˳.⋅ॱ˙˙ॱ⋅.˳˳.⋅𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟎𝟔 ⋅.˳˳.⋅ॱ˙˙ॱ⋅.
𝒇𝒂𝒎𝒊́𝒍𝒊𝒂
⸻ Hᴀʀʀʏ·s ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴠɪᴇᴡ ⸻
O NATAL APROXIMAVA-SE, e eu não achei que Hogwarts poderia ficar melhor, mas claramente me enganei. Em um certo dia da semana passada, os terrenos ao redor da escola amanheceram cobertos com mais de um metro de neve, fofa e gelada, a qual Ginny, Ron, Hermione e eu deixamos registrados nossos anjinhos – que foram assolados horas depois por alunos apressados. Os galhos finos das árvores sacolejavam na invernia despidos de suas folhas que o outono levou. O lago congelou, e era nesse que meu cotovelo chocava-se pela terceira vez consecutiva só no dia de hoje.
— Eu nunca vou conseguir, Gin — bufei frustrado, afagando a região dolorida.
— Deixa de ser chorão — a ruiva deslizava graciosamente pelo gelo com tamanha destreza. Suas madeixas cor de fogo esvoaçavam no vento gélido como pequenas chamas naquela paisagem inteiramente branca. E seu nariz, corado pela friagem, enrugava-se enquanto ela ria do meu tombo. — Venha, eu te ajudo — e ofereceu suas mãos cobertas por macias luvas de tricô colorido.
Ela estava bem agasalhada, e meu cachecol – o qual ela nunca mais tirou –, enrolava-se em seu pescoço quase o fazendo desaparecer. Era grande para ela, e isso só a deixava mais adorável.
— Anda, Harry, sua bunda vai ficar quadrada e congelada se ficar mais tempo aí no chão — Ginny não estava errada.
Aceitei sua ajuda, e sem muito esforço ela me levantou. Por pouco não cai novamente, graças à suas mãos que agarraram agilmente meus braços, mantendo-me parado.
— Você é péssimo! — muito obrigada, Ginevra, sua risada é realmente motivadora.
— Você vai me ensinar ou vai ficar rindo? — repliquei impaciente. Ginny ao menos tentou conter o riso mordendo os lábios rosados, mas foi inútil, no momento seguinte sua cabeça apoiava-se em meu ombro em uma gargalhada. — Para de rir, Ginevra — do que adiantava? Eu já estava rindo junto com ela.
— Desculpa — eu duvidava se de fato ela estava arrependida. — Vamos lá, me dê sua mão — assim o fiz —, ótimo… agora de um lado para o outro, imagine que está se equilibrando em uma vassoura.
Em uma vassoura eu não ficava de pé, e nem tinha meus pés sob um gelo escorregadio. Contudo, Ginny me conduziu com calma, e quando meus pés ameaçavam a deslizar, ela vinha ao meu socorro. Um passo de cada vez e meus pés acostumaram-se com o movimento constante.
Não era melhor do que voar – isso se existisse algo melhor que voar –, mas era uma sensação de liberdade boa. E só fui reparar que nossas mãos não estavam mais juntas quando Ginny apareceu na minha frente borbulhando feliz.
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𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐉𝐄𝐈𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐅𝐄𝐑𝐄𝐍𝐓𝐄¹, ℎ𝑖𝑛𝑛𝑦
أدب الهواة࿐*ੈ em que Ginny Weasley encontra o menino-que-sobreviveu no Expresso de Hogwarts... ou em que Harry Potter a arrasta para suas confusões. e tudo seria 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐣𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐢𝐟...