Diario de um suicida.

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02/04/1997- Mais um dia chuvoso e palido numa pequena cidade em um lugar sem importancia nasce mais um miseravel filho de adãoque carrega com sigo a marca da dor, e um discipulo da escuridão predestinado a morrer.
Julio esse é seu nome Julio caver um jovem com destino macabro e sem perspectiva alguma de futuro. Vive hoje refugiado em seus pensamentos aqui expostos medos e dores compartilhados apenas com as lâminas que rasgam sua pele em busca de alivio para a alma.

10/01/2005- Começo hoje com uma velha companheira a tristeza que me acompanha em todos os lugares sinto que todos me olham enquanto ando a caminho da escola sinto um frio na barriga não consigo controlar aperto o passo.
Entro no predio e procuro o ultimo lugar o mais escuro canto da sala que ainda esta vazia, aos poucos outros alunos chegam e com aquela animação que não consigo enteder se abraçam conversam e altas risadas são ouvidas ao longo do tempo, fico quieto observando como são felizes.
Penso em como minha vida é e por que passo por td isso abaixo a cabeça mas por um momento sinto que alguem se aproxima olho rapidamente nossa algo nessa pessoa ate então desconhecida havia me chamado atenção, era uma garota muito bela cabelos dourados rosto bem desenhado e os olhos cor do ceu.
Caminhando em minha direção ela parecia flutuar e com voz serena diz:
- Oi, pq se senta ao fundo da classe quando há tantos lugares a frente?
- Não me dou muito bem com pessoas. (Digo escondendo os braços)
- Espere voce não parecer ser tão mal, qual seu nome?
- Julio, e o seu?
- Hanna, prazer te conhecer julio.
- uhum foi bom te conhecer Hanna.
Ela então se afasta e se senta na primeira carteira mau sabia eu que daquele dia em diante minha vida mudaria completamente...
Entediado com aquela aula chata conto cada segundo que se passa fico calado o tempo todo pensando em minha vida que não é muita coisa mas sobretudo tentando entender o porque daquela menina ter me chamado tanta atenção e qual seria o motivo de sua aproximação, ouço um som estridente é o fim da aula sem ao menos esperar algum comprimento corro em direção a porta e saio tenho pressa andar no meio de pessoas me causa panico caminho rapidamente ate minha casa que ao chegar pra variar meu pai bebado no sofá vejo aquela cena com olhos afogados em lagrimas e subo pro quarto onde me sinto seguro.
Com a porta trancada fico na penumbra meu corpo esta em silencio mas minha mente esta um pandemonio preciso esquecer a dor preciso esquecer quem sou, me matar? Não seria uma boa ideia ainda apesar de odiar meu pai prometi para minha mãe em seu leito de morte que cuidaria dele. So vejo uma saida, aquela mesma de ontem e semana passada tambem pego uma lâmina e me corto enquanto o sangue escorre suave na minha pele marcada por cicatrizes sinto um alivio como se eu n tivesse problemas me sinto leve a unica dor que agora me atormenta e a dor dos ferimentos. Deito me na cama para dormir um pouco e quem sabe não acordar mais ... Calmantes aos montes espalhados nela estão, pego um comprido e mastigo o gosto e amargo como meus pensamentos obscuros e perversos adormeço sem perceber...

11/01/2005 - Acordo assustado com um barulho forte na sala olho para o relogio esta marcando 06:45. Saio do quarto pra ver o que havia acontecido e mais uma vez sinto uma faca atravessar minha alma, é meu pai mais uma vez bebado caido ali bem na porta de casa uma decepção pra qualquer filho.
Volto ao quarto arrumo a mochila e saio sem ao menos tomar um café tento fugir daquilo uma realidade emporcalhada cujo a qual não queria fazer parte.
No caminho pra escola sem que eu perceba lagrimas rolam pelo meu rosto. E ao chegar de cabeça baixa sinto algo tocar me o ombro, era Hanna toda preocupada acho que ela percebeu que eu não estava bem.
- Oi Julio, Você esta bem?
- Ha é você. Hanna e o seu nome isso?
- Sim. Mas vc esta bem Julio? Percebi que vc não se mistura a turma é sempre tão calado e porque nesse calor você sempre de mangas longas.
- Estou bem sim. So não sou como vocês que tem varios motivos para sorrir e esse é o meu estilo eu sempre me vesti assim.
- Mas porque não se enturma? Vamos andando ou vamos nos atrasar para a primeira aula.
- Ta. Vamos pra aula e melhor não quero te envolver nos meus problemas.
Saio andando Hanna me segue em silencio entro na sala e me dirijo ao fundo da sala nesse momento ela me puxa pelo braço e eu me viro rapidamente com uma expressão de dor nos olhos.
- Ei menina você é louca ou o que?
- Julio hoje você vai se sentar aqui do meu lado, e sem discussão esta decidido.
- Por que motivo você me quer por perto Hanna? Vc esta sendo inconviniente
- Não me interessa você sente ai e preste atenção na aula!
Me Sento sem saber o que dizer afinal, não queria brigar com ela.
Por varios dias seguidos se repetiu essa historia Hanna tentando se aproximar de mim meu pai bebado, cortes cada vez mais profundos...
Não conseguia entender aquilo eu nunca havia deixado ninguem se aproximar tanto de mim quanto Hanna ela conseguia me manipular, ela me fazia fazer coisas que eu nunca faria, e pior eu estava começando a gostar daquilo.
Eu sempre fui fechado para o mundo mas ela com aquele jeitinho de mandona dela estava conseguindo a minha confiança. Mais um conflito para uma mente doente como a minha porque eu estou deixando ela fazer isso? Por que ela sempre tenta me fazer mudar? Sera que estou me tornando um fraco e desviando dos meus objetivos nesse mundo passageiro?...

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