Depois De Você

Confissão

Sai do mini-bar transtornada, direto pro meu apê, junto com o Patrick. A Beatriz? Bom, ela tinha sumido de lá, provavelmente, foi atrás do Edward.

Quando entro, vejo que a mãe do Patrick ainda continua lá. Subo pro meu quarto, morrendo de raiva do Ed, entro e após bater a porta, dou um grito de raiva, e me jogo na cama.

- Madyson, muita calma nessa hora. - o Patrick entra no meu quarto e senta do meu lado. - Eu também odeio seu primo. Estamos quites.

Olho pra ele com lágrimas no rosto, e o mesmo me abraça.

- Me desculpa. Eu não sabia que você gostava tanto dele.
- Eu pensei que ele quisesse namorar comigo, mas não, era só por diversão. - falo chorando.
- Você merece coisa melhor que ele.
- Eu pensava isso também, mas depois de conhecer bem o Edward, descobri que não fazia parte da personalidade dele. Ele só queria parecer forte, por suportar a separação dos pais. Não demonstrar fraqueza.
- Se ele é realmente assim, sucesso á ele. Pois não dava nem pra perceber que ele passava por problemas familiares.
- Pois é! - paro por um tempo. - Olha aí, eu aqui xingando tanto o Edward, e agora fiquei com dó. - limpo às lágrimas.
- Você realmente gosta dele. Que mal gosto. - ele me empurra e eu do risada.
- Mas, só volto a falar com ele depois que pedir desculpas.
- É isso aí! - ele me abraça forte.
- PATRICK! - ouço a tia Joyce gritar.
- Você volta pra Inglaterra amanhã né?
- Acho que sim, vou sentir tanta saudade de você. - falo triste.
- Eu também, quem sabe nas férias eu viaje pra lá. - ele sorri.
- Eu amo tanto você. - abraço ele.
- E eu não sei.
- PATRICK! - tia Joyce grita de novo.
- Melhor você ir... - falo.
- Você poderia passar a noite lá em casa, a gente faria umas coisas bem legais antes de ir. - ele sugere.
- Sim! - sorrio.

Pego uma mochila no guarda-roupas, e coloco meu pijama, escova de dentes, uma roupa de sair (vai que a gente sai durante á noite) e meu celular. Fecho a mochila, e desco as escadas ao lado do Patrick.

Ao chegar na sala, vejo a Mah e a tia Joyce, logicamente preparada para ir embora. Quando a Mah me vê com uma mochila nas costas, logo pergunta:

- Onde é que a mocinha vai?
- Eu sugeri que ela passasse á noite na minha casa. A gente ficou bastante tempo sem se ver, brigou, ficou sem se falar. E agora temos muito o que conversar. - o Patrick á responde.
- Ótima ideia filho! - a tia Joyce estampa um sorriso no rosto. - Ela pode dormir no quarto da Paloma, já que ela está na casa da Iris.

Ambos olhamos para o rosto da Mah, afim de que ela desse a resposta final.

- Tudo bem. Mas só porque você precisa se distrair.
- Obrigada. - sorrio pra ela.

Tia Joyce se prepara pra abrir a porta, mas ela é aberta, e por fora. E quem entra? Sim, o FDP do Edward.

#FoiMalMah

O rosto dele estava sangrando, mas o Patrick socou apenas o nariz dele. Porque? Ao ver a cena, a Mah foi correndo até ele preocupada.

- O que aconteceu meu filho? - ela passa a mão no rosto dele, e o mesmo geme de DOR.
- Esse idiota me bateu! - ele fala apontando pro Patrick.

O que? Como assim? O Patrick não tinha feito esse estrago no lindo rosto dele.

- Eu? Mas é claro que não! - o Patrick se defende.
- Agora vai negar? Até quando você vai ficar pagando de santo na frente da mamãe? - o Ed provoca.
- Eu só não vou arcar com as consequências de algo que não fiz. - Patrick.
- Vai se fuder! Fica todo formalzinho na frente da mamãe. - Ed.
- Edward, para! - dessa vez quem grita sou eu.
- Vai defender o amiguinho? Qual foi órfã? - ele chega perto de mim com um bafo de bebida alcoólica.

Eu não acredito que ele me chamou de órfã! Mecheu com uma coisa que é tão recente, porque? Começo a chorar tanto, que nem consegui responder.

- EDWARD! JÁ CHEGA! - a Mah empurra ele pra longe de mim. - Você está bêbado, e não esta sabendo discernir as coisas.

Admiro o jeito calmo que a Mah tem de lidar com as coisas, ao invés de gritar e gritar, piorando a situação.

- Me desculpa por ele Madyson. - ele olha pra mim com uma cara de dar dó.
- Não é você que tem que pedir desculpas Mah. É ele! - aponto pro Ed, ainda chorando.
- Me desculpa! - ele zomba, e eu não me aguento.
- Não desculpo. - falo séria. - Você acha que só porque a gente ficou umas vezes, vai fazer comigo o que bem entender? - a Mah nos olha surpresa. - Acha que pode me tratar feito lixo, todo vez que ficar bêbado? Acha que pode tocar no assunto que mais me fere? Quem você acha que é? Eu sempre tratei você bem, apesar de ficar nervosa, e gritar. Gostar de você é horrível sabia? E não é pelo fato da sua mãe não aceitar um possível "namoro". - faço aspas com os dedos. - E sim porque você não sabe como agir diante de um amor de verdade. Acaba agindo feito um trouxa. E eu sei, que apesar de tudo isso que você fez, e que disse, vai chegar uma hora que vai vir me pedir perdão. E a idiota aqui, vai pedoar. Então, tem como evitar tudo isso, e agir de um jeito legal? - pergunto e ele me olha com uma cara de assustado e não responde nada. - Não né?! - respondo por ele. - Você sempre vai preferir o jeito complicado.

Ao terminar de falar, saio de casa, e não olho pro rosto de ninguém. Nem pro da Mah, nem pro da tia Joyce, nem pro do Patrick e muito menos pro do Edward.

Sei que foi bom poder desabafar tudo, dizer o que eu pensava, e o que eu fiz. Mas provavelmente, haverá consequências. A Mah não vai gostar do fato de eu e o filho dela ter ficado. Pelo menos eu não escondi mais, que alívio.

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