Capitulo 5/ AMANDA

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Na segunda feira fui trabalhar ainda em choque pela noticia da gravidez, não tinha ideia do que fazer da minha vida, a única certeza é que abortar e doar não era uma opção. Como boa romântica sonhava em fazer como manda o figurino: Namoro, noivado, casamento e só depois filhos, muito depois, porém o destino tem outros planos e esse bebê vai ser muito amado como meus pais me amaram até morrer.

Os enjoos se tornaram cada vez mais insuportáveis tirando todo o meu apetite, só conseguia tomar chá de camomila e isso nos dias bons. Pulando a parte do almoço continuei trabalhando com afinco até Devon ligar.

— Oi estrela — Devon diz animado — Já reservei nosso voo para amnhã cedo, vou mandar os detalhes do hotel e tudo mais para o seu email.

— Obrigado Dev — agradeço sentindo náuseas.

— Você está bem Amanda? — indaga percebendo o desanimo em minha voz. Droga, não estou pronta para falar sobre o bebê ainda.

— Sim, estou apenas nervosa com a viagem — dou uma desculpa que não é totalmente mentira — Sair de Londres pela primeira vez e a noite de autógrafos estão acabando com o meu estomago de tanto nervosismo.

— Amanda Collins pare já com isso! Seu livro é um sucesso e você vai se sair muito bem com os fãs.

— Promete? — indago um pouco emocionada com a confiança dele em mim.

— Prometo estrelinha.

— Amo você — declaro encerrando a ligação.

A manhã seguinte foi uma correria, Devon esperou no hall de entrada enquanto terminei de me arrumar, fiquei uma pilha de nervos pois parecia que as duas malas não eram o suficiente para uma semana e que alguma coisa estava faltando. Chegamos meia hora antes do avião decolar, tempo suficiente para fazer o check-in e tomar um café, depois que comecei a tomas as vitaminas indicadas pelo médico os enjoos diminuíram consideravelmente, não sei se tem relação mas é muito bom voltar a comer sem passar mal.

— Vou comprar um café, você quer alguma coisa? — Devon pergunta levantando do desconfortável banco da sala de espera.

— Rosquinhas — respondi sentindo o gosto em minha boca.

— Volto em um minuto — diz se afastando.

Observo as pessoas ao meu redor correndo pelo aeroporto para não perder seus voos e subitamente penso em Nick, será que ele mora em Londres? Não, se morasse não teria se hospedado em um Hotel. Será que ele é casado? Tem filhos? Quer filhos? Idiota, deveria ter perguntado mais sobre ele, deveria ter perguntado pelo menos o sobrenome. Pensar nele causa um pequeno redemoinho em meu estomago e como se o bebê lesse meus pensamentos sinto uma náusea fraca.

— Nós vamos ficar bem — murmuro baixinho tocando minha barriga lisa.

Uma caixa de rosquinhas apareceu na minha frente, quase beijei Devon de tanta felicidade que a comida trouxe, assim que mordi um pedaço a náusea sumiu. Acho que alguém ficou feliz com a nada saudável comida. Devorei três rosquinhas seguidas sobre o olhar assustado do meu amigo, ele roubou uma e segurou com força.

— Essa é minha, sua gulosa — ele ri mordendo a rosquinha.

Sorrio sem alcançar os olhos, não é justo esconder isso dele, em todas as vezes que precisei Devon estava lá para mim. Tenho que contar a verdade!

— Dev....— começo a falar, mas sou interrompida por uma funcionária que chama nosso voo pelo autofalante.

— Senhoras e senhores, embarque imediato do voo para Nova York no portão 1 — a frase é repetida mais duas vezes antes de silenciar.

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