Perguntas me rodeavam e a maioria não havia respostas eu não estava mais entendendo como aquilo tudo havia acontecido comigo eu apenas tinha uma mochila velha marrom uma cabana velha suja que por sinal eu havia invadido eu não era nada mas ainda estava disposto a descobrir quem eu era por que eu estava ouvindo vozes porque Hanna era tão importante pra mim.
Assim que me levantei fui até um canto escuro da cabana onde eu havia guardado um pedaço de pão e um pouco de suco que Hanna havia me trazido ao chegar reparei que tinha aranhas andando em teias que formavam belos desenhos, enquanto comia eu admirava no que eu havia me tornado olhava a cabana lembrava de casa que por mais que não fosse o lar perfeito era bem mais confortável tinha um chuveiro cama macia e comida, agora na cabana não tinha nada além de uma panela velha uma cama de capim algumas roupas velhas que acredito pertencer aos antigos moradores, eu cheguei ao fundo do poço.
Saio daquele canto pois ficar pensando naquilo estava me deixando mau, vou até a parede maior da cabana onde estavam os símbolos era uma parede velha toda em madeira já corroída por carunchos olho atentamente os desenhos e mais uma vez como uma dislexia os desenhos começam a se mover e formar frases cada uma mais confusa, Apenas uma fazia sentido.
"Você precisa ir a cidade seu pai corre perigo salve ele."
Essa frase me fez pensar que realmente eu estava demasiado louco, enxergar coisas me dizendo o que fazer era no mínimo o início de um quadro sério de loucura.
Mesmo não acreditando resolvo conferir quem sabe estava mesmo na hora de encarar os problemas parar de fugir e voltar a viver pois naquele momento eu estava morto para a sociedade.
Pego minhas coisas e saio da cabana paro um pouco a frente dela, respiro não é fácil voltar para um mundo onde todos te odeiam, crio coragem e começo a seguir a trilha devagar era uma estrada de terra e cascalho bem estragada cheia de buracos cercada por algumas árvores que enquanto caminho me oferecem sua sombra a brisa bate suave no rosto e meus pensamentos voam, fico MS indagando se era mesmo o melhor a se fazer ir pra cidade será que meu pai ainda queria me matar? Será que aquelas pistas na parede estavam ne levando para morte? Aquelas dúvidas me faziam pensar em retroceder mas fui forte e mesmo com uma dor insuportável na alma continuei a andar vagarosamente a caminho da cidade.
Ando por mais um tempinho e avisto ao longe a cidade paro mais uma vez de agora por uns dez minutos reflito e choro muito mas logo me levanto e vou em frente.
Ao entrar na cidade eu me sinto invisível por um tempo até estranho aquilo, mas quando levanto a cabeça pessoas estão me olhando e apontando na minha direção falam coisas que não consigo ouvir e aquela situação me faz me arrepender de ter vindo, lágrimas começam a rolar em meu rosto eu aperto o passo e os olhares curiosos me acompanham.
Assim que chego em casa me lembro de não ter levado a chave e tive que chamar pelo meu pai que não respondeu.
Para variar devia estar bêbado caído na sala como sempre, dou a volta e olho pela janela e não vejo ele como ele deveria estar bêbado na sala mas a casa parecia vazia resolvo forçar a janela que era de madeira com uns vidros nada muito reforçado tento utilizando um pedaço de bambu que estaca ali no chão, e logo após alguns minutos a janela se abre e eu a pulo.
Já dentro de casa eu olho para as coisas e a maioria delas estavam como eu deixei e aquilo era muito estranho já havia tempo que eu havia saído já era para aquela bagunça ter sido arrumada.
Sinto um cheiro forte de coisa velha e suja vindo da cozinha que ficava no final de um corredor. Sinto um aperto no peito um frio na espinha mas sigo em frente.
Quando eu estava diante da porta vejo panelas e objetos caídos na pia louça suja e comida estragada muitos mosquitos voando e quando eu dou mais um passo e olho para o lado vejo meu pai ali caído com a barba gigante desacordado parecia estar ali há dias já .
Corro em sua direção me ajoelho do seu lado já chorando afinal aquilo era minha culpa, começo a sacudir lo insistentemente na tentativa de reanimá lo em vão .
Me levanto pego um copo de água e atiro em seu rosto ele tosse com o susto porém está fraco para se levantar nem mesmo me reconheceu mal podia abrir os olhos.
Com muita dificuldade arrasto ele pela casa batendo no móveis e fazendo de tido para não machucar ele. Coloco o no sofá e vou arrumar aquela bagunça.
Minha dor e remorso eram grandes e eu sabia de uma coisa não podia deixar lo ali abandonado ele com certeza precisava de mim naquele momento...Continua.
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Diario De Um Suicida.
RomanceTe mostro meu outro lado Que não tem cavalinhos, ou se quer sorriso Nao importa o quando eu ande Tem dor, choro, trevas onde quer q eu paro Um sobrio medo num vasto infinito Minha alma grita de dor e odio a todo instante A dor infernal é incessante...