Matthew

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Comecei a caminhar mais rápido pelas ruas, nervosa e com medo.
Meu dia já não foi nada bom, e agora mais essa. Perdida, em um local onde não conheço ninguém.

O que será de mim? Terei que morar na rua, e virar uma mendiga?

Me desesperei tanto, que perdi o sentindo da direção, e acabei trombando com alguém.

A pessoa estava com um moletom preto, e com um capuz. Eu não conseguia identificar a pessoa, mas a silhueta era de um garoto.

- Preste mais atenção garota! - a pessoa disse.
- Me desculpa, você não é muito simpático, não é? - respondi grossa.
- Ah, vai, me desculpa, eu não estou em um dia muito bom.

Após dizer essas palavras, o menino tirou o capuz, e finalmente revelou seu rosto.

- Matthew? - eu disse supresa.

Não acredito! Era ele, o menino que eu vi no avião estava aqui. Ele morava aqui, e eu pensando que nunca mais ia ver ele. Oh My God, mas que bofe!

- Como você sabe o meu nome? - ele perguntou.
- É-é que... é que... - eu comecei a gaguejar de um jeito constrangedor.

Ele me olhava, esperando pela resposta.

- Eu sentei ao seu lado no avião... - eu disse tímida.
- Ah, você é a garota que dormiu no meu ombro? - ele disse rindo.
- Mais ou menos! - eu disse sem graça.

Nós ficamos em silêncio, até ele quebrar aquele clima, com esta pergunta:

- Bom, você já sabe meu nome, mas qual é o seu?
- Madyson, prazer! - apertei a mão dele.

E o mesmo, logo soltou minha mão. Tão rápido, que eu me perguntei se tinha algo de errado com minha mão.

- Caramba, como sua mão está gelada! - ele reclamou.
- É que eu esqueci minha blusa de frio em casa, e também não encontro minha casa! - falei nervosa.
- Você está perdida? É isso? - ele me perguntou.
- Um pouco...
- Toma! - ele disse tirando a blusa - Você é afilhada da Mackenzie, não é?
- Sim...de onde você conhece a minha Madrinha?
- Ela é amiga da minha da minha Mãe. - Entendi.
- Veste minha blusa, aí eu te levo em casa.

Eu apenas sorri para ele, que me ajudou a vestir a sua blusa.

- Obrigada, mas você não vai sentir frio? - perguntei.
- Não, estou acostumado.

Caminhamos em silêncio até minha casa, que por acaso chegou bem rápido. Eu devo ter confundido apenas uma rua, ou coisa do tipo.

A gente parou em frente a casa da minha Madrinha, e ele já foi se despedindo.

- Está entregue! - ele disse rindo.
- Muito obrigada! - lhe dei um abraço totalmente inocente.
- Até algum dia. - ele disse indo embora.

Enquanto eu abria a porta de casa, acenei para ele e o mesmo retribuiu. Fiquei o olhando, até desaparecer em uma esquina.

Entrei e fechei a porta, acho que minha Madrinha já estava dormindo, pois todas as luzes estavam apagadas. Mas afinal, que horas eu havia chegado em casa?

...

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