Make me Proud •JG•

I killed him

- Justin, não é? - Jackson disse irônico.
Olhei em sua direção e lá estava ele com as costas encostadas na parede, com um olhar de decepção.
- Jackson...
- Você teve a audácia de mentir para mim,Alexia?
Jack saiu do carro e parou ao meu lado de braços cruzados.
- Estou com nojo de você Alexia, saindo com um cara desses. Esse cara não merece amor, não merece você. - Jackson disse olhando para Jack.
- Você não pode falar de mim, Manson. - Jack disse com um sorrisinho no canto dos lábios.
- Perdi alguma coisa? - perguntei.
- Ah, sim. Você não conhece o seu irmão Alexia. - Jack disse lançando um olhar desafiador para Jackson.
- Cale a boca, Gilinsky. - Jackson disse se aproximando.
- Olha aqui cara, ou você nos deixa em paz ou eu mostro para a Alexia o irmãozinho que ela tem. - Jack disse para Jackson.
Jackson abriu a boca e a fechou algumas vezes sem ter o que dizer.
- E como é o meu irmãozinho? Ei, eu estou aqui! Jackson, me fala, o que você fez? - perguntei assustada.
- Nada Alexia, não se mete! - Jackson praticamente gritou.
- Eu quero saber! - gritei.
- Nada caralho! -Jackson gritou.
- Jackson! Seu idiota. - diase o dando um empurrãozinho.
Jackson me olhou feio e me empurrou me fazendo cair no chão.
Jack o empurrou fazendo-o bater com as costas contra a parede.
- Olha como você trata a sua própria irmã, seu idiota! A garota que está sempre ao seu lado, que sempre te defendeu, que já assumiu inúmeras vezes os seus erros ficando de castigo em seu lugar para te livrar! - Jack disse o prendendo contra a parede.
- Me solta, idiota! Eu sei como tratar a minha irmã! - Jackson gritou o empurrando.
- Não é o que está parecendo. - disse me levantando.
Me aproximei dele e o dei um tapa na cara.
Jackson me olhou com os olhos arregalados e levantou a mão, e então a abaixou de imediato.
- O que eu estou fazendo? - ele disse para si mesmo.
- Esse não é você, esse não é o meu irmãozinho que me defendia dos valentões da escola. - disse com os olhos cheios de água.
- Alexia... - Jackson tentou dizer.
- Não, chega Jackson. Eu preciso sair daqui. Preciso respirar. - disse me afastando.
Seus olhos estavam marejados e aquilo estava me matando. Estava doendo, e não pelo fato de eu ter caído, e sim de o meu próprio irmão ter me empurrado.
Entrei no carro e me encolhi.
Logo Jack entrou no carro também e deu partida no carro.
Ficamos em silêncio por um tempo.
Jack pousou a mão em minha coxa e acariciou o local.
- Vai ficar tudo bem. Você sabe que o seu irmão é um idiota as vezes.
- O problema é que ele está sendo um idiota já faz um tempo. E eu achava que ele me chamar de vadia já era horrível.
- Ele fez isso?
- Fez. - disse com a voz falha.
Lágrimas ameaçaram cair.
- Calma, amor... - Jack parou por um segundo pensando no que disse e senti que sua mão ficou trêmula. - Quer dizer, Alexia.
- Jack, está tudo bem? - perguntei.
- Aham... - ele disse nervoso, ligou o rádio e aumentou o som.
Abaixei o som e o olhei.
- Jack, você tem alguma coisa para me falar? - perguntei.
Ele balançou a cabeça negativamente com os olhos fixos na estrada.
- Okay. - disse desviando o olhar para a estrada.
- Desculpa, é que eu... eu nunca senti isso. - Jack sussurrou parando o carro em frente a casa do Nate.
Dava para ouvir uma música muito alta vindo de dentro da casa, mas ignorei isso e me voltei para Jack.
- Isso o que? - perguntei.
- Hã... nada. Esquece. - Jack suspirou abrindo a porta do carro.
