My birthday party part.2

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Me virei para trás e lá estava Jack me olhando com aquele seu sorriso lindo nos lábios.
-Como você... - Jack me interrompeu me puxando pela mão para um canto. -O que você está fazendo? Me solta!
Jack me calou com um beijo.
-Ja-Jack... o que você... - tentei dizer entre o beijo mas Jack me interrompeu novamente, mordendo o meu lábio inferior.
Quando Jack cortou o beijo deixei escapar um gemido. Ficamos nos encarando, ambos ofegantes.
-Alexia, eu sei que o Cameron te contou algumas coisas sobre mim, e também sei sobre oque rolou depois disso. Eu sei que eu não sou uma pessoa muito boa, mas o Cameron também não é. Eu quero que você se afaste dele. - Jack disse pousando as mãos em minha cintura.
-O quê? Como você sabe? Quem é você pra pedir para eu ficar longe dele? Você é pior do que ele. - disse tirando suas mãos de minha cintura.
-Eu posso até ser pior que ele, mas eu nunca te machucaria.
-Ele nunca me machucaria.
-Ele machucaria qualquer pessoa para se vingar de mim, Alexia. Até você.
-Ele parece gostar de mim. - murmurei.
-E ele gosta. Mas até ele descobrir uma coisa.
-Que coisa?
-Eu tenho que ir. - Jack se afastou de mim.
-O que? Jack! Volta aqui! Me explica isso direito! - gritei, mas fui totalmente ignorada por Jack que entrou no pub.
Bufei e me balancei a cabeça, irritada.
Voltei para o interior do pub e peguei uma lata de cerveja.
Minutos depois já estava na sétima lata de cerveja.
-Hey, Lexi! - Nate gritou ao se aproximar.
-Hey, Nate! Que surpresa, gato! - sorri e o abracei.
Nate olhou para a lata em minhas mãos e riu.
-Eu adoro quando você bebe. - Nate sorriu.
Ele pegou uma lata de cerveja com o barman e se sentou ao meu lado.
-Você geralmente estaria comendo uma garota neste momento, por que está aqui falando comigo? - perguntei.
-Nossa, você é muito mais sincera quando bebe. - Nate riu.
Dei de ombros.
-Eu estou cansado, hoje foi um dia muito estressante. E acho que já atingi a minha cota de mulheres por hoje. - ele piscou.
-Você é nojento. - dei um tapa em seu ombro.
Nate riu.
Levo a lata à boca mais uma vez, mas líquido nenhum saiu. Mais uma lata acabada.
Coloquei a lata no balcão e quando eu ia pedir outra lata para o barman Jack segurou o meu braço.
-O que você quer agora, Gilinsky? - perguntei com a voz embargada pelo álcool.
Jack balançou a cabeça e me puxou em direção à saída do pub.
-Para! Me solta, seu idiota! - gritei para Jack.
A música estava tão alta que abafava os meus gritos.
-Ela disse pra você soltá-la, não ouviu? - Cameron disse me segurando.
-Não se mete seu idiota. - Jack rosnou.
-Acho melhor você soltar a minha garota. - Cameron ordenou.
-Seu garota? Acho que não. -Jack riu sem humor.
-Eu estou falando sério. - Cameron disse.
-Se não o que? - Jack o desfiou.
-Se não eu quebro a sua cara. - Cameron disse com os punhos cerrados.
Jack começou a gargalhar e jogou a cabeça para trás.
-Você é hilário, cara. Pena que eu tenho que ir. - Jack sorriu falso e me puxou para fora do pub.
-Me desculpe, Cameron. Até mais. - sorri para ele e me voltei para Jack para não ver a sua expressão de decepção.
-Entre. - Jack disse ao abrir a porra de seu carro.
Entrei no carro e o observei dar a volta e entrar no carro.
Jack deu partida e acelerou o carro.
Depois de uns 20 minutos Jack parou em frente a uma casa enorme.
-Onde estamos? - perguntei.
-Que? - Jack perguntou se voltando para mim.
-Onde estamos? - perguntei novamente.
