Futura médica

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Terça feira, a carta de Jane chega a sua avó:

"Ola vó, eu mandei um trecho do livro que escrevi, é sobre um casal que mora em uma casa no meio de uma floresta em uma cidade chamada Faryflower, eles tem cinco filhas, Nara, Anara, Amara, Sarah e T'sarah e no meio do livro existe mais um irmão perdido chamado Safir. O pai delas se chama Gouver e perde a cabeça após a mulher abandoná-lo e acaba matando suas filhas.

"...em seguida sentou na varanda e começou a delirar:

- Eu sou o artesão poeta mais sombrio que te dá calafrio, ouviu o meu assobio? a minha família sumiu, mutilação de corpos não me deixou pasmo, acho que encarei tudo isso com um senso de sarcasmo.

Depois entrou na casa e se trancou em um quarto subterrâneo dentro dela."

Cecília fica abismada com o que lê, mas também não esperava algo muito diferente vindo de sua neta, era estranho aquilo que escrevera, ficara imaginando as coisas que se passavam na mente dela para escrever algo como aquilo.a sensação de que sua neta era realmente diferente de qualquer outra menina que conhecera era cada vez maior.

A carta da universidade que Jane se inscrevera tinha acabado de chegar, seus pais estavam ansiosos para saber se a filha deles foi aceita, ela também ansiava por ser aceita pois assim poderia viver sozinha em outra cidade e isso seria 'maravilhoso' para ela. Poder ter sua privacidade e liberdade para fazer o que quisesse. Eles se reuniram em volta da mesa do almoço e resolveram juntos abrir a carta, Iva quase destruirá a carta de tanta ansiedade, ao abrir o envelope Iva leu o que estava escrito:

" Cara Srta Jane, através da observação e analise feita em cima de suas notas e desempenho escolar, pudemos constar que sua presença em nosso quadro de alunos da universidade Valentine será considerada aceita. Desde já agradecemos sua preferência por nossa faculdade e ficamos no aguardo de sua presença e documentos de matricula.

Att: Valentine University."

Uns segundos de silencio se fizeram ate Aureli dar o primeiro berro de felicidade, os pais de Jane se abraçaram e abraçaram a filha logo em seguida, clima de felicidade Aureli telefonou para sua mãe dizendo que Jane foi aceita ate Karli ficou feliz com a conquista.

Jane estava muito contente e já fazia planos para seu futuro acadêmico, a algum tempo já estava pesquisando casas perto da universidade, tinha visto uma de cor roxa e aparência antiga parecia perfeita para ela, seu pai havia perguntado o porque de não querer se juntar as outras meninas em uma fraternidade e com já era de se esperar Jane justificou que é mais reservada e que não conseguiria levar os estudos a serio em uma casa cheia de adolescentes querendo diversão, na mesma hora Aureli concordou com ela, passou-se imagens em sua cabeça de garotos se insinuando para sua filha e isso ele não achava tão legal.

Iva já havia separado vários e vários livros e coisas da sua época de caloura de medicina e queria entregar para sua filha, talvez algo a ajudasse em seus estudos, o problemas é que eram duas caixas enormes e Jane não teria onde colocar tudo aquilo por causa do espaço que pensava ser pouco. Aureli por uns instantes demonstrou uma feição de alegria com tristeza ao mesmo tempo, tinha caído a ficha de que sua filha iria estar longe deles e que faria falta, passou lembranças de quando ela era pequena e as traquinagens fora do normal que fazia como amarrar cadarços no rabo de dois gatos na vizinhança e depois assusta-los para velos um puxando o outro. Por varias vezes os vizinhos lhe chamaram a atenção. E agora sua filha já estava crescida e com dezessete anos indo para uma universidade, era uma nova etapa na vida dela e na deles também.

Era quarta feira e na sexta Jane já teria que estar partindo para uma nova cidade, Todmorden na Inglaterra, seus pais estavam lhe ajudando a empacotar suas coisas que não eram muitas, apesar de ser uma menina Jane não tinha muitas roupas, sapatos e apetrechos como as outras meninas de sua idade.

O DIÁRIO DE JANEOnde histórias criam vida. Descubra agora