capitulo 7: O retorno

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Arrumando a bagunça que estava na casa vejo cada momento que passei naquela casa cada momento triste está como um filme gravado em minha mente.
De vez em quando olho para o sofá na sala em busca de ver alguma reação no meu pai, a louça e a cozinha já estavam limpas calculando tudo ele já estava ali imóvel naquele sofá a um bom tempo.
Resolvo sair e procurar um jeito de leva lo ao hospital, saio é logo encontro um vizinho que me pergunta por onde andei e sobre meu pai que também estava sumido não dava mais vexame bêbado na rua, explico a ele o que está acontecendo.
Muito assustado parecia uma vela de tão branco que estava. Pega um celular e chama uma ambulância e um médico, também me pede permissão para entrar na casa e ver como meu pai está.
Eu então o levo até a sala e ele com a velha sabedoria popular diz que meu pai está em um tipo de coma por que não estava se alimentando ele me explicou algumas coisas sobre aquilo por alguns minutos e quanto mais ele explicava mais claro que eu era culpado daquilo tudo ficava, eu estava com uma sensação ruim de remorso é uma tristeza que só eu sabia o como estava ruim de aguentar, um barulho de carro estacionando em frente a casa nos põe em alerta deveria ser a ambulância.
Corro até a janela e vejo que são mesmo os médicos que haviam chegado, abro a porta para eles que logo entram andando rápido e vão direto ao sofá onde meu pai estava tão parado quanto uma estátua um dos médicos o examina olha nos olhos dele com uma luzinha e faz um outros tipos de procedimentos que não sei o que era.
Com um gesto e uma cara de quem não está entendendo nada ele ordena aos outros médicos que o ajudem a levar o pai para a ambulância, depois dele já imobilizado dentro daquele furgão que nem se parecia uma ambulância era velho cor de cinzas mas era o que tínhamos naquele fim de mundo, o médico responsável pelo atendimento veio falar comigo.
- Sr. Júlio ?
- Sim doutor. E aí como está meu pai?
- Bem não é possível dar um diagnóstico preciso no momento vamos leva lo para fazer exames e também para ficar em observação. Ele possui plano de saúde?
- Não doutor nunca tivemos dinheiro pra isso.
- Pois bem ele sera levado ao hospital público para receber os cuidados necessários.
- Eu posso ir junto doutor? não quero deixar lo sozinho.
- Sinto muito Júlio além de você ser menor de idade não possui um plano que lhe daria direito a um quarto particular para seu pai. Infelizmente hospitais públicos não aceitam acompanhantes menores de idade, temos que ir agora lhe darei notícias logo Júlio.
Gritou o doutor já com a ambulância em movimento.
Entrei para casa. A essa altura aquele vizinho que tinha me ajudado já não estava mais por perto eu estava novamente sozinho com meus pensamentos.
Passo vagarosamente pelo corredor e entro no meu quarto que ainda está do jeito que deixei, aquilo me trouxe lembranças que aliadas ao sentimento de culpa que corroía por dentro me fizeram desabar em lágrimas eu era o culpado de meu pai estar daquele jeito.
Aquela cena dele caído no chão da cozinha coberto de moscas não me sai da cabeça, eu só queria naquele momento desaparecer ou simplesmente não existir.
Começo a pensar como seria tudo se eu não tivesse nascido lembro de cada palavra dele que me fazia sentir uma dor terrível.
Me jogo na cama e encontro abaixo do travesseiro meus remédios peguei alguns compridos e engoli a seco mesmo para ver se aquilo me colocava pra dormir só para não ter que ficar lembrando de tudo aquilo.
Tentativa frustrada acho que por não tomar por um tempo aqueles remédios já não eram fortes o bastante para me fazer dormir, mas eram capazes de me fazer reviver o passado com tamanha realidade que eu ficava em dúvida se estava sonhando com o passado ou prevendo o futuro.
Cada briga cada grito cada agressão voltou para me assombrar. Encolhido na cama com os braços sobre a cabeça eu tentava tapar os ouvidos para não ouvir meus próprios gritos mas não era possível, também fechava os olhos para não ver aquelas cenas horríveis mas de nada adiantava eu estava tão alucinado que num ato impensado sem nem se quer me lembrar da minha promessa que havia feito a Hanna pego um canivete vou para um canto escuro só quarto que já era de costume eu ficar e me corto mas não como das outras vezes dessa vez não era uma busca de alívio era uma tentativa de suicídio faço inúmeros cortes no pulso e tbm na perna afim de atingir uma artéria mas não conseguia eu estava muito zonzo e mau enxergava.
O remédio estava fazendo efeito eu mau tinha a destreza para fazer furos olho para o chão está tudo girando. Minhas mãos estão repletas de sangue não estava entendendo de onde havia saído tanto sangue se não havia acertado nenhuma veia, era uma sensação muito estranha tudo começou girar mais rápido e foi escurecendo aos poucos até que eu apaguei.


"Júlio acabou de dar um beijo na morte sua situação era complicada agora estava sangrando pelos ferimentos e ainda estava com um provável início de overdose de medicamentos, dificilmente ele escaparia dessa.
Ele mesmo sem querer havia retornado a seu antigo quadro de depressão e agora depende de um milagre para se salvar ...
E aí o que vocês acham Júlio escapa dessa ou é o fim de sua jornada na terra...? Deixem sua opinião nos comentários .
Nos vemos no próximo capítulo que estará disponível em breve. Muito obrigado a todos que lêem minha história."
beijos com carinho

Cristiano Mrx.

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