminhar em direção à porta.
Quando eu abri, meus homens es- tavam ali com armas em punho em Declan e Neal, que espelhava suas poses. Isso ex- plicou por que nenhum deles tinha vindo. Eles não poderiam verificar a porta sem dar
as costas para o inimigo.
Meus homens me olharam de cima abaixo com sorrisos orgulhosos em seus rostos.
— O que você gostaria que fizéssemos com eles, madame? — um deles, Antonio Franco, perguntou, sorrindo mais ampla-
mente do que o resto deles. Antonio odiava
os Callahans tanto quanto Fedel. Ele não era tão próximo de mim como Monte ou Fedel,
mas ele era tão leal como eles. Ele e seu pai tinham trabalhado para Orlando muito antes
de eu assumir. Fazendo ele entrar na linha de raciocínios dos mais velhos - aqueles que ainda não gostavam que eu, uma mulher e jovem para isso, era agora Capo.
Me virei para meus cunhados e sorri
antes de acenei as mãos. — Peço desculpas por não ser apresentada correta-
mente. Como vocês sabem, eu sou Melody Nicci Giovanni, mas vocês podem me chamar de Mel..
Eles não se mexeram. Em vez disso, me olharam, suas armas ainda levantadas.
— Oh, bem, seu irmão. — eu fingi es- quecer. — Ele levou uma pequena surra e vai precisar de um médico. Mas não se preocupe - o tiro atravessou. Ele vai estar andando em
poucas horas. Vocês podem checá-lo, e eu vou fazer Adriana mostrar a vocês os seus quartos.
Eu balancei a cabeça para os meus ho- mens, para que eles soltassem suas armas - eles franziram a testa, mas obedeceram - antes de me seguir em direção ao el-
evador. Ele se abriu para revelar não só o meu pai, mas também o mais velho Sr. Calla-
han. Me fazendo perceber, mais uma vez, que os Callahans eram abençoados quase um pouco demais para o meu gosto.
Meu pai me olhou de cima abaixo antes de balançar a cabeça e suspirar en- quanto Sedric apenas olhou sem expressão em seu rosto.
— Meu filho fazer isso com você? — ele perguntou, olhando para os meus braços e as pernas ligeiramente feridas, os lábios cortados e cabelo bagunçado.
— Foi um pequeno desentendimento.
— eu sorri. — E eu atirei nele. Se ele não fosse meu futuro marido, isso teria sido pi-
or. Eu espero que nós possamos ser ap- resentados corretamente mais tarde...
E com isso eu entrei no elevador
quando foi reaberto. Foi só quando as portas estavam se fechando que eu vi o irmão e primo de Liam correr irem para a sala para
buscá-lo. Eu retive meu riso.
— Estou chocado que você não atirou nele na rótula por essa merda, minha sen- hora, — disse Antonio enquanto fazíamos o nosso caminho para cima.
Eu sorri. — Como eu poderia olhar com um marido deficiente, Antonio?
No momento em que chegamos ao úl-
timo andar, fui direto para o meu quarto. Eu o tinha ao lado do meu pai uma vez que ele
ficou pior. Eu quase suspirei com a sensação
do tapete macio em meus pés descalços. Este quarto, o meu quarto, era o meu san-
tuário.O dia em que assumi, eu tinha remodelado ele para uma decoração mais Romana do século XVIII – incluindo
pinturas.
Colocando um maiô branco e
dourado, eu fui para a piscina. Eu me senti suja e francamente cansada, mas a última
coisa que eu queria era que as contusões na minha pele ficassem mais do que algumas
horas. A maneira de evitar isso era dar um
mergulho na água gelada. Iria arder no iní- cio, mas algumas horas mais tarde a minha pele, e minha mente, estaria como novo -
claro. Deus sabia que isso era fodido.
Eu ainda podia sentir suas mãos sobre
mim, exigente e possessivo. Seus lábios quando morderam meu pescoço, minha
orelha e meus lábios. Ele não era apenas um bom beijador, ele era um beijador sensu-
al. Ele queria ter certeza que, com apenas um beijo, eu estivesse molhada para ele e disposta a ceder. Se eu tivesse sido qualquer
outra pessoa, isso teria funcionado.
Não havia nenhuma dúvida em minha mente que ele sabia o que fazer e como
fazer. Ele era uma força, e eu não teria me importado, se ele não tivesse vindo em minha casa e tivesse tentado me fazer sua pequena esposa perfeita.
