Começo a prestar atenção no programa que passava na televisão, de vez em quando, desviando o olhar pro Edward, que continuava da mesma maneira.
- Oi galera! - a Mah diz enquanto entrava.
- Oi. - falo sem ânimo, e o Edward continua do mesmo jeito.Ela olha pra mim, e faz sinal com a cabeça, me chamando na cozinha. Eu discretamente, sai sem que o Edward percebece. O transe dele ajudou um pouco.
- O que tá acontecendo com o meu filho? - ela me pergunta.
- Eu não faço ideia. Quando eu vi, ele estava lá, sentado olhando pro nada. - respondo, e ela começa a chorar do nada. - Ei, o que aconteceu? - pergunto abraçando ela.
- O Edward, não é meu filho de verdade! - ela confessa.
- O que?A Mah começa a me contar tudo o que aconteceu detalhadamente, desde a adoção até hoje.
Ela disse que havia adotado o Edward, quando ele tinha 10 dias de vida. E que o nome dele tinha vindo bordado em um paninho, ao ser entregue no orfanato. E que manteve o nome, por razão emocional. Fazia ela se lembrar do dia que quase adotou outra criança.
Durante 5 anos, eles viveram vulgo família de filmes. Até a separação dela e do tio Nicholas. A Mah quase entrou em depressão quando ela se divorciou, o que ajudou, foi o Edward. Cuidar dele, á distraiu.
E quando ela contou pro Ed a verdade, ele não soube lidar com a confissão. Por isso, que ele estava tão estranho hoje. Não mexeu comigo, não falou nada.
Sinceramente, agora me bateu uma dó dele. Não bastava a separação dos "pais" dele, e agora isso. Deve ser horrível descobrir que é adotado, assim como foi descobrir que meus pais...morreram.
Sabe, me lembrei de uma coisa que o Edward me chamou ontem. Órfã. Foi a palavra que ele usou. E agora, ele descobre que é órfão também.
Isso dói tanto. Pelo menos eu tive a oportunidade de passar muito tempo com meus pais, viver e crescer com eles. Imagina ele, que nunca vai conhecer quem o pôs no mundo. Quem o abandonou.
Eu tenho que conversar com ele, preciso.
- É...a passagem de vocês é pra hoje às 23:00 horas. - a Mah muda de assunto.
- E a sua? - pergunto.
- Eu vou ficar aqui, até resolver os papéis da sua guarda. Pode levar o que você quiser daqui. É só empacotar. O restante, móveis e o apartamento, conversei com a síndica pra deixar reservado. Sempre que você quiser vir pra cá, vai ter o apartamento. A Joyce prometeu cuidar dele.
- Eu preciso ir. - falo e saio da cozinha.Passo pela sala, com a intenção de subir pro meu quarto. E o Ed continuava daquele mesmo jeito, me deu um aperto no coração ao vê-lo daquela forma.
Chego por trás dele, e lhe dou um abraço tão forte, mas com vontade. E começo a chorar, e isso faz ele chorar também.
- Me desculpa por te chamar de órfã. - ele diz. - Pelo menos você viveu com seus pais, e não foi abandonada como um saco de lixo.
- Não fala assim! - o repreendo. - Eles não sabem o que perderam ao abandonar você. - dou um beijo na bochecha dele. - E veja pelo lado bom, você me conheçeu. - sorrio.
- Só você pra me fazer rir. - ele me dá um selinho sem medo da mãe ver. - Mais uma vez, me desculpa.
- Que isso! Como eu disse, sou a trouxa que sempre te perdoa. - dou um sorriso. - A gente vai ter que conversar sobre isso, mas não agora. Vem, me ajuda a fazer as malas. A gente viaja hoje á noite.
- Mas já?Subo com o Ed para o meu quarto, a fim de começar a arrumar minhas coisas. Guardo tudo o que desejo levar em malas, mochilas e caixas. No final, acabei empacotando muita coisa.
De tudo que eu havia pegado, faltava algo que me fizesse lembrar dos meus pais. Sei que encontraria o conjunto de tacos de golf do meu pai, e os brincos preferidos da minha mãe, no quarto deles. Mas o problema era que, eu não estava preparada psicologicamente para entrar no quarto deles.
- Faz um favor pra mim? - falo quando o Ed sobe as escadas, depois de ter levado a última caixa.
- Outro? Sem problema. - ele sorri.Gosto de ver ele assim, talvez ele esteja escondendo os sentimentos de novo. Mas o sorriso era sincero.
- Eu ainda não estou pronta pra entrar no quarto dos meus pais. Queria levar uma coisa de cada, que me fizesse lembrar deles. - nem termino de falar e ele já me interrompeu.
- E você quer que eu vá buscar pra você...tudo bem. - ele sorri de lado. - O que seria?
- Um conjunto de tacos de golf e uns brincos. Os tacos estão no closet, está fácil de encontrar. Já os brincos, na primeira gaveta da penteadeira. - ele se prepara para entrar e eu o seguro. - Hey, obrigada! - sorrio.O Edward entra, e em questão de segundos ele saí com tudo o que eu havia pedido. Olhar para aqueles objetos, me fazia tão bem. Troco de roupa vestindo o que está na multimídia.
Com as malas prontas, nós dois descemos pro andar de baixo. Peguei as passagens com a Mah e me despedi dela, já que o Ed não queria nenhum tipo de contato com a mãe adotiva.
Como o Patrick tinha combinado de nos levar até o aeroporto, fui até a casa dele. Levamos tudo pro carro, e saímos. Eu me sentei no banco da frente, e o Ed atrás.
No aeroporto me despedi do Patrick, daqueles jeito de filmes românticos. DE AMIZADE, OKAY? Ele é o Ed deram um tchauzinho de longe, e enfim nós dois embarcamos.
Sentamos perto no avião, e com o cansaço do dia, acabei dormindo a viagem inteira. Quando acordei, já estava na Inglaterra.
Bom, Inglaterra...voltei!
...
Hy guys!
Primeiramente quero dizer que eu quase chorei escrevendo esse, e os dois capítulos anteriores. Mexer com família é foda, principalmente em relação aos sentimentos, e o fato do Edward se fechar, me deixou mais mal ainda.
Enfim, eu não vim falar sobre isso. Era mais pra pedir perdão pelo capítulo tão longo, e pela falta de diálogo. Se eu adicionasse diálogos, iria ter que dividir o capítulo em dois, ou escrever outro. E essa parte queria terminar logo. Afinal, temos muito pela frente ainda.
Comentem o que acharam e votem ⭐.
Kisses and Hugs 😘!
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Depois De Você
TeenfikceMadyson é uma garota como qualquer outra. Na sua nova escola, ela conhece muitos meninos, por quem vira amiga. Mas também cria uma inimiga mortal! O que acontece quando se apaixona por mais de um garoto? Escolhe um...fica com todos...ou os dispen...