-Você bebeu quanto? - Jack perguntou segurando o riso.
-Por que a pergunta? Eu estou ótima.
-É, você está ótima, mas está com a língua meio enrolada, não?
Cruzei os braços e virei para a janela.
Jack riu e pousou a mão em minha coxa.
-Você fica linda quando está brava. - ele murmurou.
-E você fica lindo de qualquer jeito. - murmurei.
-O quê?
-Nada. - disse depressa.
-Alexia, Alexia... cuidado com oque você diz, eu posso entender errado.
-Acho que não.
-Não, não pode ser. - ele riu.
-Tem certeza? O que você entendeu? Que eu gosto de você?
Jack suspirou.
-Pois então, você entendeu certo. Eu sou uma idiota por isso, como eu vou contar para as pessoas que estou apaixonada por um traficante e assassino?
-Ele te contou isso mesmo? Tá de brincadeira. Espera. Apaixonada? Você está apaixonada por mim?
-Eu não estou bem. - disse ao sentir o meu estômago revirar.
-Não tente fugir do assunto, Alexia.
-Eu realmente não estou bem, Jack. É sério eu acho que vou... - fui interrompida por uma ânsia de vômito.
-Alexia? Você está bem? - Jack perguntou assustado.
Abri a porta do carro e pulei para fora. Me segurei no muro da casa e não consegui mais segurar o vômito.
Jack me segurou pela cintura com uma mão e segurou o meu cabelo com a outra.
Encostei minha cabeça no muro e limpei minha boca com as mãos.
-Droga. Isso é nojento. Você não deveria ter visto isso. É humilhante. - disse com raiva de mim mesma.
-Calma, está tudo bem. Vamos entrar. - Jack disse gentilmente e me guiou até a casa enorme. Ele destacou a porta e me conduziu até o andar de cima.
-Aqui é o banheiro, tome um banho. Eu vou buscar uma roupa pra você. - Jack sorriu e me olhou nos olhos. -Você está melhor?
Assenti sorrindo fraco.
Jack sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo, que insistia em cair sobre meus olhos, para trás da minha orelha, num gesto rápido.
-Tome um banho, pode usar a toalha branca. - Jack disse e eu assenti.
Quando ele deu as costas eu fechei a porta fo banheiro e me despi.
Eu preciso de água para eliminar um pouco do álcool, talvez assim eu pense com clareza. Por que eu disse para Jack que estou apaixonada por ele? Eu estou apaixonada por ele? Por que logo por ele?
Balancei minha cabeça afastando tais pensamentos e entrei no box. Liguei o chuveiro e deixei a água cair sobre o meu corpo. Peguei o sabonete e passei pelo meu corpo, dispersa em meus pensamentos.
A água estava tão boa que dava vontade de não sair mais dali, mas seria muita falta de educação demorar no banho na casa dos outros.
Após terminar de tirar o sabonete do corpo, e de laçar o cabelo, desliguei o chuveiro e me enrolei numa toalha.
-Jack? - o chamei assim que saí do banheiro.
-Quem é você? - uma mulher que deveria ter uns 40 anos perguntou.
-Eu... - comecei a dizer sem jeito.
-Mãe, essa é a Alexia, minha amiga. - Jack disse ao aparecer no corredor.
-Ah, Alexia, sua amiga. - ela disse pensativa.
Me encolhi, desconfortável pir estar só de toalha.
Jack estendeu a mão para mim e eu a segurei.
-Venha, você pode ser trocar no meu quarto. Separei uma roupa ora você, está em cima da minha cama. Enquanto você se troca eu vou pegar algo ora você comer. - Jack disse parando em frente a uma porta.
Ele abriu a porta mostrando um quarto grande e bem organizado. Praticamente o quarto inteiro era cinza, branco e preto.
-Obrigada. - sorri tímida e entrei em seu quarto.
Jack sorriu e fechou a porta me deixando sozinha.
