Capítulo 21

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Manuela Narrando.

- Você está me ameaçando.

- Não, estou apenas dando uma escolha para você.

- Se eu não aceitar eles irão morrer.

- Aceite e tudo isso não irá mais acontecer.

- Você só quer o dinheiro dele?

- Também quero a morte dele.

- O que? Não, não. Ele não fez nada para você.

- Ele e seus filhos tem algo grave sobre mim que pode me levar a cadeia.

Fico confusa.

- O que?

- Um dvd. Tem um vídeo meu e de todos meus... Assistentes.

- E eu vou ter que roubar por acaso?

Falo sarcásticamente.

- Sim.

Minha expressão muda para... Não sei nem explicar como está meu rosto neste momento.

- Qual seu nome?

- O que?

- Seu nome eu não sei.

Ele sorri.

- Meu nome para você é Pai.

- Olha só se não confia em mim para dizer seu nome, porque acha que eu irei fazer o que mandou.

- Talvez seja porque você não é burra. Eu quero você aqui amanhã as 14h30.

Ele diz e sai da lanchonete logo após uns 6 caras levantam e sai da lanchonete também. Caramba! São todos "seguranças".

[...]

- Quem é o pai de vocês? O que ele é?

Pergunto indo direto ao ponto.
Bruna e Rodrigo trocam olhares assustados.

- Manu agente não é igual nosso pai.

Disse Bruna.

- Sem rodeios, falem para mim o que vocês sabem.

- Nosso pai e o seu pai eram amigos. Não sabemos muito sobre isso, mas parece que...

- Que?

- Não foi seu pai que matou sua mãe e sim nosso pai.

Diz Rodrigo, naquele momento meu mundo caiu. Nunca me perguntei porque Erick odiava tanto eles agora sei o pai deles matou a mulher que aquele que diz ser meu pai " amou ".

- Porque matou minha mãe?

A única frase que consegui tirar da minha boca depois de minu de silêncio. Ele suspira e logo começa a falar.

- Não sabemos, talvez seja vingança.

- Porque não me mataram?

Eles ficam em silêncio com minha pergunta, mas logo Rodrigo começa a falar novamente.

- Meu pai quer ver você sofrer sobre a morte deles, e logo depois quer matar você.

Penso em algo. Dou dois passos para atrás. Eles analisa o medo em meus olhos. Tiro coragem não sei de onde e digo do modo mais firme que consigo.

- Quem são vocês?

Bruna está com lágrimas nos olhos. Logo Rodrigo fala.

- Nós somos informantes para nosso pai tudo que acontece com você nós falamos.

Temia por essas palavras.

- Valeu pela sinceridade.

Bruna está chorando, vejo a dor nos olhos de Rodrigo e sinto que ele vê a mesma coisa nos meus. Saio do hotel que eles estão hospedados e vou para a praça que estava naquele dia, muitas pessoas estão entrando na igreja evangélica resolvo entrar também. Logo um moço com toda certeza é o pastor ele começa a falar sobre fé e objetivos sermos corajosos e fortes com a nossa meta. Escuto tudo com muita atenção. Horas depois acaba, ainda não sei o que faço estou tão perdida! Saio da igreja e acabo vendo Rodrigo ele está no meio da multidão parado, nossos olhares se encontram. Passo por ele indo para praça sento em um banco afastado de costas para igreja.

- Você indo para igreja? Realmente mudou.

Não preciso me virar para saber que é Rodrigo.

- Como se você ligasse. Fala sério, para você não passou de um trabalho iludir a pessoa só para arrancar informações.

- Não é bem assim.

Se defende sentando do meu lado.

- Como não? Eu jurava o que nós vivemos foi verdadeiro.

- E foi verdadeiro. Manu eu senti coisas por você que nunca senti por outra pessoa.

- Me esquece Rodrigo! Nunca daria certo entre agente mesmo.

Me levanto para ir embora mas sinto suas mãos segurarem meu braço me fazendo parar.

- Nunca machucaria você.

- Porém machucou... Sinto uma dor imensa aqui.

Digo colocando minha mão onde fica meu coração, com lágrimas nos olhos continuo a falar.

- Pensava que você era diferente, fugi da universidade para não acontecer nada com você e Bruna.

- Manuela eu...

O corto.

- Não, não fala nada. Nem sei se você falou a verdade, mas se sim espero que sua mãe e seu pai se separem e que ela nunca mais volte a te ver, deve ser uma pena ter filhos como você e Bruna.

Sua expressão é de dor, mas tenho certeza que não é nada a mais do que sinto, minha família está correndo perigo e a pessoa que eu pensava que podia confiar acabou com meus sentimentos.

- Sinto muito.

Se lamenta.

- Ok, apesar de tudo não sou de guardar rancor. Não me siga.

Saio de sua frente e vou para rua faço sinal para um táxi que para eu entro e dou a localização, no banco de trás não seguro minhas lágrimas.

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