The winds

Capitulo VI

Dean. Ele virou meu novo protetor. Fico olhando para ele implorando por ajuda.
-Deixa ela em paz, cara! -Dean reverbera e sai do carro indo em direção a Alex.
   -Ou vai fazer o que? Virou o novo namorado dela? Rosie .. -Ele diz se virando para mim. -Você é uma vadia, já arrumou outro? Sua mãe vai ficar bem chateada quando saber com quem você anda trepando.
    -Não estou trepando com ..
    -Cala a boca, seu babaca. -Dean me interrompe indo para cima de Alex e dando um soco em sua mandíbula recém machucada pelo mesmo "agressor".
Dentre todas as coisas sensatas que eu poderia fazer, eu decidi por alguma coisa bem idiota. Tentei separar a briga dos dois, causada por mim.
-Parem com isso. -Digo me colocando entre os dois. Alex me da um soco, e eu não consigo identificar que garoto é esse parado na minha frente, ele nunca machucaria nenhuma garotas, mas pelo visto, pela décima dez no dk estou enganada, ele já me deu um tapa e um soco mas eu prefiro  acreditar que ele me confundiu com Dean.
-Seu escroto, olha o que você fez!!! -Dean da mais alguns socos nele e me bota para dentro do carro.
-Você está bem? Esta doendo? Da próxima juro que vou matar seu namorado. -Dean diz enquanto lágrimas rolam pelo meu rosto.
-Vou ficar, só me leva para bem longe daqui, por favor.
Ele acente e se concentra na estrada.

Quando acordo estou em um quarto diferente. Sei que não é meu quarto porque aonde estou é bem maior. Está tudo escuro, presumindo que ainda seja de noite. Começo a escutar um barulho alto vindo de baixo. Espera de baixo? Aonde eu estou afinal? Levanto da cama e abro a porta e desço as escadas. Quando vejo a sala lotada de pessoas dançando e cambaleando com copos de bebidas nas mãos me dou conta de que estou na república, o lugar das festas que Lily comenta. Vou atrás de Lily ou de Dean. Pergunto a um estranho qualquer se ele sabe aonde estão, então ele responde:
-Dean está lá fora, e Lily deve estar com alguma cara em algum quarto lá de cima. -Eu só tinha Dean para quem recorrer. Fico alguns minutos tentando encontrar a saída mas finalmente encontro, saio e vejo ele beijando uma garota e me parece que eles estão tão ofegantes que fariam qualquer coisa na frente de todo mundo. Sinto vontade de vomitar, acho que por causa de tantas coisas que eu vi e pela música alta na casa. Vejo que minha boca está com um esparadrapo. Saio da república e tento me localizar. Sem nenhum êxito. Não sei aonde fica a república e nem a distância da mesma até meu dormitório. Estou perdida. Ótimo.
   -Ei você ai. Quem é você? -As palavras estão bem arrastadas, essa pessoa com certeza deve estar bêbada.
    -Sou Rosie. É muito longe o dormitório daqui? -Pergunto a um estranho.
    -Oi Rosie. Você é bem bonita. Não quer entrar?
-Não obrigada. -Recuso com delicadeza.
   -Tudo bem gata, você que sabe.
    Decido que é melhor eu subir as escadas e voltar ao quarto de Dean. Quando abro a porta me arrependo no mesmo instante. Ele está deitando na cama com a garota, e eles estão se beijando com muita tesão. Me sinto envergonhada e fecho a porta com o mínimo de barulho que eu consigo. Tento encontrar um quarto vazio para dormir, e o encontro após várias tentativas frustadas. Parece que as pessoas gostam de fazer amor toda hora.
    Encontro um quarto escuro e bem pequeno com uma cama encostada à parede e um guarda roupa em outra. Me deito na cama e durmo, sentindo dor na minha boca onde levei um soco de Alex. Que noite.