Na piscina, eu tremia, mas eu precis-
ava tentar escapar dele. Eu não poderia, no
entanto. Ele estava lá, abrindo caminho para
frente da minha mente. Eu o odiava. Eu o
odiava. Eu o cobicei e isso me deixou irritada
comigo mesma. Mesmo na água fria, en- quanto eu nadava, eu o senti pressionando
contra mim. Senti a eletricidade de suas
mãos, a sua língua sensual. Eu não podia negar o que eu queria.
Eu teria que descobrir como tê-lo, e ao mesmo tempo, fazê-lo entender que eu não
iria me render à sua vontade. Nem perto
disso. Era minha escolha. Ele ia ficar ani- malesco e selvagem e eu iria relaxar.
Quando eu finalmente voltei para bus- car ar, lá estava ele, o objeto de toda a minha raiva, ódio, luxúria, sentado ao lado da pis- cina em um novo terno com um curativo sobre sua perna - uma perna que estava des-
cansando em minha cadeira. Levantando para fora da água, peguei minha toalha en- quanto seus olhos correriam sobre meu corpo.
— Vê algo que você gosta? — pergun- tei, apertando a água fria do meu cabelo.
Ele franziu a testa. — Infelizmente,
sim, mas é uma ilusão. No momento em que você chega perto, isso se transforma em selvagem e implacável e atira com sua pró-
pria arma.
— Se eu me transformei em uma selvagem cruel, foi apenas porque outro selvagem cruel deu um passo em minha
arena. Se você veio para um pedido de des-
culpas, procure outro lugar. Agora, dê o fora, — eu disse.
Brilhantemente, ele se levantou. No momento em que me sentei, ele pegou minha mão e eu vi nos olhos dele que ele
sentia essa faísca correndo por nós. Ele se
inclinou, pegando o meu olhar no seu. Ele parou apenas polegadas do meu rosto antes
de ouvir um clique perto do meu pulso. Ol- hando para baixo, vi que ele tinha algemado meu pulso e meu tornozelo na cadeira.
— Depois da exibição anterior, eu acredito que você precisa de um tempo. — ele riu, beijando minha testa como se eu fosse algum animal de estimação ou uma cri-
ança. — Você esteve nadando tanto tempo que você perdeu o jantar, então eu fiz um fa-
vor e te trouxe comida. — ele apontou para o prato que só era possível alcançar com a mão
livre. — Eu virei para você de manhã.
— O que faz você pensar que eu não posso me livrar disso, seu filho da puta? — eu zombei, puxando as algemas malditas.
— Eu enchi as fechaduras com ci-
mento. Você não pode se soltar disso, acred- ite em mim, eu usei isso antes, — disse ele,
escovando o lado do meu rosto. — Se você já apontar uma arma para mim de novo, Melody, vou te algemar de cabeça para baixo e debaixo d'água do caralho.
Ele me beijou novamente, desta vez na minha boca, e com a mão livre, eu dei um tapa no seu rosto fodido. Sua cabeça foi para o lado antes dele se virar para mim e piscar.
Presunçoso, idiota sexy. Com a mão livre, ele deslizou um anel de noivado de diamante ob-
scenamente grande no meu dedo. Ele soltou meu dedo e pegou mais algumas toalhas, as deixando caírem em cima de mim, e camin- hou em direção à saída.
— Peça desculpas e vou te soltar agora, amor, e então nós podemos começar de novo.
Ele estava tentando me quebrar, o filho da puta.
— Vá se foder e o Audi que você dirige.
Frustrado, ele passou as mãos pelo
seu cabelo antes de balançar a cabeça. — Vamos conversar mais tarde, en-
tão. Coma. Eu não gostaria de te levar para a casa da minha mãe doente. Vou garantir que o quarto fique quente. Enviei todo mundo
para seus quartos. Boa noite, esposa.
— Vá se foder, noivo, — eu disse, inclinando-se para trás na cadeira.
Eu estava bem até que ele apagou as luzes e fechou a porta. Ele não sabia. Nin- guém sabia, exceto o meu pai. Eu tinha
medo irracional do escuro. Mesmo que ainda havia uma luz fraca da piscina iluminando a pequena área, eu ainda podia sentir o medo rastejando pela minha espinha.
Não havia maneira nenhuma no in-
ferno que eu iria passar a noite aqui. Suspir- ando, eu tentei me acalmar antes de puxar a algema e ir à beira da água antes de saltar.
Eu iria sair dessa escuridão, mesmo que eu tivesse que quebrar minha mão para fazer isso. Felizmente, as algemas iriam quebrar contra as paredes primeiro.
De qualquer maneira, ele não iria ganhar.

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