SANGUE DOURADO
Nesse lugar novo e tão longínquo
o sangue vale ouro que verte dourado..
É valioso como qualquer bem,
vale 80,50, o pouco que ajuda,
tudo o que se tem.Isso dentro do bolso.
O coração vaga vazio de preocupações
e escrever está longe em ser esforço.Quando não há prédios para te prender,
e o céu é tão azul que os fios são meros riscos,
a pintura de um verde ante as breves
perturbações do progresso pode ser vista a esperança
de um novo florescer.Não são necessárias janelas para observar de dentro,
o que está fora atrai mais os olhos.
É a mistura do rotineiro, do boiadeiro,
do "sangue nos zoio"
Um gaúcho farroupilha,
ou do japonês e sua disciplina.
Há indios e sua maior população ,
ainda que pequena hoje em dia.Tereré,
Paraguai,
a vida recomeça e sem destino a chuva cai.
Tanto molha que vira pântano.
O sangue é dourado do boiadeiro que veio de Minas uai!Ou de índias e índios,
nativos considerados estrangeiros,
separados por valoes
para poucos ganharem dinheiro,O sangue ainda é dourado e por isso ainda verte,
é valor para poucos e o
divino que conserte.Os largados valem ouro,
os relaxados traçam o contorno, adorno
enquanto os pobres inquisidores
ditam o novo.Sangue dourado, cidade pecado,
cidade luz,
onde reina o pântano e o gado.FELIPE DURÁN THEDIM

VOCÊ ESTÁ LENDO
Sangue Dourado
PoetryO livro reune poesias feitas por Felipe Durán Thedim sobre a vida na cidade de Dourados localizada no estado do Mato Grosso do Sul que abraça quem vem de todos os cantos do país tanto para estudo como a trabalho.