A Espera de Deus.

Capítulo 24

Rodrigo Narrando.

- Manuela fugiu do galpão?

Escuto meu pai falando no telefone dentro do escritório. Ele está furioso.

- Seus incompetentes! Quero Bruna e Manuela naquele galpão novamente o mais rápido possível.

Minha irmã fugiu também? Ótimo as duas devem estar juntas. E espero que em um local seguro.

- O que está fazendo aqui?

Olho para frente e vejo meu pai. Droga! Tente disfarça Rodrigo e o mais rápido possível para ele não desconfiar.

- E-eu estou de passagem, indo para meu quarto.

Ele me fita por alguns instantes e logo abre um sorriso, odeio esses sorrisos.

- Vamos temos um trabalho para fazer.

Diz ele começando a andar.

- Trabalho?

Ele dá um sorriso de canto e me olha por cima do ombro.

- Precisamos enterrar um corpo.

Ele não diz mais nada. E tenho até medo de perguntar de quem seria.

[...]

- Perai. Esse não é o corpo do...

Ele me corta.

- Pai de Manuela Lewis. Nossos homens o mataram,  que burro não acha? Sair sem nenhum segurança.

Fico quieto focando apenas no corpo sem vida do pai da Manuela. Instantes depois vejo um flash, olho para cima e vejo Erick com uma câmera em mãos. Merda! Quando iria começar a correr para alcançá-lo meu pai segura meu ombro me fazendo parar.

-Deixe ele ir.

- O que? Mas ele tirou uma foto nossa!

O olho incrédulo esperando alguma resposta.

- Está me desafiando Rodrigo?

Ele me fita atentamente.

- Não. È que...

Ele me corta.

- Quando eu falar algo, não tente me explicar o que eu sei, se não as coisas podem piorar para seu lado. Entende?

Engulo seco e murmuro um ''sim''.

- Ótimo em falar nisso, você tem um serviço.  Achar Bruna e Manuela.

- Achar? Elas sumiram?

Me faço de desentendido. Ele concorda e logo começa a falar sobre como proceder o plano para encontrar elas.

[...]

Duas semanas depois...

Ótimo! Neste momento estou indo encontrar Bruna em uma lanchonete afastada da cidade, e é lógico que meu pai nem desconfia disso não posso colocar minha irmã em risco. Minutos depois vejo ela na frente da lanchonete.