Lightsaber - Long Imagine

O inesperado - Parte 2

O estranho fez sinal para que eu ficasse quieta.E eu tenho cara de que obedeço as pessoas?Retirei o soco inglês do bolso, desferindo um ataque contra a boca de se estômago, e com a instabilidade, o Lightsaber apagou-se, e tive a chance de jogá-lo contra o chão, mas o desconhecido parecia ainda mais atencioso agora que percebeu que eu estava armada.

E nos poucos feixes de luz que invadiam meu quarto, conseui ver a aparência do invasor.Ele possuía uma pele levemente morena, seu cabelo era escarlate, seus olhos eram semi-negros e quase indecifráveis.O moreno soava muito, parecia até mesmo que essa não fora a primeira atividade da noite que tivera.

Eu ia avançar quando um som veio do andar debaixo e encarei mortalmente o estranho, mas parecia que independente do que eu fizesse para ele, meus pensamentos seriam recocheteados para mim mesma.Ele avançou silenciosamente e fui para o lado, desviando de um dos ataques, Sabre de Luz eram realmente perigosos, pois eram capazes de cortar qualquer coisa com facilidade, e em sua grande maioria só poderiam ser repelidos por outro sabre de luz...Mas não...Eu não tocaria em outro sabre de luz hoje...Já era demais para mim.

Minha visão estava turva, e quase não ouvia nada, apenas estava concentrada naquela luz que atravessava de um lado para o outro numa velocidade incrível, conseguia ver o seu rastro pelo ar.

Topei com alguma coisa nas minhas costas e senti algo roliço sobre a mesa e foi a primeira coisa que peguei.O estranho estava prestes a descer o golpe final quando levantei o braço e o sabre de luz vermelho colidiu-se com o cabo do sabre de luz em minhas mãos.Sim...eu poderia ter queimado, enterrado, jogado ao mar mas ele ainda estava aqui, resistente a lava, e um objeto essencial para minhas lembranças com meu pai.

O sabre de luz vermelho parecia enfraquecer, a luz se apagava aos poucos e logo sumiu com um ruído de interrupção de eletrecidade.E o estraho caiu no chão.Estava ainda muito apreensiva e estática, adrenalina ainda circulava pelas minhas veias.Não sabia se me agachava e o ajudava ou descia para saber o que é que acontecia lá embaixo.

-Oppa, por que você ajuda as pessoas que te batem? Elas não merecem...-Perguntei à Baekhyun, emburrada e inconformada.

-Sabe, Channie.Ninguém, ninguém merece ser rebaixado, ou morto por outra pessoa...Isso não cabe a nós decidir.Mas a capacidade de salvar ou ajudar outra pessoa, é uma capacidade que vai muito além...

-Aish!-sussurrei baixinho para mim mesma, e agachei lentamente, ainda conseguia ouvir a pesada respiração do invasor, o que foi um grande alívio para mim.Peguei um de sues braços e coloquei sobre meu ombro e carreguei/arrastei -o para minha cama.E após muito esforço consegui colocado sobre ela. (Ah! E coloca esforço nisso)Retirei lentamente os trapos de sua roupa e pude ver como ele estava intensamente machucado, vários cortes e hematomas se espalhavam pelo seu corpo me causando arrepios.E tratei de cada um deles, indo de cortes profundos até os mais leves arranhões...Mas não foram os arranhões que me assustava...Eram os longas e impeduosas cicatrizes que atravessavam seu corpo de um lado ao outro sobre fortes tatuagens que formavam um tribal estranhamente familiar.Mas isso não importava, precisava tratá-lo.Sua mão parecia inquieta, e sem pensar duas vezes entreguei-lhe o seu sabre de luz, sua expressão não parecia se suavizar.A situação estava desesperadora, será que ainda está com febre? Quando minha mão passou pela sua testa e bochecha, as mãos dele seguraram em minha mão.E me senti respirar forçadamente de surpresa, mas a expressão do mesmo se suavizara, o que foi um grande alívio.Mas ao mesmo tempo um grande motivo de desespero, o que é que vou fazer?!

Tentei de tudo, para tirar minha mão da sua, cheguei até em pensar em acordá-lo.Mas nada adiantava, o jeito era ficar assim até que acordasse.

-Se...hyu...- Sussurrava coisas aleatórias que chegavam a dar calafrios, tenho mesmo que ficar do lado de um estranho por uma noite inteira?!Apenas com o pensamento, estremeci.Mas sentia-me muito cansada, não aguentaria por muito tempo.Mas nesses últimos segundos ou milésimos, a ternura de seus dedos envolva de minha mão, me trazia segurança.

-Durma bem...- Sussurrei.

Não sabia quando aconteceu, mas sabia apenas que...desmaiei de cansaço.