Prólogo.

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Manuela Narrando.

3 anos atrás...

- Mãee! Cadê meu celular?

- E eu que tenho que saber? Pode deixar esse celular aqui em casa, não quero você nesse aparelho no meio do jantar.

- Como se esse jantar fosse importante. Poxa eu juro que não vou ficar é que estou esperando uma ligação super importante.

- Manu nem vem com essas desculpas, e vamos logo que já estamos atrasadas filha.

- Ninguém vai chegar mais atrasada que a Tia Bethe.

Debocho, e no mesmo momento minha mãe faz uma cara nada boa. Resumindo ela odeia quando faço isso.

- Só não se esqueça que a Tia Bethe é minha irmã.

- Faz o seguinte vou só pegar uma coisinha lá no quarto e já desço para garagem.

- Ok, já vou mandar seu pai tirar o carro e Manuela não demora ok?

- Pode deixar.

Digo subindo as escadas, entro no meu quarto procurando meu batom quando escuto alguns tiros e gritos, Meu Deus! Desço correndo as escadas, saindo pela porta de entrada olho para os lados o portão da garagem está aberto vou para perto do carro que está com o farol ligado, logo vejo a cabeça do meu pai apoiada no volante, no mesmo instante meus olhos se enchem de lágrimas. Começo a escutar vozes olho para o lado tem alguns vizinhos se aproximado, uma idosa me chama atenção ela não olha em si para mim e sim do outro lado do carro. Mãe! Dou alguns passos e a encontro caída no chão, me ajoelho no chão colocando sua cabeça em minhas pernas, logo sinto meu rosto úmido, olho para baixo e vejo minhas mãos vermelhas de sangue.

[...]

Estou na sacada do meu quarto olhando os carros passarem pela rua abaixo, enquanto seguro um cigarro entre os dedos, dou uma tragada e logo solto a fumaça. Lembranças daquela noite chegam em minha mente.

- Preciso esquecer isso.

Ouço batidas na minha porta, Droga! Logo jogo o cigarro no lixo e destranco a porta abrindo para ver quem é a pessoa que me atrapalha.

- Que quarto é esse Manuela?

Vejo a minha tia entrar no quarto indignada, reviro os olhos me encostando no batende da porta.

- Até onde eu sei é o que você me deu. E tenho quase certeza que se torna meu.

- Jura? Não estou falando isso engraçadinha que bagunça é essa?! Eu arrumei esse quarto a apenas 2 dia atrás.

- O que no caso queira se lembrar que eu não pedi a sua ajuda para arrumar a MINHA bagunça.

Ela olha para mim e encara minha boca, e lá vem mais um sermão em 3, 2, 1...

- Você fumou outra vez?! Manuela pelo amor de Deus isso é não é bom.

- Deus que Deus? Porém até onde eu sei Deus não existe. E eu sei o que é bom para mim não preciso de nenhuma mulher enchendo a merda da minha cabeça com esses sermões que eu jogo no lixo.

Digo me aproximo dela.

- Minha querida Deus é o único que vai sarar essa ferida.

Diz ela encostando sua mão em meu coração, rio debochadamente.

- Você deve estar brincando com minha cara só pode.

Digo empurrando sua mão bruscamente, ela me olha com tristeza.

- Sua mãe estaria decepcionada com suas ações.

- Pena que o seu Criador tirou a vida dela, pois se ela estivesse aqui pode ter certeza que ela só teria orgulho. Adeus Bethe!

- Onde você vai Manuela?

Pego minha bolsa e meu celular e saio da quarto fechando a porta com toda minha força deixando ela sozinha.

Oooi amores, essa Manuela só tenho a dizer que ela ainda tem que aprender muitas coisas nessa vida. Beijoo!
Feliz Natal!

A Espera de Deus.Onde histórias criam vida. Descubra agora