Já se passara uma semana desde o desaparecimento do professor Yovan. A polícia local está em uma busca incessante atrás dele, não descartando também a possibilidade de que possa ter voltado para sua cidade natal. Mesmo assim, as buscas ainda continuam. Iva fica alarmada ao ver essas noticias no jornal e ainda mais no decorrer dos dias onde nenhuma pista se quer de seu paradeiro é encontrada.
- Que absurdo! Como ele poderia sumir assim e ninguém sabe de nada? Isso não é possível! – Iva se mostra indignada perante a situação à Aureli, que tenta acalmá-la.
- Fique calma, amor! Logo a polícia descobrirá algo é só questão de tempo.
- Eu espero que sim.
Jane ao ouvir a conversa dos pais, diz à Iva:
- Nossa mãe, você esta muito preocupada mesmo.
- Sim, Jane! Se trata de uma pessoa que sumiu do nada.
- É né, uma tragédia... Onde será que ele deve estar?
A situação na pequena cidade é alarmante. Nunca acontecera algo desse tipo em Merseyside, fazendo com que as pessoas ficassem muito preocupadas, afinal, sempre foi tão seguro morar lá, uma pessoa não poderia sumir sem que ninguém soubesse de algo. Com um casaco nas mãos, Aureli diz estar saindo para buscar sua mãe na rodoviária, ela havia dito que gostaria de passar um tempo com eles. Iva pede para que no caminho passasse no posto policial para obter notícias do desaparecimento.
Jane, na cozinha junto de Karli, observa que a empregada está preparando um belo almoço com verduras, massas e carne, e fica analisando atentamente como ela corta a carne, não parece ser difícil, mas precisa ter jeito pelo o que se vê, teria de ter uma faca bem afiada, daquelas de filmes de terror onde o assassino crava em suas vitimas fazendo-as em pedacinhos, lhe parecendo muito familiar algumas partes. Sua mãe deita no sofá, se perguntando onde seu primeiro amor poderia estar, o homem que conhecera na infância e que amou tanto e agora desaparece como alguém sendo abduzido por uma nave alienígena sem deixar rastros.
Quase na hora do almoço naquele sábado chuvoso, Aureli chega finalmente com sua querida mãe Cecilia, uma senhora de cabelos brancos, baixinha e com uma expressão meiga no maior estilo "Um doce de Vovó" e mal esperava para ver sua neta, pois fazia três anos que não a via. A primeira a recebê-la foi sua nora, que lhe deu um forte abraço dizendo estar com saudade, principalmente dos bolinhos que só ela sabia fazer e que Karli não escutasse isso. Logo em seguida, foi Karli que veio saudá-la. A única que pareceu não ter percebido a chegada de Cecilia foi Jane, que estava na cozinha ainda. Aureli pegou as malas de sua mãe levou para o quarto embaixo das escadas. Era um bom lugar, era grande e com duas janelas, deixando o ambiente bem claro como ela gostava.
Cecilia sente a falta de Jane e pergunta:
- Cadê a minha neta? Onde esta Jane?
- Oi vó como à senhora está? – Jane aparece atrás da porta, como se já estivesse ali.
- Ai está você! Como cresceu! Nem parece mais aquela garotinha que até pouco tempo atrás eu gritava para que não sufocasse meu gato com o travesseiro.
- Sim eu cresci, e pode ter certeza que não faço mais isso com gatos.
- Que linda menina você se tornou!
- Eu mudei um pouco, sempre mudamos, não é?
- Venha cá, me dê um abraço.
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O DIÁRIO DE JANE
KorkuJane é uma linda menina de olhos castanhos e longos cabelos negros, como o que ela esconde por dentro. Como qualquer pessoa, ela também quer descobrir o amor, mas o tempo passa e ela se vê sendo diferente das outras meninas e pessoas que conhece. Po...