- Não, Jack, por favor. - segurei seu braço.
Ele suspirou e a fechou se voltando para mim.
- Diz pra mim, o que você disse que nunca sentiu? - perguntei desesperada por uma resposta.
- Amor. - ele sussurrou.
- O quê? - perguntei incrédula.
- É, isso mesmo. Eu nunca amei, Alexia. - ele disse olhando em em meus olhos.
Eu estava sem palavras. Ele sente o mesmo que eu sinto por ele? É isso? Espera, eu o amo? Deus, minha mente está muito confusa.
- Você é a primeira. - ele sussurrou abaixando o olhar.
- Eu não... eu não... - me interrompi por não saber o que dizer.
Segurei o rosto de Jack com as duas mãos e o ergui fazendo-o olhar para mim.
- Não precisa dizer nada, Alexia. Eu sei que você me odeia. Já entendi. - Jack disse se voltando para a porta e a abrindo.
Ele saiu do carro tão depressa que não deu nem tempo de segurar seu braço.
Saí do carro e o alcancei.
- Espera! Jack. - segurei sua mão.
- O que foi agora, Alex...- o interrompi com um baixo.
Jack deixou suas mãos envolta da minha cintura e colou nossos corpos, aprofundando o beijo.
Fiquei na ponta dos pés para ficar da sua altura e enrosquei meus braços envolta de seu pescoço.
- Isso... é muito bom... - Jack disse entre o beijo.
- É sim... - concordei.
- Meu Deus... - ouvi um sussurro e empurrei Jack de leve.
Jack me soltou e me olhou confuso.
Emily e Katie me olhavam boquiabertas e de olhos arregalados.
Jack olhou para atrás, encarou Katie e Emily e suspirou.
- Obrigado por atrapalhar. - ele disse com certa irritação.
Jack se voltou para mim novamente e beijou o meu rosto.
- Eu vou entrar, a festa parece estar boa. Ah, e eu juro que não sabia que era uma festa de verdade, Nate mentiu para mim. - Jack disse e deu as costas, entrando na casa de Nate em seguida.
Olhei para Emily e depois para Katie e senti minhas bochechas arderem.
- Vocês... ai meu Deus... - Katie disse incrédula.
Emily me olhava de um jeito diferente, como se tivesse desapontada.
- Sim, Kat. - disse rindo.
- Eu queria pegar ele, mas acho que vocês formam belo casal então esquece. - ela riu.
Dei um tapinha em seu ombro e nós rimos.
- Eu vou entrar porque a festa está muito boa, vem comigo. - ela disse.
- Eu já vou, pode indo na frente. - disse.
- Okay. - Katie sorriu e deu as costas.
Emily ia seguir ela mas eu segurei seu braço a impedindo.
- O que foi? - sussurrou.
- Eu sei de tudo. Sei quem é Jack Gilinsky.
- O quê?
- Ontem Cameron ficou com muita raiva por você ter saído com o Jack e começou a beber muito. Enfim, ele ficou bêbado, eu dirigi o seu carro por que ele não estava em condições de fazê-lo. Eu o deixei em casa e acabei dormindo lá porque ele começou a passar mal e eu não iria deixá-lo sozinho naquele estado. Nós começamos a conversar e ele acabou me contando tudo sobre Jack. Eu sei quem é o verdadeiro Jack Gilinsky. Ah, e não, não rolou nada entre eu e Cameron. - Emily disse.
Olhei para baixo com vergonha.
- Eu sei, sou uma idiota. - murmurei.
- Ah, sim, você é. Não sei o que você tem na cabeça para ficar com um traficante e assassino desse. Tenho nojo dele.
- Agora você vai ter nojo de mim também? Está igual ao Jackson? Vai me jogar no chão também? Vai me chamar de vadia? - explodi.
- O quê? Alexia, eu não disse que estou com nojo de você. Do que você está falando? O Jackson fez isso?
- Ah sim, ele fez. E só não fez pior porque Jack o impediu.
