Capitulo 4: A separação

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Tudo caminhava bem, eu estava feliz com Hanna mas ainda havia uma metade de mim que residia nas trevas as vezes fazia um corte ou outro em um local mais oculto eram recaidas, a noite o sono não vinha as mas lembranças chegavam e os pensamentos bons sumiam da minha mente.
Deitado na cama eu contemplava a visão do inferno. Isso mesmo eu estava tendo visões eu ouvia vozes que me aconselhavam a me matar essas mesmas vozes tambem me avisavam sobre algumas coisas que aconteceriam, no começo pensei que era falta dos remédios que eu já não estava tomando e não dei importancia.
Mas chegou uma noite em que eu já havia visto meu pai bêbado e ele estava bem diferente estava meio estranho não gritava como das outras vezes só me olhava com um olhar negro como se planejasse alguma coisa, nesse dia ao me deitar senti uma forte dor de cabeça e as vozes gritavam alto em minha cabeça: - Fuja Júlio fuja pois seu pai irá mata lo eu não acreditei e continuei a tentar dormir.
Como as vozes ficavam cada vez mais alta resolvi ir ao banheiro lavar o rosto e me acalmar. Quando volto vejo meu pai do lado da minha cama atordoado esfaqueando meu travesseiro aquela cena me partiu o coração mas me mantive forte me escondi atrás de um móvel que estava no corredor e esperei que ele saísse .
Assim que ouvi ele sair pela porta da sala entrei no quarto juntei minhas coisas peguei minhas economias que estava juntando para pagar uma prestação da casa e sai fui pra rua.
Agora estava eu sozinho sem ninguém por mim andando sem rumo, não tinha sequer um lugar pra passar a noite não podia gastar aquele dinheiro em um hotel era caro demais e eu passaria fome se o fizesse.
Andei mais um pouco por uma rua de terra e encontrei uma cabana abandonada olhei em volta tudo deserto nenhum vestígio de moradores resolvi entrar.
Era uma cabana bem simples dessas que os madeireiros usam como abrigo temporário, mas pra mim aquela era uma nova casa para minha dor se esconder.
Fui para um canto onde hava um colchão improvisado feito de palhas me sentei e de novo comecei a remoer o passado tentar entender por que sofria tanto e porque não conseguia ao menos me matar já que estava sofrendo tanto, e aquelas vozes que me salvaram de onde vem quem seria o responsável por elas deus? Acho que não eu sou descrente de mais pra deus está me ajudando seria o próprio diabo assoprando no meu ouvido tramando meu fim? São muitas perguntas sem respostas.
Eu estava cansado mas uma coisa me intrigava havia aparecido uma marca um símbolo no meu pulso esquerdo era como um círculo e alguns desenhos estranhos em volta e essa marca ardia muito eu não sabia de onde era aquele desenho e a dor da alma era maior que a dor física não queria mais pensar, abri a mochila peguei alguns comprimidos tomei e apaguei quase instantaneamente.

"É quando dormimos que nossa mente se liberta e nos mostra a verdade, em sonho ou devaneio eu via um anjo parecido com Hanna no meu quarto soprando em meu ouvido palavras de um futuro próximo e com uma faca prateada e brilhante ele marcava meu pulso."

Continua...

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