Capítulo 2

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Eu e minha mãe nos entreolhamos e seguimos ele até a porta do escritório.

- Júlia eu gostaria de conversar com a sua mãe primeiro, pode ser ? - Perguntou e eu relutantemente acenti

Bom, acho que não vai ser agora que eu vou matar minha curiosidade. Peguei meu celular que estava no bolso do vestido e coloquei em cima da bancada da cozinha enquanto eu abria a geladeira para pegar as coisas para fazer um sanduíche, pois eu tava com muita fome e pra ajudar eu ainda tava muito curiosa. Enquanto eu fazia o sanduíche a Marília entrou na cozinha.

- Deixe que eu faço isso Julinha - Falou lavando as mãos

- Não Marília, eu consigo fazer isso, por favor - disse e ela se afastou um pouco me dando liberdade - Desculpa, não quis ser grossa, Desculpa mesmo - só depois de ter falado que eu percebi a besteira que eu falei

- Não tem problema menina - disse e me aproximei dela e dei-lhe um beijo na bochecha

- Desculpa, me perdoa ? - perguntei e ela me olhou carinhosamente

- Mais é claro minha menina - ela disse beijei-a novamente e voltei a fazer meu sanduíche. Assim que terminei peguei a jarra de suco da geladeira e coloquei um pouco no meu copo e fui para sala esperar essa tal conversa acabar. Já tinha terminado meu sanduíche e assistia o segundo filme que passava na televisão. Eles estavam a quase três horas naquele bendito escritório. Estava quase cochilando quando eu escuto a porta do escritório sendo aberta, olho na direção dela e vejo a minhã mãe saindo de lá com uma cara nada boa, mas não de raiva mais sim de tristeza. O que será que ta acontecendo ?

- Vem cá, Julinha - Ela me chamou e imediatamente eu me levantei e fui em direção a porta do escritório - Entre - Ela pediu e abriu a mais a porta me dando passagem.

Ao entrar eu me assustei, as cadeiras estavam um pouco fora do lugar e o meu pai e o tio carlos estavam afastado e com uma cara não muito boa.

- Sente-se Júlia - Meu pai praticamente ordenou e eu automáticamente obedeci

- Júlia, eu quero te contar uma história - Meu tio falou e eu fiz gestos com as mãos para que ele começasse - A 20 anos atrás o seu avô, pai do seu pai e o meu pai eram muito amigos, sempre foram. Mas o meu pai ele era um pouco descontrolado em relação ao dinheiro, ele e seu avô eram advogados premiadíssimos, assim como eu e seu pai. O meu pai acabou se afundando em dívidas de jogos, uma coisa que ele gostava muito e ele acabou ficando muito endividado. O seu avô, era um homem esforçado, trabalhava, cuidava da sua avó e do seu pai e nunca se envolveu em nada, muito diferente do meu pai que acabou se afundando em dívidas e com vergonha de contar ao seu avô e decidiu pedir dinheiro emprestado para o dono das emprasas kelon e ele pagou mas o velho Tom diz que ele não pagou então eles queriam tomar a empresa e o meu pai e por causa de toda essa mentira ele ia acabar prejudicando o seu avô, ele acabou se afundando tanto que teve que contar, eles acabaram fechando um acordo, passando a empresa para os nosso herdeiros - disse apontando para ele e para o meu pai - assim a empresa não seria mais dele seria de um só, porém esses herdeiros teriam que se unir, só que em matrimônio - O que ? Como assim ? Quem vai ter que casar ? A minha cabeça tava com um nó gigantesco - No caso eles iriam assumir a empresa, como um só, no caso como marido e mulher - não pode ser isso - Júlia você vai ter que se casar com o meu filho, o Braian - eu estava paralisada tentando processar tudo, como eles puderam fazer isso ?

- O que ? Eu vou ter que fazer o que ? - Meus olhos estavam cheios de lágrimas, eu tava com raiva. Como eles puderam ? - Como vocês puderam fazer isso ? - Eu tentava o máximo possível me afastar deles

- Júlia, calma - Minha mãe pediu

- Calma mãe, como ter calma ? Vocês estragaram a minha vida - eu disse elevando um pouco a minha voz

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