- Você não está vendo? Esse cara está te colocando contra as pessoas que você ama! Daqui a pouco ele vai colocar na dua cabeça que eu também não sou boa para você.
- Eu não estou afim de ouvir isso. Sem condições de eu suportar isso agora. Olha, eu tenho muitas dúvidas em minha cabeça mas eu não tenho dúvidas de que Jack quer me proteger. Ele não é bom, eu sei, não preciso que ninguém diga isso. Eu sei como lidar com ele e não preciso da opinião de ninguém. - disse tentando parecer o mais calma possível.
Entrei na casa de Nate dando as costas para Emily. Não estou afim de brigar com a minha melhor amiga, então é melhor eu me afastar dela agora que estou nervosa antes que a coisa piore.
Entrei na cozinha e peguei um copo de cerveja. Bebi todo o líquido de meu copo no mesmo segundo e quando fui pegar mais fui impedida por braços fortes.
- Vai com calma, princesa. - Jack disse segurando meu braço.
Sorri fraco e o abracei.
- O que foi meu amor? - Jack perguntou alisando meu cabelo com uma mão e com a mão livre ele acariciava minhas costas.
- Eu estou muito nervosa. Está tudo acontecendo ao mesmo tempo. Tudo está caindo sobre mim e eu não sei se consigo aguentar esse peso. - disse com a voz abafada pelo seu casaco.
- Calma meu anjo, eu estou aqui. Estou do seu lado, vou te ajudar com tudo o que você precisar, eu prometo. - Jack beijou minha testa e passou os dedos em meu rosto secando as lágrimas que escaparam.
- Eu te amo. - sussurrei em seu ouvido.
Jack fechou os olhos e sorriu. Ao abrir os olhos ele me deu um beijo e entrelaçou os nossos dedos.
- Eu também te amo, pequena. - ele sussurrou em meu ouvido.
- Eu nem sou pequena. - disse fazendo beicinho.
Jack riu e balançou a cabeça.
- Só um pouquinho. - ele disse sorrindo.
Sorri e o abracei pela cintura.
Saímos da cozinha abraçados e nos esbarramos com Nate e Sam.
- E aí, casal! - Nate teve que gritar para que nós conseguíssemos o ouvir pois a música estava super alta.
- E aí, Nate. Por que não me contou que seria uma festa? - Jack perguntou.
- Porque se eu contasse você não viria. - ele sorriu.
Jack balançou a cabeça e deu um tapa em seu peito.
- Você é um idiota mesmo. - Jack revirou os olhos.
Nate riu e o entregou um copo plástico azul.
- Você precisa beber um pouco. - Nate disse dando uns tapinhas em suas costas.
Jack bebeu um pouco de cerveja e sorriu.
- Fazia um tempo que eu não bebia uma boa cerveja. - Jack disse.
- Por que? Estava muito ocupado escondendo corpos? - Emily perguntou num tom irônico.
Jack cuspiu a cerveja de volta no copo arregalando os olhos e a olhou surpreso.
- O quê? - Jack perguntou rindo.
Emily revirou os olhos.
- Hã, eu acho que você bebeu demais, amorzinho. - Sam disse rindo.
- Na verdade eu nem bebi hoje. - Emily disse.
- Acho melhor você calar a boca. - Nate disse seco.
- Nate! - o repreendi.
- Ela está falando demais, Alexia. Ela sabe demais. Não queira saber o que acontece com quem sabe demais. - Nate disse com os olhos fixados em Emily.
- E o que acontece? - Emily perguntou o desafiando.
- Elas morrem. - Jack respondeu num tom frio que me causou um frio no estômago.
Me afastei de Jack e andei depressa em direção a porta.
- Alexia! - Jack me chamou me seguindo.
- Me deixa! - gritei.
Quando finalmente consegui dair daquela casa comecei a correr. Naquele momento agradeci por ter optado por um all star ao invés de um salto.
Depois de correr um bocado entrei num beco e encostei minhas costas na parede, ofegante.
