Capítulo 02

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Manuela Narrando.

Chego ao centro e já vejo Wiil sentado na calçada me aproximo, ele logo me vê e sorri e logo então retribuo.

- Manu pensei que vinha apenas mais tarde.

Sento ao lado dele.

- Não iria dar. Enfim trouxe sua comida.

Digo tirando o pote da bolsa o entregando.

- Obrigado Manu.

- Wiil, não vou poder vir aqui agora.

- Porque?

Disse ele já começando a por comida na boca, deveria estar com muita fome. Suspirei.

- Meus tios, me colocaram em uma universidade e acabei decidindo que vou, vai ser melhor para mim.

- Um dia você comentou que odiaria fazer uma faculdade era verdade?

- Não, eu amaria fazer sabe é meu futuro e queria ou melhor quero que meus tios tenham um pouco de orgulho ou alívio de me ver bem.

- Você é uma menina de ouro querida.

Sorri, porém logo meu sorriso começou a se desfazer quando senti, meus olhos cheios de lágrimas.

- Me perdoa Wiil, queria muito de ajudar.

- Você já me ajudou bastante todo esse tempo.

Conheci Wiil quando estava indo na padaria/lanchonete ele pediu algumas moedas e acabei comprando comida para ele, e acabei sempre o encontrando  perto da padaria/lanchonete, então resolvi sempre ajudar ele alimentando ou dando cobertas que não usava.

- Você fala como se fosse muito tempo, foi apenas 3 meses.

- 3 meses que me ajudou muito, e que Deus vai de compensar de alguma forma.

Limpei minhas lágrimas, e o olhei.

- Porque todos falam dele? Porque acham que ele faz milagres? Ele não fez milagres quando meus pais precisaram.

- Tudo na vida tem um propósito. Ou você acha que foi obra do destino você me encontrar?

- E não foi?

- Deus fez você me encontrar, ele sabia que eu precisava de ajuda de alguém. E me trouxe esse anjo que me ajudou de uma forma que jamais vou conseguir agradecer.

Sorri com suas palavras.

- Vá para faculdade Manu, conheça pessoas seja feliz.

- Felicidade já virou uma palavra sem emoção para mim.

- E então quer dizer que você não fica feliz em me ver bem? Pois desde o começo eu já..

O corto rapidamente.

- Will, eu fico muito feliz você não faz idéia, você mudou ficou mais forte era tão magrinho. Só fico pensando que eu poderia me sentir mais feliz com meus pais junto a mim.

Ele acaba a comida e me entrega o pote que logo guardo na bolsa.
Passa um carro preto lentamente a nossa frente, parecia que estava nos observando, logo Will começa a falar interrompendo esse meu pensamento.

- Não estrague sua vida. Eu perdi minha esposa e meus filhos por causa de bebida e então Deus meu trouxe você, pare de beber e fumar por mim, por você e pelo seu futuro.

- Parece tão fácil falar.

Debocho.

- E é mais fácil ainda agir, se é claro se você tiver força de vontade no coração.

- Obrigada. Acho que você foi meu único orgulho de ter feito algo bom à anos.

- Desejo que você seja feliz pequena.

O abraço, apesar de Will ser um morador de rua e o cheiro não seja dos melhores, eu não ligo para isso.

- Também desejo que você seja Will.

- Já está ficando tarde, é melhor você ir para casa.

- Para mim isso está tão cedo que parece 6 horas da manhã.

- Parece Manu, é melhor você ir.

- Eu vou então.

Levantei e ele logo em seguida o ajudo a levantar, Wiil  não está em um estado tão crítico porém vejo alguns fios branco no cabelo, concerteza ele teve ter entre seus 45 à 50 anos.

- Obrigado por tudo.

- Boa sorte Will.

Sorrio e logo vejo um táxi passando dou sinal e ele para, abro a porta e vejo Will ele sorri, no fundo sei que o ajudei entro no carro e dou o endereço para o taxista, logo o trajeto começa.

[…]

Chego na porta de casa, está tudo apagado menos a janela do meu quarto.

- Se a Gabriella tiver mexendo nas minhas coisas vou esganar ela.

Entro em casa silenciosamente subo as escadas e entro no meu quarto.

- Merda.

- Desculpa Manu.

Fecho a porta do quarto deixando minha bolsa jogada em algum lugar.

- Não se preocupa, então o que você está fazendo no meu quarto?

- Procurando a senhorita.

Disse meu tio.

- Novidades para você, estou aqui.

Debocho.

- Onde você estava Manuela?!

- Não interessa.

Meu tio fica me fitando.

- Gabriella saia do quarto.

- Pai eu...

- Agora!

Ela sai, uns 5 segundos após ela sair ele começa.

- Eu queria ser legal mais não dá.

- Do que você está falando?

- Arrume suas coisas. Você irá amanhã cedo para o aeroporto.

- O que?! A passagem é para noite e já está comprada, você não pode comprar outra.

- Você acha que eu não posso.

- Você não manda em mim!!

Grito.

- Se você continuar gritando é um motivo maior para você ir ainda hoje.

- Você é louco.

Ele vai para o closset e pega duas mala colocando a própria em minha frente.

- Arrume suas coisas e vá dormir, amanhã você entrará no primeiro voo rumo a Boston.

- Não irá ter ninguém lá.

- Ótimo enfim não é você que disse que prefere ficar sozinha.

- Minha tia não irá permitir isso.

Sorrio arqueando uma das sobrancelhas.

- Eu tenho certeza que irá permitir.

Ele diz isso e sai do quarto. AGRHH! Droga! Começo arrumar minhas coisas com fúria total, não acredito nisso que ódio agora vou ficar menos tempo aqui, aah se eles estão achando que eu entrar nessa Universidade irá mudar algo estão totalmente enganados.

Feliz Ano Novo, meus amores.. Espero que gostem desse capítulo! 

A Espera de Deus.Onde histórias criam vida. Descubra agora