Aceitando A Realidade

45 5 0
                                    

- Mady? Madyson? Acorda. - ouço uma voz familiar sussurando no meu ouvido.

Quando abro os olhos, vejo que não estou mais no hospital, e sim em casa, na minha casa.

E a voz familiar? Era o Ed.

#Perae,Ed?

- Ed? O que você está fazendo aqui? - pergunto me levantando e sentando no sofá.

Sim, eu estava na sala. Poderiam ter me levado para o meu quarto né, era bem mais confortável. Enfim.

- A mãe do tal "Rick", ligou pra mimha mãe. - ele faz aspas com as mãos no nome dele, e eu dou risada.
- Ainda tem ciúmes de mim? - pergunto.
- Sempre! - ele sorri e me dá um selinho.

Na hora, adivinha quem entra na sala? Não, minha madrinha não. O Patrick. E ele me olha com uma cara. Logo em seguida entra a tia Joyce e a Mah.

- Madyson, você acordou! - a Mah vem correndo até mim e me abraça.

Senti que o abraço não era de saudade, ou de preocupação, mas era como se ela dissesse que sentia muito pelo que tinha acontecido.

- Eles se foram. - choro.
- Eu sei meu amor. - ela me abraça. - Mas fique sabendo, que onde quer que estejam, estão felizes por terem cumprido a etapa mais importante que um pai ou mãe pode ter, que é ver seu filho crescer, e se tornar uma pessoa de bom caráter. Ver que todo o esforço que teve, não foi em vão. Que valeu a pena. - ela termina e me solta do abraço. - Eles tinham orgulho de você querida, a filha que todos queriam ter.
- Obrigada Mah, eu te amo!
- O que você precisar pode contar comigo e com o Patrick, Mady. - a tia Joyce fala, mas não vou precisar da ajuda do Patrick tão cedo. - Vamos sempre estar aqui pra você.
- Obrigada tia Joyce. - á abraço.
- Todo mundo está te apoiando e tals, mas eu vou ter que te dar bronca. - o Ed fala. - Se você tentar se matar mais uma vez, eu te mato! - ele brinca e eu dou risada.
- Pode deixar, essa não é a melhor maneira de resolver as coisas. - sorrio.

Não sei como vai ser daqui pra frente, sem meus pais, sem uma família verdadeira. Mas de uma coisa eu sei, nunca mais vou tentar me matar, não importa o que aconteça. Com certeza, essa não é a melhor maneira de se sentir bem.

- Eu não tive oportunidade de agradecer antes, mas valeu gente por ter me levado ao hospital, eu...eu sei que reclamei e tudo mais, mas agora vejo que realmente fizeram o que era certo. - falo me referindo tanto a tia Joyce, como ao Patrick.

Ambos sorriem em forma de agradecimento, e eu retribuo.

Conversamos um pouco, e depois a Mah e a tia Joyce foram pra cozinha preparar algo pra gente comer.

- Então, você é o famoso Rick? - o Ed fala com aquele jeito folgado que só ele tem.
- Famoso não. - o Patrick diz sério.
- A Mady falou muito de você. - o Ed continua.
- Já de você, ela não falou. - o Patrick continua sério.

Bom, pelo visto os dois não vão ser grandes amigos. Ah, não posso fazer nada, vou deixar eles discutirem um pouco, preciso me distrair mesmo.

- Deve ser porque você não é tão amigo dela. - Ed.
- Ou você nem é tão importante assim.

Puts mano, a briga vai começar.

- Edward, vai no mercado comprar uns legumes pra mim fazer uma sopa. - a Mah entra na sala, parando a briga que nem tinha começado.
- Mas eu não sei onde é. Eu moro na Inglaterra, não na Califórnia. - ele reclama.
- O Patrick pode ir com ele, assim os dois passam mais tempo juntos e se conhecem melhor. - tia Joyce sugere.

Puta que pariu, essa não era uma boa ideia. Nem de longe.

Os dois se olham, e depois olham para as mães com cara feia.

- Toma aqui o dinheiro. - ela coloca uma nota de 50 reais na mão dele. - E volta rápido.

O Ed passa pelo Patrick, trombando de propósito nele. Os dois sairam pela porta do meu apartamento, e eu fiquei lá sozinha, imaginando se houvesse uma briga, quem voltaria inteiro.

Levantei do sofá, e subi pro meu quarto. Preciso de um banho.

Entrei no banheiro e tranquei a porta. Tirei a roupa, e entrei na banheira. Fiquei lá um bom tempo, meus dedos estavam mais enrrugados do que os da minha avó. Bom, pelo menos antes dela morrer.

Sai da banheira, me enrrolei na toalha e vesti uma blusa branca da Adidas, um short jeans e calcei um tênis de cano alto branco da Nike (na multimídia).

Ao descer as escadas ouvi um falatório, e umas risadas altas na cozinha. Pelo menos elas são amigas, mas os meninos...acho bem difícil.

Meus pensamentos são interrompidos pelo barulho da porta batendo forte. Olho para a mesma, e quem é? Patrick, entra todo nervosinho.

- Que namorado você foi arrumar hein Madyson, moleque insuportável! - ele para na minha frente.
- Olha só quem fala, namora a vagabunda. - revido.
- Eu nem estou namorando a Beatriz, ela só queria fazer uma brincadeira com você.
- Como assim é uma brincadeira Patrick? - falo ficando bem pertinho dele.

...

Depois De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora