Capítulo 8

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Quando finalmente consegui dormir pude desfrutar de mais um sonho com ele.
Eu estava no jardim do orfanato à beijar Henry, quando somos interrompidos.
- O que está acontecendo aqui?
Me viro para ver quem falava e dou de cara com Victor com uma cara de tristeza e desapontamento.
- Sabine, quem é ele?
- Victor, esse é Henry.
Victor olhava para Henry com raiva, os dois nada falavam, apenas se olhavam. Até Henry decidir perguntar-me.
- E ele quem é Sabine?
- Esse é meu melhor amigo Victor, já havia lhe falado dele.
- Ah, claro.
Victor me olha com cara de desapontamento.
- Já falou de mim pra ele e para mim que sou seu melhor amigo não falou nada sobre ele. Nem sei quem ele é.
Henry responde-o antes que eu o faça.
- Sou o namorado dela... Henry Cendres.
Victor olha para mim com uma cara de tremenda tristeza.
- Isso é verdade?
- É sim.
- E não passou pela sua cabeça que eu, seu melhor amigo, iria gostar de saber sobre seu namoro? Sabine, você não podia ter feito isso comigo. EU deveria estar ao seu lado, não ele. Quando você precisava de conselhos, de alguém para conversar ou apenas para lhe fazer companhia não era ele que estava lá, era eu. Como pode fazer isso comigo?
Não consegui lhe responder, então ele continuou.
- Você não gostava que eu tivesse sequer amigas e agora vem me dizer que tem um namorado. Não pensou em mim ao menos um segundo?
Ainda não tinha palavras para lhe responder e ele continuava.
- A quanto tempo me escondia seu namoro?
Antes que eu pudesse dizer algo eu acordo. Fico deitada em minha cama à pensar em meu sonho.
Será que Victor gosta de mim?
As palavras dele martelavam em minha mente: "EU deveria estar ao seu lado, não ele."
Após um tempo deitada pensando decido olhar para o relógio e ver que horas eram... 8:30
Caramba, estou atrasadíssima. Levantei, fiz minhas higienes, me arrumo e fui correndo para o refeitório. Victor estava na porta me esperando.
- Perdeu a hora foi?
- Pois é, dormi demais.
Peguei uma maçã e fui comendo em direção à sala.
Assistimos as aulas e fomos para a biblioteca. Mas por mais que eu tentasse me concentrar em algum livro não consegui. Fiquei pensando no meu sonho, será que perderei Victor? Não posso perdê-lo, ele foi o único que sempre me apoiou e ficou ao meu lado.
Quando entrei no Orfanato eu não me enturmava com ninguém, era a garota solitária e estranha, até Victor se aproximar de mim, eu até que tentei mante-lo longe, achei que ele era mais um dos garotos idiotas do orfanato que só queriam me zuar. Mas não, ele insistiu em me ter por perto até eu ver que ele era diferente das outras pessoas, e deixar ele se aproximar. Agora, depois de anos de amizade, não sei viver sem ele.
Nunca tive família, fui criada no Orfanato desde que nasci, não sei o que é ter pai e mãe, nem irmãos, sou uma completa solitária no mundo, a não ser por Victor. Ele é o único que me deu amor esses anos todos, foi o único que me apoiou, o único que se manteve firme comigo até hoje, é como um irmão mais velho que não sei viver sem, minha única família. Foi através dele que descobri o que é ter amor, o que é ter alguém que se importa com você e que te apoia. Com ele sou eu mesma, ainda sou a garota estranha, mas não sou mais solitária, agora tenho Victor. Nunca poderia viver sem ele em minha vida.
Fiquei tentando prestar atenção ao meu livro, o que foi em vão, pois estava mergulhada em pensamentos. Mas pelo menos tentei, até porque Victor me observava e eu não queria contar lhe sobre minha nova distração. Fingi ler por longas horas, até uma de nossas professoras, Bárbara, vir ao nosso encontro.
- Victor poderia falar com você por um minuto?
- Claro professora.
Ele se levantou e seguiu a professora até do lado de fora da biblioteca e após alguns minutos retornou para perto de mim.
Percebendo que ele estava meio triste decidi interrogá-lo.
- O que houve?
- A professora veio me falar que estou indo muito mal nas provas e que vou ter que fazer aulas e provas extras.
- Nossa que ruim, e quando serão as aulas?
- Todos os dias durante à tarde.
- Aaah, que péssimo.
- Pois é, começo amanhã.
Ficamos ali à conversar até ficar tarde e decidirmos ir para nossos quartos, pois amanhã Victor teria um dia cheio de aulas.
Ele me deixou em meu quarto e seguiu para o seu. Entrei, tomei um banho longo, coloquei meu pijama e fui para minha cama, dormi em seguida.
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# Professora Bárbara na foto #

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