Capítulo 8/ NICOLAS

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— Obrigado por me acompanhar — agradeço a Dylan enquanto andamos para o meu carro.

— Hoje é a noite das meninas — ele diz sorrindo — Não é como se eu tivesse algo melhor.

— Você é tão sutil!

— Disponha — ironizo destravando o carro, espero Dylan colocar o cinto de segurança para ligar o veiculo.

Todos os anos, meus pais participam do jantar beneficente para arrecadar fundos a uma instituição de caridade, esse ano escolheram a Happy Children e como sou o único representante da família disposto a ir, fui intimado.

— Como foi o encontro com a Amanda?

— Levei um baita susto, prometi levar a Lily para uma sessão de autógrafos de uma escritora londrina — para no sinal olhando fixamente para frente — Era ela! Senti que estava tão surpresa quanto eu, mas não tive chance de falar direito com ela, a fila de fãs era grande demais.

— Nossa, que virada do destino — uma buzina me faz acordar para o trânsito — Vocês se encontrarem em Nova York dois meses depois de verem em Londres, sendo que não sabiam nada um do outro, é bizarro.

— Sei lá, talvez tivéssemos que nos encontrar mais uma vez para poder seguir em frente.

— O que sente por ela mudou? Agora que sabe quem ela é e que está bem perto?

Não respondo.

— Amanda disse que não ficaria muito tempo, já deve ter ido embora.

Um manobrista aguarda em frente ao evento, desligo o motor do carro e entrego as chaves para ele que me entrega um papel com o a placa do carro escrita. Sigo com Dylan para a entrada quando Jornalistas nos cercam com perguntas bobas sobre minha vida particular, meu amigo segue adiante sem se importar com o assédio da mídia, ser médico deve ter suas vantagens.

— Nick? Nick? Quando vai largar essa vida de namorador? — alguém pergunta e vários flashs pipocam a minha volta.

— Quando acontecer, vocês saberão.

— Agora que sua ex está na cidade, vão retomar o relacionamento?

— Você já se encontrou com a Evelin? Ainda são amigos ou ela guarda remorsos por ter sido traída?

— Acho que estão perguntando para a pessoa errada! — encerro as especulações entrando no salão.

— Eles são bem chatos — Dylan observa — Como consegue não explodir?

— Anos de prática — dou de ombros, paro um garçom e pego duas taças de champanhe entregando uma ao meu amigo — Um brinde aos abutres, que continuarão lá fora.

Toco sua taça com a minha e viro a bebida em um só gole.

— Não fez nem cocégas — concordo ele.

— Vamos achar bebidas de verdade — lidero o caminho para a cozinha, o lugar onde a mágica acontece.

— Você sabe que é open bar, certo? — pergunta quando entro na cozinha.

— Não pensou em dizer antes?

— Achei que soubesse.

Ele ri.

Quase trombo com um dos garçons, ele se desculpa e se afasta levando uma bandeja com canapês. Arrasto Dylan de volta para o salão a procura do bar, e lá está ele, no lado oposto ao palco escondido atrás de duas colunas quadradas. O barman, muito simpático, prepara nossas bebidas em tempo recorde e se afasta para atender os outros convidados.

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