O sol aparece e é mais uma lua
que finaliza o dia.
É só querer olhar o mesmo ponto
de outra pespectiva.Das 24 horas não há resto,
nem um minuto a mais.
O desperdício com rotina,
visto o necessário do dia-a-dia,
mata o trabalhador que não aproveita o excedente
e sempre quer mais.Todo dia, santo dia.
Mais um no calendário
quem diria...É para sempre estar de pé
não importa o que se faz,
é uma sexta, quinta; segunda,
não importa a feira,
o dia que vem,
ou uns dias atrás.Maria acorda e penteia-se.
O cheiro torrado do café sinaliza
a manhã para Pedro mas o céu
laranja e púrpura dá a todos
um presente e um porquê
nessa vida estar.Fumaça e barulho acordam os
sofredores
escravos dos seus objetivos,
presos aos hábitos,
fies a seus princípios,
eles acordam da noite
e se prendem ao mesmo ciclo.A rotina quer mais,
o corpo responde aliás.
Os bolsos se enchem e nada se faz.O sol bate sempre às 07h,
o lençol da cama se enrosca nas pernas,
como é calor ao acordar!
Chove gelado
venta molhado,
nada compensa o dia perdido,
o viver sem amar.
Sem inocência ou esperança
de um dia vivido ou
um para o coração degustarFELIPE DURÁN THEDIM

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Sangue Dourado
PoetryO livro reune poesias feitas por Felipe Durán Thedim sobre a vida na cidade de Dourados localizada no estado do Mato Grosso do Sul que abraça quem vem de todos os cantos do país tanto para estudo como a trabalho.