Peguei as roupas que ele separou para mim e as analisei. Meu olhar parou numa cueca. Não, eu não vou usar a cueca do Jack, isso é loucura. Todas peças que estavam ali eram do Jack. Olhei para as minhas roupas num sofá num canto do quarto e suspirei derrotada. Eu vou ter que usar as roupas do Jack.
A cueca parecia ser nova, talvez ele ainda não a usou. Eu espero.
Vesti as roupas e me olhei no espelho.
As roupas ficaram bem folgadas em mim.
Era uma calça de moletom cinza e uma camisa branca larga.
Abri a porta do quarto e olhei se o Jack não estava vindo. Nenhum sinal de dele.
Desci as escadas e entrei na cozinha e lá estava ele, sem camisa, colocando macarrão num prato e depois colocou a mesma quantidade de macarrão em outro prato. Ele estava costas para mim.
Me aproximei de Jack lentamente, e não consegui lutar contra a vontade de tocá-lo e acariciei suas costas.
Jack soltou a panela na pia, fazendo um barulho estrondoso, e se virou para mim rapidamente.
-Me desculpe se te assustei. - disse me afastando.
-Não, tudo bem. - Jack segurou minha mão e me puxou para perto de seu corpo novamente.
-E-Eu preciso de água. - disse nervosa pela nossa proximidade.
Jack assentiu me soltando e pegou um copo de água pra mim.
Bebi tudo depressa e lavei o devolvi o copo.
-Mais? - ele perguntou.
-Não, obrigada. - disse.
-Eu esquentei macarrão com almôndegas, era o almoço de hoje. Mas ainda está muito bom, foi minha mãe que fez. - Jack disse apontando para os pratos no balcão.
Sorri e me aproximei do balcão.
-Sabe oque eu acho? - Jack perguntou se sentando num banco à minha frente.
-Hum? -perguntei de boca cheia.
-Que quando você não estiver mais bêbada você não vai mais me tratar bem como você está me tratando agora. - Jack disse e depois encheu a boca de macarrão.
-Eu não me sinto bêbada. - disse o olhando.
-Mas você está. - Jack disse dando mais uma garfada no macarrão.
-Talvez um pouco. - admiti.
Jack olhava fixamente para o seu prato enquanto comia.
-Tem cerveja? - perguntei.
-Chega de bebidas por hoje, Alexia.
-É o meu aniversário! - fiz beicinho.
-Não importa. Você até já passou mal, não vou deixar você beber mais.
Revirei os olhos e continuei comendo em silêncio.
Quando terminamos Jack colocou a louça na pia, me olhou e soltou um suspiro cansado.
-Quer que eu lave a louça? Você parece cansado. - disse.
-Não, amanhã eu lavo. Agora vamos dormir. - Jack disse pegando minha mão e me conduzindo em direção à escada.
-Jack, meu filho! - uma voz masculina veio de trás de nós.
Olhamos para trás e Jack suspirou.
-Pai, eu estou indo dormir agora. - Jack disse.
-Ah, tudo bem. E quem é a garota? - ele disse se referindo a mim.
-Minha amiga, Alexia. Ela vai dormir aqui hoje. - Jack disse segurando minha mão com força.
Ele olhou para as nossas mãos dadas e sorriu.
-Sei... Boa noite, filho. Juízo. -ele sorriu malicioso para o filho que revirou os olhos.
Jack me puxou para o andar de cima e entramos em seu quarto. Ele trancou a porta e começou a tirar os sapatos.
-Eu possi dormir no sofá... - disse.
-Claro que não. Você não quer dormir comigo? - Jack me olhou.
Senti o meu estômago revirar.
-Ah, pode ser. Só achei que seria...
-Nojento? Estranho? Ruim...
-Demais pra mim. - sussurrei desviando o olhar.
-Como? - Jack perguntou surpreso.
-Você ouviu. - o encarei.
Jack me olhou boquiaberto por alguns segundos e, em seguida, se aproximou de mim.
-Jack, eu... - Jack me interrompeu encostando o dedo indicador em meus lábios e em seguida roçou os lábios nos meus.
-Eu quero você, Alexia. Desde a primeira vez que eu te vi. - Jack sussurrou contra os meus lábios.

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