CAPÍTULO 17

153 9 6
                                    

Eu sei que vocês estão mesmo é querendo saber como andam as coisas com o Josh. Vou ser legal e facilitar a vida de vocês, pulando para quarta-feira, que foi quando tudo começou a dar errado.

Para começar, eu troquei mensagens com o Josh sobre o trabalho. Ele tinha uma reunião naquele dia, então eu sabia que ele ia ficar um pouco "sumido". Não que ele estivesse sendo muito presente, mas para esse dia ele tinha um motivo. Eu cheguei cedo em casa e estava assistindo um episódio da sétima temporada de One Tree Hill, sem Peyton e com muita Brooke, obviamente, quando minha campainha tocou. Pausei o episódio estranhando mas achando que estava tudo bom demais para ser verdade. Jess nem tinha promovido festa desde a última vez que eu e Ben sabotamos.

Quando olhei pelo olho mágico da porta, vi uma garota aguardando. Quem diabos é essa menina?

– Hum... Quem é? – perguntei com a porta ainda fechada.

– Donna, irmã do Ben. – a voz veio do outro lado.

Sério? Olhei de novo para verificar e a garota estava lá aguardando eu abrir a porta. Eu não acredito nisso! Murphy estava mesmo me deixando muito quieta para ser verdade, lógico que ia cobrar o preço por isso. Respirei fundo e abri a porta, estampando um sorriso meio amarelo no rosto.

– Oi! – disse.

– Oi, Sophia! Bem tinha me dito que você estava bem ocupada essa semana, mas por coincidência, eu cheguei logo atrás de você, então decidi que já que você estava em casa, eu poderia arriscar e passar aqui para te conhecer. Tudo bem? – meu Deus, essa menina não respira para falar?

– Hum, de fato eu estou mesmo enrolada. – disse sentido a culpa me atingir quando lembrei o que eu estava fazendo antes dela chegar. – Mas bem, já que você está aqui, gostaria de entrar um pouco? – perguntei.

– Claro! – ela disse já abrindo espaço entre mim e a porta. – Nossa, seu apartamento é bem legal. Ben ainda está arrumando a casa, então é tudo muito vazio lá, mas eu imagino que você já saiba disso, certo?! Porque você já deve ter ido até lá, afinal, vocês parecem ser amigos bem próximos. Próximos até demais para quem se conhece há pouco tempo... mas as vezes acontece, né?! As vezes a gente conhece alguém e parece que já conhecemos há anos, mais do que as pessoas que nós realmente conhecemos há anos...

MEU DEUS DO CÉU! Essa menina engoliu uma vitrola? Ela não precisa respirar? Porque eu tenho certeza que ela bateu o recorde de mais palavras ditas por segundo. Pode conferir.

– Donna, você disse que chegou logo atrás de mim, certo? Como você sabia que era eu? – questionei.

– Pelo seu carro. Ben já tinha me falado qual era o seu carro e a cor, e eu só tinha visto um desses na garagem até agora. Aí vi o carro entrando na minha frente e esperei para ver quem ia sair e saiu você, uma garota, de cabelos castanhos, como Ben tinha falado. Imaginei que seria muita coincidência se você não fosse realmente você e fosse outra pessoa. Quer dizer, não que fosse impossível, mas é bem difícil, né?! – ela respondeu.

Ben nunca me disse que a irmã dele era uma faladora compulsiva. Se eu soubesse, jamais teria aberto a porta da minha casa para ela.

– Certo. Bem, você quer beber algo? Aliás, cadê o seu irmão? – perguntei me dirigindo para a cozinha.

– Quero. Você tem algum suco? Eu deveria ter trazido algo para nós comermos, mas nem pensei. Droga! Você tem algo para comer também? Nem percebi que estava com tanta fome até entrar na sua cozinha. – ela riu encostando da pia. – Meu irmão está no hospital. Ele hoje é o dia do plantão dele na emergência e ele chega um pouco mais tarde. Mas isso você também já deve saber. Na verdade, o que você acha dessa escolha dele? Nunca entendi porque Ben quis ser cirurgião dentista. Quer dizer, Ele não poderia ser um médico normal já que ele quer ser cirurgião? Acho desperdício de tempo, mas Ben é assim. E já que é isso que ele quer, eu posso não concordar muito, mas apoio, né?!

De repente, o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora