Capítulo 27

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Subi na moto com Henry e ele me estendeu um capacete, coloquei-o.
Após alguns minutos já estávamos saindo do centro.
- Para onde vamos?
- Já disse, é uma surpresa. Não posso contar.
Ele nos levou para um lugar meio afastado do centro, quando estávamos em uma estrada pouco movimentada e cercada por árvores, ao que parecia era uma floresta, ele parou.
Desci da moto e em seguida ele também desceu. Deixou a moto fora da estrada, perto das árvores, entrelaçou nossos dedos e me levou por entre as árvores. Como eu havia imaginado, era uma floresta.
Ele foi me levanto entre as árvores e quando já estávamos bem longe da estrada, eu já estava ficando com medo, por isso decidi interromper nosso passeio.
- Para onde estamos indo? Já estou ficando com medo.
Ele se virou para mim, largou minha mão e colocou-a no meu rosto.
- Meu amor, confie em mim. Nunca lhe faria mal.
- Não tenho medo de você amor.
- Então fique tranquila. Esqueceu que sou o predador mais perigoso desta floresta?
Havia me esquecido mesmo.
Não lhe respondi apenas sorri para ele que continuou à falar.
- Não se preocupe, nunca deixarei que nada de ruim lhe aconteça.
Ele deu um beijo em minha testa.
- Te amo Henry.
- Também te amo Sabine.
Dei um selinho nele e ele tirou a mão de meu rosto e entrelaçou-a na minha novamente.
Seguimos por mais alguns minutos, até chegarmos à uma linda clareira. A clareira de meu sonho.
Era um lugar lindo, possuía um gramado baixo e um lindo e pequeno lago, possuía várias flores por todos os lados e era cercado por grandes árvores.
Eu deitei na grama e Henry se deitou ao meu lado, ainda estavamos de mãos dadas, ele se vira de lado se aproximando de mim e me dá um beijo calmo nos lábios.
- Sabine, já lhe disse hoje que te amo?
- Já sim.
Ele sorri assim como eu e me dá outro beijo.
- Então digo novamente, eu te amo.
Lhe dou um selinho.
- Eu também te amo, Henry.
Ele me abraça e ficamos ali por um longo tempo juntos.
Aí eu me lembro de meu sonho, estava acontecendo tudo como em meu sonho com Henry.
Me viro para ele e colo meus lábios nos dele, ficamos nos beijando por um longo tempo até sermos interrompidos.
- Ora, ora, vejamos o que temos aqui.
Me viro e vejo uma garota morena.
Henry olha para a garota intrigado.
- O que faz aqui Melissa?
- Eu que pergunto, meu bem. O que faz aqui? E quem é ela?
Ela pergunta olhando para mim.
Olho para ele tentando entender o que se passava ali.
- Não lhe interessa.
Ela dá uma risada.
- Claro que interessa, meu amor. Não seria sua namorada não é? Acho que não seria capaz de me trocar assim.
- Cala a boca Melissa, não tenho nada com você e nunca deveria ter tido. Você não deveria estar aqui.
- Vim lhe procurar, não vai me abandonar depois de tudo que passamos juntos.
Ela falava determinada.
- Não tenho mais nada com você, já disse para seguir a sua vida.
- É assim que vai agir comigo? Sabe que não tenho mais ninguém além de você, você é minha única família agora.
- Não tenho culpa do que aconteceu e sinto muito pela sua perda, mas não posso fazer nada por você, mais do que já fiz. Estou com a Sabine e a amo muito.
- Ama ela? Fala sério Henry, amar uma humana. Me polpe. Ela sabe o que você é?
Ele falou em um tom ameaçador e ele riu.
- Claro que sabe.
Ela o olhou desapontada.
- Colocou nossa existência em risco por causa de uma humana?
- Eu confio nela.
- Que seja. Mas sabe que posso lhe dar uma coisa que ela não é capaz.
Ele riu novamente.
- Acha mesmo que o que eu tenho por ela é apenas um desejo carnal? Eu a amo de verdade, ela é minha alma gêmea, minha companheira. Ela pode me dar mais que você.
Ela me olhou com ódio.
- Não pode ser. Não acredito em você.
- Pode acreditar Melissa. Ela é minha companheira.
Ela olhou para ele e depois novamente para mim, virou as costas e sumiu correndo no meio da floresta.
Olhei para Henry querendo respostas para o que aconteceu ali, não havia entendido nada da conversa dos dois. Ele percebeu pelo meu olhar e se explicou.
- Essa era Melissa, minha ex-namorada.
Ele dá uma pausa respira fundo e prossegue.
- Lembra que lhe falei que uma família amiga da minha havia sido morta?
- Lembro.
- Era a família da Melissa. Ela não estava na cidade por isso sobreviveu.
Assenti com a cabeça e ele continuou.
- Durante a guerra eu estava namorando com ela, por isso a família dela se escondeu com a minha, mas alguns meses depois da guerra ela enlouqueceu, matou vários humanos. Quando eu soube terminei o meu namoro com ela. Ela não se conformou e foi embora da cidade, mas sua família ficou. Fiquei esses anos todos sem vê-la. Ela deve ter voltado pois soube da morte de sua família.
- Que triste meu amor, tadinha dela.
- É uma pena, eram pessoas muito boas.
Lembrei do que ela havia dito "posso lhe dar uma coisa que ela não é capaz"
- Amor, o que ela estava se referindo quando disse que pode lhe dar algo que eu não posso?
- Tem certeza que quer falar sobre isso?
Ele pareceu estar com constrangido.
- Quero sim.
- Tá bom. Vou lhe explicar.
Ele suspirou e continuou.
- Como sou um lobisomem, uma humana não pode me dar um herdeiro. Humanas não sobrevivem a gravidez de um lobisomem.
Olhei assustada para ele, mas ele me acalmou.
- Você não é uma humana qualquer, é minha companheira. Nós lobisomens raramente encontramos nossa companheira, é algo raro e incomum.
- E como sabe que sou sua companheira?
- Quando lhe vi pela primeira vez naquela praça escutei uma voz em minha mente e ela dizia que você era minha, depois disso todas as vezes que lhe vejo entro em transe... Daria minha vida por você, você me completa.
Ele me da um beijo na testa.
- Te amo Henry.
- Também te amo.
Pego o celular para ver a hora, 23:29hs.
- Nossa, já é tarde. Tenho que ir pra casa.
Me levanto rapidamente e ele olho pra mim e depois para o relógio de seu pulso.
- Nem percebi a hora passando.
Ele se levanta também.
Havia uma mensagem de minha mãe.
Mensagem:
" Filha, quer que eu lhe busque que horas?"

