Capitulo 2: A primeira queda

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Com a decisão tomada comecei então a confiar mais em Hanna e a procurar respostas sobre quem eu era na verdade, o tempo se passou sem que descobríssemos nada motivo de frustração e dor intensa.
Já havia muito tempo de nossa amizade e eu já tinha descubrido o por que daquela confiança toda depositada em Hanna, é eu estava apaixonado por ela os 2 anos de convivencia havia me provado isso, faltava apenas coragem para dizer isso a ela.
Não sei bem se era medo ou covardia mesmo o fato e que eu não falei nada pra ela, e como ela era linda logo arranjou um namorado.
Quando soube foi como se os dois anos sem lâminas sem dor viessem cobrar os atrasados pois n tinha forças ao menos para me levantar, já não ia mais a escola passava o dia me cortando e ouvindo músicas depressivas, tentei me enforcar 2 vezes mais fui impedido uma vez pelo meu pai o bêbado e outra pelo porteiro do prédio que agora está me vigiando como uma camera de segurança.
E Hanna neim se quer apare eu por aqui não me procurou, mas também a culpa não é dela eu nunca dei meu endereço a ela.
Resolvi sair pra acabar de vez com aquele sofrimento vi na sala uma chance de furar o cerco e sair pra consumar o meu plano, meu pai bêbado não iria me seguir e como o prédio estava cheio o porteiro também não poderia.
Fui no peguei minha mochila coloquei nela uma caixinha que tinha dentro algumas injeções que eu havia roubado no hospital eram anestésicos uma dose capaz de matar um touro se aplicada no lugar correto.
Sai em direção a rua como se fosse pra escola ao passar pela portaria seu José questiona meu destino.
- Júlio . Onde vai? Pra que essa mochila se não está mais estudando?
- Retomo as aulas amanhã vou até a escola pegar o material que perdi com esse tempo fora.
- Garoto vou te deixar ir, mais tenha juízo não vai fazer nenhuma besteira.
Saio as pressas do salão e ganho a rua com passos largos e decididos rumo a pracinha pois nessa época de frio quase ninguém aparece por lá seria o lugar perfeito.
Chego na pracinha e entro em meio as árvores que rodeiam o lago, me sento abro a mochila e preparo .inha passagem direta para o inferno.
Mas no momento que estava na metade da mistura ouço passos vindo em minha direção será alguém que haverá me siguido? Não sabia então escondi as coisas rapidamente e fingi estar lendo.
Os passos se aproximam mas ainda não conseguia ver de quem eram as árvores estavam tapando minha visão, minhas mãos estão suando pois se me pegassem ali com aquilo iriam me internar.
Finalmente eis que surge alguem a minha frente , era Hanna com os olhos chorosos, o azul já não brilhava tanto era quase um cinza pálido das nuvens de chuva, ela se aproxima dizendo:
- Eu te procuro a três meses e só hoje te encontro por onde andou e o que veio fazer aqui isolado ? E essas marcas você se cortou de novo Júlio ?
- Claro o que você queria que eu fizesse ? Você era a única que eu confiava e do nada te perdi pra um cara que se quer lembra seu nome. (o namorado de Hanna pensa que ela se chama Anna) Eu não iria continuar sozinho nesse mundo que só me causa dor.
- Me desculpe Júlio eu não estou mais com ele. Te procurei pra avisar mas não o encontrei hoje te vi passar na frente da padaria e o segui até aqui.
Hanna se aproxima da mochila e a pega.
- Isso aqui Júlio essas injeções vão ficar comigo não vou deixar você se matar sem mais nem menos você e muito jovem e vai viver muito ainda.
- Droga. Por que não me deixa acabar com isso ?
- Por que você também não quer isso Júlio preciso ir antes que se dêem por minha falta.
- Ta.
Hanna sai e vai embora e eu fico ali mais um pouco pensando no que havia feito eu tinha caído na primeira pedra no caminho eu com certeza não iria resistir as tentações sentia que o fim estava próximo e a morte andava ao meu lado...

Diario De Um Suicida.Onde histórias criam vida. Descubra agora