   Ja na manha de domingo eu decido tentar encontrar Lily. Mas minhas pernas me levam ao quarto de Dean. Bato na porta e ninguém a abre. Então vejo que ela está destrancada e a abro sozinha. Levo um susto com vejo Dean de pé em frente à porta. Ele está só de bermuda mostrando suas belezas naturais.
   -Dean, você pode me levar de carro? 
   -Eu ia te procurar. Pensei que você tivesse ido embora. -Ele responde meio confuso.
   -Acho que você estava tão ocupado ontem que nem se deu conta que eu não estava mais na sua cama. -Respondo meio grossa.
    -Não é da sua conta. Vamos logo. -Ele diz fechando a porta atrás de nós e descendo as escadas. Tento seguir ele mas parece que ele está andando muito mais rápido do que eu consigo então tenho que correr atrás dele.
   Quando estamos em seu carro, após um longo silêncio, eu tento puxar assunto.
   -Dean, obrigada por ter me ajudado ontem.
   -Já que vou ser sempre seu protetor, precisa agendar os horários para eu poder ver na minha agenda se estarei disponível. -Ele diz em um tom brincalhão, deixando as mostras suas covinhas. Eu dou uma risada e permanecemos em silêncio de novo até chegarmos ao dormitório.
     -Mais uma vez obrigada, você me ajudou muito.
    -Tchau. -Ele diz em um tom ríspido.
    Fico esperando ele sair da minha vista e subo para o meu quarto. Decido tomar um banho de jato quente e colocar um cardigã confortável e shorts. Planejo minha semana e espero que Thomas possa me ajudar a arrumar um emprego, porque depois desse fim de semana vi o quanto necessito de um carro. Estudo um pouco as matérias da semana para o caso de ocorrer algum teste surpresa e durmo em cima dos meus livros mesmo.

    "Mãe? Cadê papai? Você não disse que ia voltar logo?" -minha versão pequena pergunta a mulher sentada na cama olhando para aquela fotografia de nossa família.
    " Ele não voltará. Ele não tem responsabilidades para ter uma criança. Ele se foi, para sempre. Ele é do mau, minha querida. Você tem que manter a distância dele." -Mamãe diz em um tom ríspido, com amargura na voz e olhos marejados, indicando que ela chorou a noite toda. Eu dou um abraço nela bem forte tentando afastar todos os maus dela. Ouço a porta do quarto abrindo e um homem com a barba desfeita e olhos vermelhos por causa da bebida, entrando no quarto com uma arma em suas mãos e dando dois tiros em mim.

    Acordo molhada de suor. Estou desesperada e ofegante. Ligo o abajur que fica na minha cama a direita. Ligo para minha mãe.
   -Rosy, está tudo bem? Porque esta me ligando tão tarde? -Minha mãe pergunta com uma voz bem preocupada, e me arrependo de tê-la acordada tao tarde por um pesadelo idiota.
   -Desculpa mãe. Só estou com saudades. Tenha uma boa noite. Eu te amo.
  -Rosy, o que acontece....-E não deixo minha mãe terminar a pergunta por desligo o telefone na cara dela. Estou enlouquecendo na minha primeira semana na Princeton. Imagina daqui a alguns meses? Tento recuperar meu sono.
Chego no campus bem mais cedo do que o esperado. Talvez porque eu estou com medo de ter meus pesadelos de novo. Encontro Thomas na loja onde tomamos café da manhã e conto tudo o que aconteceu nesse fim de semana.
-Calma. Deixa eu processar. O Alex que você contava sobre tentou fazer isso com você? E mais, Dean Holder te defendeu??? Olha estou surpreso. Como está o corte na sua boca? Esta doendo? -Adoro ver como Thomas está se preocupando comigo. Me sinto especial, porque acredito que finalmente posso acreditar em alguém.
   -Estou bem. Vou ficar, pelo menos. Só sei que nunca mais quero ver ele na minha vida. Alex é uma página virada para mim. Não quero nunca mais saber de. Mas enfim, vamos esquecer isso, por favor. Que tal almoçarmos juntos hoje???
  -Tudo bem. Vamos sim. Te vejo depois da aula de geografia mundial. -Ele diz se despedindo de mim.
   Estou indo para a minha primeira aula quando vejo Dean, decido puxar assunto com ele.
   -Dean, oi tudo bem? -Pergunto meio receosa.
   -Tudo. -Ele responde bem seco.
   - Então estive aqui pensando, quer almoçar comigo e com Thomas? -Ele dá risada.
    -Olha só Rosie. Não é só porque eu te salvei sei lá quantas vezes, que significa que viramos amigos. Essa "aproximação" que tivemos foi um erro.
   -Mas Dean, pensei que você fosse um amigo.
   -Ai que está, Rosie. Você pensou errado. Agora por favor, me dá licença, que preciso me formar. -Ele diz se distanciando mais ainda de mim, e indo em direção à sala dele.
    Fico parada olhando para a porta a qual Dean acabou de entrar. Nossa. Como ele foi rude comigo. Não achava que seríamos amigos, mas não éramos desconhecidos. Achei um gesto amigável quando ele me botou para dormir no quarto dele. Mas agora pensando melhor, ele leva mulheres desconhecidas para dormir com elas então talvez Dean esteja certo e eu seja ingênua demais acreditando que ele poderia ser meu amigo. Paro de me corroer por dentro e entro na minha sala onde terei minha aula.