Depois De Você

E aê? Rola?

- SOCORRO! - eu continuava a gritar.

Até que uma mão tapa minha boca, e eu vejo, quer dizer, escuto a porta fechar.

Eu nem conseguia mais gritar, coloquei toda a força que eu tinha nos meus dentes e mordi a mão daquela pessoa.

-AÍ! Caralho priminha! Pra que me morder? - o Ed disse enquanto acendia a luz do quarto.

Só então, percebi que aquele, era o quarto dele. Olhei em volta, para não deixar passar um mínimo detalhe. Mas parei meu olhar nele, que estava sem camisa, e só de samba-canção. Acho que até fiquei vermelha, porque ele me olhou e deu risada.

- Rum! Pra que me dar um susto desse? - perguntei fazendo carão e cruzando os braços, para disfarçar.

Ele me olhou de cima a baixo, com uma cara de safado. Afinal, estava no direito também.

- Por que você usa um pijama tão curto assim? - ele pergunta.
- Ata! Já chega de perguntas, agora me diz o que te levou a fazer essa brincadeira de mau gosto comigo? - disse fazendo cara feia.
- Ah, porque eu queria te ver ué! Não pode? - ele disse se sentando na cama.

Fiz uma cara feia para ele, e fui em direção a porta. Tentei abri-lá, mas não dava.

Será que o Ed seria capaz de me trancar no quarto dele?

Me virei, e fiz uma cara feia para ele.

- Vamos! - eu disse mexendo a mão em sinal de receber, e batendo o pé.
- Pra onde? Aqui no meu quarto está ótimo. - ele disse apoiando as duas mãos na cama, e me olhando.

Fui andando até ele, batendo os pés no chão. Parei na frente dele, continuando com o mesmo gesto.

- Você sabe muito bem do que eu estou falando.
- Você quer a chave? Vem pegar! - ele disse para me provocar.

Fui pra cima dele, para tentar pegar aquela chave.

Como ele estava sentando em cima da cama, me joguei em cima dele.

- Faz isso não gatinha, assim eu gamo! - ele disse e levando seu rosto para mais perto do meu.
- ME DÁ AGORA EDWARD! - gritei, enquanto me levantava de cima dele.
- Não sou obrigado! - ele fez pouco caso.

Estava cansada das brincadeiras dele, portanto encostei na parede, cruzei os braços, a espera da boa vontade dele.

- Está brava é? - ele provocou.
- Não estou afim de falar com você!

Ele se levantou, e veio andando na minha direção. Fiquei assustada, já que não sabia as intenções dele.

- O que você quer comigo Edward? - perguntei trêmula.
- Nada... - ele disse com corpo dele colado no meu.

Seu rosto estava bem próximo do meu, eu podia sentir a respiração dele.

- Saí de perto de mim! - empurrei ele para trás.
- Calma! A gatinha tá com medo de que? - ele provoca.

O mesmo volta para a posição em que estava, bem perto de mim. Só que dessa vez ele segurou as minhas duas mãos contra a parede, com tanta força que eu não conseguia nem me mexer.

Novamente o rosto dele estava próximo do meu, podia ouvir até as batidas do coração dele de tão perto que ele estava.

Meu nervosismo me deixava com a respiração pesada também. Precisava sair daquele lugar, antes que acontecesse algo mais grave.

Tive uma ideia, mas minha ideia brilhante tinha que dar certo.

- Ed saí de perto de mim, ou eu vou dizer tudo pra sua namorada! - disse.

Ele riu de mim.

- Eu não tenho namorada!
- Como não? A sua Mãe me disse que...
- Eu terminei hoje! - ele me interrompeu.

Poxa, agora tinha que pensar em outra coisa. Mas minha mente parecia não funcionar naquele momento.

Então, ele voltou a aproximar o rosto dele. De uma coisa eu tinha certeza, eu não podia beija-lo! Ou será que podia?

- Edward... - eu sussurrei no ouvido dele, com uma voz meiga.

Que de fato, deixou ele excitado. Dava pra perceber pelo modo que ele me olhava.

- O que? - por sua vez ele perguntou.
- Eu...

...