- Ah, olha o que temos aqui. - ouvi uma voz masculina pronunciar.
Olhei em direção a voz avisando três caras me olhando com atenção. Me encolhi de medo. Eles se aproximaram a começaram a mexer no meu cabelo e acariciar meus braços.
- Olá, boneca. - um deles disse.
Todos tinham um sorriso malicioso nos lábios e me comiam com os olhos.
Um deles começou a tentar abaixar o keu short.
-JACK! - gritei o mais alto que pude.
Um deles tapou a minha boca enquanto o outro começou a subir a minha camisa e a passar a mão em minha barriga.
Quando o cara que estava tentando abaixar o meu short estava terminando de abrir o zíper de meu short Jack entrou naquele beco e me olhou.
- Tirem as mãos dela! - Jack rosnou.
Os três o olharam e eu aproveitei para chutar o que estava com as mãos debaixo da minha camisa e corri para atrás de Jack.
Os caras se entre olharam e voltaram a olhar para Jack.
- Jack Gilinsky? - um deles perguntou arregalando os olhos.
- Eu mesmo. Vocês tocaram na minha garota. - Jack disse se aproximando deles.
- Nó-Nós não sabíamos que e-ela era sua namorada. - um gaguejou se afastando devagar.
- Vocês. Tocaram. Na. Minha. Garota. - Jack disse pausadamente e deu um soco em um deles.
Um deles tirou um canivete do bolso e escondeu atrás de si. Ele foi se aproximando de Jack por trás dele.
Sem pensar duas corri e empurrei a sua mão que segurava o canivete contra o seu próprio peito. Ele caiu de joelhos no chão.
- Ai meu Deus! - disse colocando as mãos na boca apavorada pelo o que tinha acabado de fazer.
- Alexia? - Jack me chamou se aproximando.
Jack tinha pagado um dos caras com um soco e o outro aproveitou para fugir quando Jack andou até mim.
Continuei imóvel, com as mãos na boca, olhando o corpo sem vida do homem.
- Você está bem? - Jack perguntou me abraçando.
- E-Eu o matei...- disse nervosa.
- Calma, meu amor. - Jack acariciou minhas costas.
- Ele ia te acertar com aquele canivete. Eu não pensei no que ia fazer, apenas corri e cravei o canivete em seu peito.
- Shhh, tudo bem, tudo bem.
- Não, não está tudo bem! Eu matei alguém! Eu não sou como você Jack, eu não mato. Eu não sou fria a esse ponto. - disse.
Jack se afastou de mim.
- Alexia, chega. Não tem o que fazer! Você precisa se conformar que fez isso. Simples. Não tem volta, não tem como desfazer isso! - Jack disse.
Me sentei no chão e comecei a chorar sem parar.
- Ah, Lexi. - Jack suspirou. - Vamos sair daqui, é melhor.
Assenti, mas continuei ali sentada olhando fixamente para o corpo do homem que eu acabei de matar.
Jack suspirou se agachando.
- Feche os olhos. - Jack pediu.
Fechei os olhos e ouvi um barulho estranho, depois o barulho de uma sacola e em seguida Jack disse que eu podia abrir os olhos.
Abri meus olhos e olhei o morto novamente. O canivete havia sido retirado de seu peito e mais sangue saía de dentro do homem.
- Onde está o canivete? Por que o tirou? - perguntei a Jack.
- Está no meu bolso, dentro de uma sacola. Suas digitais estão naquele estilete, Alexia. - Jack disse.
- Ah. - foi a única coisa que consegui dizer.
- Vamos. - Jack disse mas eu não tinha forças para levantar.
Jack se inclinou em minha direção e me pegou no colo.
Entrelacei minhas pernas envolta de sua cintura, e enrosquei meus braços envolta de seu pescoço e deitei minha cabeça em seu ombro, fechando os olhos.
Jack me levou até o seu carro e me deitou no banco de trás. Depois ele deu a volta, deu partida no carro e eu peguei no sono no caminho. I li