Me viro para Henry.
- Você pode me levar em casa?
- Claro, meu amor.
Respondi a mensagem de minha mãe.
Mensagem:
" Henry vai me levar mãe, nem vi a hora passar, me desculpe. Não se preocupe, está tudo bem."

Henry entrelaça seus dedos nos meus e seguimos rumo à moto.
Chegamos rapidamente.
Ele sobe na moto e me ajuda a subir também.
- Onde é sua casa?
Ele ligou a moto e o guiei até chegar perto de minha casa.
Pedi para que ele me deixasse na esquina, para minha mãe não brigar.
Na verdade estava com medo dela ver ele e descobrir que é um lobisomem.
Ele me deixou na esquina e eu segui a pé até minha casa, ele ficou me observando até chegar à porta, quando ia abrir a porta joguei um beijo para ele, que foi embora.
Eu entrei em casa e quando ia direto para o meu quarto minha mãe me chama.
- Filha?
- Oi mãe.
Fui até ela é à abracei.
- Me desculpe a demora, nem percebi a hora passar.
- Tudo bem meu amor, se divertiu?
- Bastante.
- Isso que importa.
Sorri e ela retribuiu.
- Vou dormir mãe, estou cansada.
- Também vou dormir, minha filha. Boa noite.
- Boa noite mãe.
Subi para meu quarto, coloquei meu pijama, deitei em minha cama e em pouco tempo adormeci.
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#Melissa na foto#

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