O recomeço

14 2 0
                                        

Num novo ar Alberto se mergulha, 
A água é nova, 
azul como sempre porém transparente. 
Transitante, 
molhada e constante.

É uma nova terra de mesma 
semente. 
Mais para o interior, 
terra dourada, 
do pântano, 
dos lagos, 
antes ViraCopos
para depois
o Mato.

A campina traz a inspiração para o passar do tempo, 
para acalmar o coração.

O deserto para o olhar, 
é só vento, 
sem oceano e como um Bandeirante
adentro o país sem parar.

O Rio teve seu curso, 
mudou, cortou esperanças 
e de tantos verbos usados sobrou
o trabalhar.

A escrita de hobby passou 
para vida.
Que dê tendinite,
inflamações que curem
a mente,
e não deixe bolsos vazios.

O começo é essa folha, 
de pauta,
de lápis,
num aeroporto,
onde vi João Bosco,
velho e sábio,
em sua excelência
lotada de onomatopéias
iniciadas por complicados acordes.

Antes que eu acorde, 
o sonho de antes será agora,
livre e preso ao mesmo tempo
quando a alma não encontra rodeios ,
quando o coração é mais que músculo,
é estar parado em constante movimento
com o que não retorna.

FELIPE DURÁN THEDIM

Sangue DouradoOnde histórias criam vida. Descubra agora