Minha Vida Não Faz Mais Sentido

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** Sugiro que escutem essa música maravilinda da Demi, enquanto leem esse capítulo. Minha inspiração veio enquanto escrevia esse capítulo, e escutava essa música. Combinação perfeita.**

Peguei meu carro, e segui até o aeroporto, nervosa e chorando.

Não tive nem coragem de olhar para trás, e ver a reação dele. O que o Patrick fez é imperdoável. Nem minha Mãe bate na minha cara, por que ele acha que tem esse privilégio?

Cheguei no aeroporto, e me sentei em um banco vazio, para esperar meus pais.

Apesar de estar super chateada com o Patrick, me vi obrigada a esquecer o que aconteceu. E focar na volta das pessoas mais maravilhosas do mundo. 

Horas e horas se passaram desde que eu cheguei ao aeroporto, e nada do voo deles chegar. O que estava me deixando preocupada.

Me dirigi até o balcão de atendimento, onde estava sentada uma mulher ruiva, muito linda. Ela falava ao telefone, com uma expressão assustadora.

- Com licença! - falei.

Ela fez um sinal para que eu esperasse, com a mão livre. E assim que desligou o telefone, se voltou à mim.

- Sim. - ela diz tentando sorrir.
- Eu estou aqui faz um tempo, esperando o voo de Manhattan chegar, mas está demorando muito. - digo e observo ela fazer uma cara de afeição. - O que aconteceu? - pergunto preocupada.
- Você tinha algum familiar naquele voo? - ela pergunta como se a resposta fosse óbvia.
- Meus pais moça. Aconteceu alguma coisa? - pergunto novamente desesperada.
- Sinto muito em dizer, mas... - meus olhos começaram a marejar, mesmo ela não terminando de falar. - O avião que vinha de Manhattan, passou por uma turbulência, e saiu muito danificado. E sem condições para prosseguir viagem, ele caiu em alto mar.
- Não pode ser. - comecei a chorar.
- Eu sinto muito.

Saí correndo para o meu carro chorando, não pode ser. Meus pais não podem ter morrido, eu não posso ser órfã.

Não tinha para onde ir, meus familiares não moravam por aqui, e eu não tinha amigos.

Eu precisava muito de alguém, só pensei na Tia Joyce.

Dirigi até o apê, e subi direto para o bloco dela. Dei toques seguidos na porta, com a mão livre, a que eu não estava usando para secar às lágrimas.

- Olá Mady! - a tia Joyce diz.
- Meus pais...se foram! Morreram!- chorei mais, ela me abraçou.

Não consegui dizer mais nada, apenas chorei, tirei todo aquele peso de dentro de mim.

Chegou um momento que não havia mais lágrimas nenhuma, só soluços e caminhos de lágrimas secas em meu rosto.

Tia Joyce me conduziu até o sofá, e se sentou ao meu lado. Fiquei de cabeça baixa, e em silêncio.

- Sinto muito Mady! - ela diz, e eu volto a chorar.

Sei que ela não queria me ver assim, nem propagar àquilo. Mas palavras doem, muito.

- O que ela está fazendo aqui? - o Patrick entra gritando.
- Patrick! - Tia Joyce o repreende. - A Madyson acabou de perder os pais!

Ele me olha com uma cara de dó, e eu nem lhe dou a chance de dizer algo e saio correndo para o meu apartamento.

Tranco a porta de entrada, e subo correndo para o meu quarto. Me jogo na cama, e faço a única coisa que posso, chorar.

Eu não quero mais viver, sem eles não faz sentido. Quero morrer! Eu quero morrer!

...

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