primeiramente queria pedir desculpas à @livingpayne porque eu disse q ia att terça feira, e só apareci hoje, mas é que o michael me seguiu naquele dia e eu não tô normal até hoje por causa disso. desculpa migs :-(
enfimmm, esse capítulo faz querer chorar e sorrir então se preparem; se quiserem parar a leitura, e quiserem um resumo na parte triste, só me chamar :)
"Por favor, me deixe dirigir," Michael implorou, "eu quero voltar para casa vivo."
Luke riu, passando as chaves para ele, "você é tão rude."
Michael abriu a porta, vendo a bagunça com a qual Luke vivia todos os dias. Algumas notas estavam coladas em todos os espaços possíveis, e cupons que já haviam vencido há muito tempo estavam guardados em seu porta-luvas. Um cabo auxiliar estava aparecendo entre os bancos, e guardanapos e coisas sem sentidos estavam no chão. "Mas você me ama," Mike respondeu, entrando e se sentando no banco dianteiro da pequena BMW de Luke. Ele ajustou o assento para mais perto, já que suas pernas não eram tão largas quanto as de Luke.
"Eu amo," ele sussurrou, sentando no banco de passageiros. "Eu realmente senti sua falta, Mikey, muito."
"É," ele suspirou, olhando para trás dele para conseguir tirar o carro de onde estava, entre outros carros, "foi difícil ir de estar dormindo com você, para totalmente sozinho."
"Eu só fiquei meio que triste sem você. Eu precisava de apoio, e não tinha ninguém," ele confessou, mexendo com os botões do carro e tentando ligar o aquecedor.
"Eu não me lembro de quando fiquei triste. Isso aconteceu do nada, e de repente, eu estava preso com essa dor que não parava de crescer e não conseguia fazer parar. Eu estava nulo, como num sono longo e escuro onde eu não tinha sonho algum." Michael dirigiu o carro para a rua principal, tendo esquecido de todos os atalhos que ele costumava saber com a palma de suas mãos.
"Eu me sentia do mesmo jeito."
"Eu falei com um terapeuta por um tempo, e ele sempre falou que eu era muito 'novo para pensar sobre morte' e eu não entendia. Eu só via isso como uma solução, sabe?" Michael perguntou retoricamente, os olhos dele fixados no tráfico à frente, "tipo, não ia me machucar mais, não ter nenhuma dor, mais nada." Sua voz estava ficando mais e mais baixa assim que ele tentava estabilizar seus pensamentos. Ele estava tentando muito para impedir sua voz de quebrar.
Luke colocou suas mãos sobre seu colo, "se você estava com tanta dor, por que terminou tudo?" Ele olhou na direção de seu ex namorado; a pele dele estava bem suave e limpa, exceto pelas sardas no nariz. Os olhos tinham uma cor cinza-verde com um pouco de azul misturado no meio. As pernas longas dele estavam esticadas, porque ele era alto, mas nem tanto. Para Luke, ele era perfeito.
"Luke, você tinha essa vida toda pela frente, para começar a viver. Olhe para você agora! Você está vivendo," Michael disse, apertando o volante com mais força, "você é bem sucedido, você é bem mais do que o universitário que eu deixei para trás. Eu estou orgulhoso de você."
"O sucesso não é nada a não ser que você tenha alguém com quem compartilhar."
"Pare de citar Ed Sheeran," Michael suspirou, um sorriso suave aparecendo no canto de seu rosto. Ele parou quando atingiu o sinal vermelho, e olhou para sua direita, para Luke, e a cabeça dele estava abaixada. Mike esticou um de seus dedos, erguendo o queixo do mais novo para que ele olhasse para Michael, "eu sinto muito que eu terminei as coisas da maneira que eu fiz. Mas você merecia muito mais."
"Eu sei. Só que eu ainda me encontro sentindo muita falta de você."
Michael roçou seu polegar pela bochecha de Luke, "eu sei." Ele se encostou novamente em seu assento, esperando para que a luz ficasse verde, de novo. "Eu dei um jeito na minha vida, eu juro que dei," ele adicionou, "Clémence começou a crescer mais e mais a cada dia, e ela começou a perceber tudo o que estava acontecendo. Ela notava quando eu estava triste, ou quando estava acordado às 02h da manhã; ela percebia tudo. Eu meio que tinha que mudar por ela. Eu não poderia continuar amargurado-- eu tinha que melhorar."
Luke continuou olhando para a rua escura à frente deles, "você sempre a teve. Eu não tinha ninguém, Mike. Eu precisava de alguém, qualquer pessoa." Ele passou sua língua pela parte interna de suas bochechas, em alguns pequenos cortes - que tinham gosto metálico pelas vezes em que ele havia mordido (de nervosismo). O assento embaixo dele, que sempre parecia macio e acolhedor, começou a parecer rígido e ele somente queria sair do carro, sair daquela conversa, sair daquela noite.
Michael continuou quieto enquanto ele dirigia sobre os buracos na estrada; ele tentou desviar dos mais largos, mas não conseguiu. Ele sabia o quanto aquilo deixava Luke nauseado. Na verdade, ele não sabia. Ele sabia que isso costumava fazê-lo passar mal. Luke não é mais o rapaz de vinte e um anos cego e frágil. Eles não moram em lados opostos do mesmo corredor, em apartamentos que eram ambos horríveis. Eles não passam mais cada momento acordados com suas mãos entrelaçadas na luz fraca. Michael não está mais guiando Luke. Michael não conhece mais Luke.
Há uma tensão no ar, e dessa vez, Michael sente que vai vomitar. "Eu sinto muito."
Luke tentou manter sua respiração leve e tranquila, tentando esconder as pequenas fungadas que escapavam, "está--está tudo bem."
"Por favor, não chore," Mike implorou.
"Eu não estou chorando!" A voz de Luke falhou.
Michael esticou sua mão, e olhou para Luke quando o loiro não juntou sua mão à dele automaticamente. Mike esticou sua mão ainda mais, posicionando-a em cima da mão de Luke. Ele entrelaçou seus dedos juntos, e sua mão começou a suar, por não estar mais acostumado com aquele tipo de toque. Ele apertou a mão de Luke, "eu estou aqui agora, Lukey."
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o próximo capítulo tem aquele (+) no título, não sei se vocês vão lembrar o motivo masss [insere aquela carinha]
enfim, obrigado por tudo gente, amo vocês mesmo, espero que estejam aproveitando as férias ♥
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friends (portuguese version) ↮ muke
Fanfictradução da sequência de "the boy with the white eyes." copyright © 2015 @fivesecondsofsheeran.