Noite chuvosa, 22 de Novembro de 1977, no hospital Madelain em Birmingham, Inglaterra. Cerca de 00h22 e Iva está sofrendo fortes contrações em seu parto. Seu marido, Aureli, tenta amenizar sua dor dizendo estar ali para o que precisar. Ela quase esmaga a sua mão, grita alto e forte enquanto seu rosto vermelho demonstra nitidamente seu desgaste. Seu marido tenta a descontrair dizendo que a dor é psicológica, mas ela o xinga de todas as maneiras possíveis, demonstrando não gostar da brincadeira. Os médicos estão empenhados em seu parto, que parece ter se tornado muito difícil. Iva diz que nunca mais irá cogitar ter outra criança, realmente a dor era horrível para ela. Por uns instantes, critica os médicos dizendo que eles não sabem o que estão fazendo e que seu parto esta sendo um inferno.
Mathew, o médico da ocasião, não compreende o porquê de tanta complicação, é como se a criança não quisesse sair, "Deve ser uma garotona bem grande" comenta ele com a mãe, que parece quase não aguentar mais. Ele pede para sua assistente dar à Iva uma dose de raquianestesia, um anestésico para dores mais intensas. Ela parece relaxar um pouco, mas sua expressão ainda continua demonstrando muito cansaço.
O Médico pede para que Aureli pegue os exames de raio-x da criança dentro de um envelope no quarto ao lado, ele vai correndo ate lá, por sorte o envelope estava em cima da mesa logo perto da porta, fácil de se ver.
Ao voltar para o quarto anterior, ele derruba o envelope fazendo com que as imagens se espalhem pelo chão, mesmo não sendo médico ou neurologista, compreendia um pouco sobre o assunto, já que estudou muito isso em psiquiatria e percebeu que as imagens de tecidos biológicos a partir da difusão da água entre as células mostravam uma redução da integridade estrutural das fibras de substância branca, que ligam o córtex pré-frontal ventromedial e a amígdala, e as imagens feitas com ressonância magnética funcional, por sua vez, mostraram menos atividade coordenada entre os dois.
Observou também que os circuitos do cérebro eram diferentes dos de uma pessoa normal. Aureli achou aquilo confuso, mas como não era um especialista, supôs que estava apenas cogitando coisas. Volta para o quarto e entrega os exames para o médico.
Mathew acaba por nem olhar o raio-x da criança, acreditando que estava perto de conseguir fazê-la sair. Sua enfermeira e mais outro médico, que acabara de chegar, começam a puxar a criança que era pequena apesar do grande sofrimento que causou a sua mãe no parto.
Eram 03h55 quando Jane nasceu. Uma linda menininha de cabelos negros e que chamou a atenção por não ter chorado, nem quando a enfermeira lhe deu uma palmadinha. Iva a olhava com muito carinho enquanto Aureli foi logo a segurando no colo. Esperava há muito tempo para conhecer sua menininha.
- Tão pequena! Ela é tão linda!
O casal estava muito feliz, Iva se desculpa pelos xingamentos e gritos de raiva e dor que dera até poucos minutos atrás. O esforço foi grande e gratificante, disse Mathew para os dois. Agora era só esperar a pequena menina se recuperar na incubadora e dentro de dois dias poderia ir para casa.
Ao ver falar com seu marido Iva comenta que por um breve momento paralisou e não escutou mais nada, ela só conseguia olhar para a luz que estava acima de sua cabeça e sentir seu corpo congelando, e depois foi se retraindo e seus dedos pareciam querer dobrar para trás, Aureli comenta que devia ser alguma contração mais forte ou espasmo, nada de mais afinal ela estava dando a luz a um bebe pela primeira vez.
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O DIÁRIO DE JANE
HorrorJane é uma linda menina de olhos castanhos e longos cabelos negros, como o que ela esconde por dentro. Como qualquer pessoa, ela também quer descobrir o amor, mas o tempo passa e ela se vê sendo diferente das outras meninas e pessoas que conhece. Po...