Eu Te Odeio!

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- O que você veio fazer aqui? - ele me pergunta.

Que grosso! Eu vim "cumê" ué kkkk.

- Alguém me chamou para jantar. - sorri amigável.
- Minha mãe está na cozinha. - ele diz - Se você me dá licença, eu vou voltar para o meu quarto.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ele saí e me deixa sozinha.

Bom, eu tentei fazer ele me pedir desculpas, mas não deu muito certo.

Caminhei até a cozinha, e a Tia Joyce veio logo me abraçar toda feliz.

- Mady! Nossa, como você está linda! E que saudade! - ela me abraçava.

Gente, eu só passei uns 3 ou 4 dias na Inglaterra, e todo mundo fica com essa frescura.

- Veio jantar com a gente? - ela pergunta enquanto volta a mexer a panela.
- Também, não pude recusar o convite. - sorri.
- Estou muito feliz. Patrick! A Madyson está aqui. - ela grita.

Shiuzinho moça! Ele não está nem aí pra mim.

- Eu sei. - ele grita também.
- Você não vai vir conversar com ela? - ela pergunta.

O Patrick entra na cozinha, nesse exato momento. Com mó cara de cú, não que eu saiba como é a cara de um cú kkk, mas é isso ae.

- Mady! Ganhei um livro de colorir novo, quer pintar comigo? - a Paloma me pergunta.
- Claro.

Ela foi correndo para o quarto, e voltou com o livro e um estojo na mão.
Enquanto a Tia Joyce terminava o jantar, eu e a Paloma pintamos vários desenhos (...)

#Criançona

(...) e o Patrick, só com a cara enfiada no celular, e sabe que eu escutei ele mandando um áudio, falando:

- É, eu fiquei sabendo. Eu que busquei.

Será que ele falava de mim? Ah, foda-se, não ligo mais.

- O jantar está na mesa! - Tia Joyce gritou, enquanto colocava uma forma na mesa, recheada de uma deliciosa lasanha, que só ela sabe fazer.

Gente, sério eu comi muito! Parecia que eu tinha viajado para a África (sem preconceito), e não para a Inglaterra. Tomei uma Coca-Cola bem geladinha.
Aí, "tô" cheia.

- Paloma, escovar os dentes e ir dormir. - ela diz para a menina mais linda daquela casa, depois de mim é claro.
- Mãe, vem comigo! Quero escutar uma história. - a Paloma responde toda saltitante.
- Okay! - Tia Joyce diz - Vou deixar vocês dois sozinhos, devem ter muito que conversar. Boa noite Mady.

Cumprimentei ela com a cabeça, e continuei sentada na cadeira. Sozinha com o Patrick.
E sério, ele estava insuportável.

- Bom, eu vou ir embora.  - falei.

E sabe o que ele respondeu? Nada! Isso mesmo, nada. Nem um "tchau", nem um "não volta mais". Nem olhou para mim.

Saí de lá, peguei o elevador, desci e entrei no meu apê. Amanhã meus pais voltam, vou voltar para a escola semana que vem. E tudo vai ficar bem.

Tomei um banho de meia hora, vesti minha camisola, e dormi.

E como dormi hein?! Minha cama fez muita falta, o cheirinho do meu quarto, e tudo mais.

Acordei no outro dia, 13 horas. Era tarde demais, precisava me trocar e ir para o aeroporto.

Vesti a roupa que está na mídia, e prendi o cabelo em um rabo de cavalo.

Pessoal, não é que eu seja uma piranha de plantão, e só use short pra mostrar o cú. É que aqui, faz muito calor, diferente da Inglaterra. Entenderam?

#MadysonIsSaint

Nossa, até parece Tag de Twitter kkkk.

Enfim, saí do meu apê, e fui direto para o elevador, meu carro estava no subsolo.

Sim, eu tinha um carro lindo. Fui eu que escolhi, modéstia á parte.

- Bom dia! - a síndica do prédio disse ao passar por mim.
- Bom dia, dona Silvana. - respondi e continuei a caminhar.

Ela estava com uma cara péssima, sinceramente, pior do que de costume. O que será que aconteceu? Bom, não vou me meter.

Entrei no elevador, e quem estava lá, Beatriz novamente.

Caraca mano, essa menina me persegue.

Mas ela não estava sozinha, o Patrick estava com ela. E segurava a sua mão, com os dedinhos entrelaçados.

Afinal, o que está acontecendo aqui?

- Vai entrar ou não? - ela pergunta rindo.

Só então percebi que, eu havia passado muito tempo observando os dois na porta do elevador.

- Vou sim! - respondo.
- Subsolo? - ela pergunta, e eu faço que sim com a cabeça.

O elevador começa a descer lentamente, e eu desejo que ele chegue logo ao subsolo.

- Como foi de viagem Madyson? Não tivemos tempo para conversar ontem. - ela diz com aquela cara de pau que só ela tem.

Como é que ela tem coragem de dirigir a palavra à mim, depois do que aconteceu?

Como sou educada respondi.

- Foi ótimo. Deixar toda a tensão californiana aqui, e abraçar um novo ambiente...é sensacional!  - fingi ser amigável.
- Hum...interessante. Quem sabe minha na próxima viagem, eu programe algo lá. - ela sorri e acaricia o rosto do Patrick.

E aquilo me incomodou, e muito.
Um silêncio predominou, e a gente ainda estava no terceiro andar.

- Beijou muito lá? - ela pergunta olhando nos meus olhos.

E aquilo de certa forma, me deu uma revira-volta no estômago. Porque ela queria saber coisas íntimas minhas? Não éramos mais amigas.

- Qual é a sua Beatriz? - pergunto irritada, me segurando para minha mão não decolar e pousar na cara dela.

#FraseDignaDeDuny

Só pra quem assiste Girls In The House.

- Eu apenas estou tentando ser amigável Mady. - ela diz.
- Você ainda não se tocou que eu não quero mais ser sua amiga Beatriz? Me deixa em paz garota, eu não gosto de você! Entenda! - gritei.

Ela começou com os draminhas, forçando lágrimas falsas.

- Eu só queria me desculpar, mas ela é uma pessoa horrível. - ela diz com a cara enfiada no peito do Patrick.
- Você disse que a Inglaterra fez bem pra você, realmente te mudou, mas não foi uma mudança boa. Nem reconheço mais minha amiga. - o Patrick diz para mim acariciando os cabelos da nojenta.
- E eu não conheço meu amigo. Mesmo depois de tudo que essa vagabunda fez pra mim, você tá aí, lambendo o cú dela. - gritei.
- Você lava a sua boca para falar da minha namorada. - ele larga ela de lado, e fica frente á frente comigo.
- Não acredito que você se rebaixou á um nível tão ridículo. - disse entre dentes. - Você é um idiota, e sua namorada, é uma puta profissional.

Quando termino de dizer essas palavras, sinto uma queimação no rosto.

E-ele me bateu? O Patrick me bateu.

Levanto a cabeça, com os olhos marejados, me segurando para não chorar e demonstrar fraqueza na frente dele.

- Eu te odeio! - grito e saio correndo para o meu carro.

Nunca pensei que ele fosse capaz disso, bater na minha cara. Eu sempre gostei do Patrick, sempre fomos amigos. E nada disso, nunca tinha acontecido.

Mas á partir de hoje, minha amizade com o Patrick tinha acabado. Pra sempre.

...

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