Capítulo 31

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Braian

- Por que você escolheu fazer direito ? - Estávamos no avião quase chegando a cidade de Recife e nós conversávamos desde quando o avião tinha decolado

- Além de ser a profissão dos meus pais, eu sempre achei muito interessante, eu gostava de saber as histórias do meu pai dizendo que com suas técnicas ele colocou um criminoso na cadeia e de ouvir minha mãe contando sobre suas audiências, era fantástico, eram as minhas histórias pra dormir - Sorrio me lembrando de quando minha mãe me colocava pra dormir contando dos casos e quando eu passeava com o meu pai e conversávamos sobre a profissão - E você ? Por que escolheu medicina ?

- A história é meio longa 

- Acho que temos tempo - Balanço a cabeça e ela ri

- Bom, apesar de assim como você, eu dormia ouvindo histórias de tribunal e casos bem interessantes. Mas um certo dia eu estava na faculdade, você sabe eu sou formada em dança, né ? - Concordo e ela continua - Então, nesse certo dia uma colega de sala, começou a vomitar sangue, daí levaram ela pro hospital, e lá descobriram que ela tinha a síndrome de Mallory-weiss, ou seja, um ruptura no esôfago. Quando eu cheguei em casa eu fui pesquisar sobre isso e eu acabei me apaixonando pelos casos que eu fui descobrindo e dias depois eu comecei a cursa medicina - Dá de ombros

- Ok, isso é nojento - Ela ri

- Não é - Ela ri e eu ergo a sobrancelha - Bom, talvez um pouco mas quando você está lá pronto pra salvar uma vida, com o bisturi na mão, é bom demais - Ela sorri com carinho - Quando você faz a primeira cirurgia é uma sensação inexplicável

- Você já fez uma cirurgia ?

- Já, quando você é interno, você aprende de tudo, trabalha em todas as aréas e até faz cirurgia - Ela balança a cabeça

- E você quer ser cirurgiã ? - Pergunto e ela aperta os lábios

- Digamos que sim porque eu quero ficar no pronto atendimento, eu gosto de pegar as emergências que chegam - Ela sorri

- Ok, você é estranha - Balanço a cabeça e ela ri

- Vai dizer que você não gosta quando chega um caso grandioso e complicado ? - Ela ergue a sobrancelha

- Gosto

- Então, é a mesma coisa - Ela dá de ombros

- Não é não, o que será da vida das pessoas não depende de mim - Ela aperta os olhos - Na verdade depende - Reviro os olhos e ela ri

- Viu, nossas profissões estão ligadas de certa forma - Ela inclina a cabeça pro lado e sorri. O avião aterrissa e nós pegamos nossas pequenas malas na estera e vamos para o portão de desembarque - Como iremos para o hotel ? - Pergunta e dou de ombros

- Sr e Sra. Marcedo - Um rapaz chama e nós o encaramos

- Sim ? - Pergunto e ele estende a mão sorrindo, cumprimento-o

- Meu nome é Jonatas, parabéns pelo casamento, felicidades - Ele aperta a mão da Júlia que sorri agradecendo - Eu vou levá-los até o resort - Ele fala e pega nossas malas - Me acompanhem por favor - Ele nos leva até um chevrolet trailblazer preto

Ele abre a porta do carro e nós entramos. Seguimos em silêncio até um grandioso resort.

- Uau - Fala a Júlia quando entramos no resort

- Pelo visto a Alana acertou - Ela me encara e ri. O resort tem uma grande piscina e fica de frente a praia

- Me acompanhem - Fala o Jonatas carregando nossas malas. Seguimos por um caminho de madeira rodeado por árvores - O Nannai tem o serviço exclusivo de bangalôs com piscinas privadas, ou seja, cada quarto tem sua piscina - Passamos por alguns "bangalôs" que estavam ocupados e ele para no último, um pouco mais afastado - Este é o bangalô de vocês - Ele abre a porta e entramos em um quarto grande todo de madeira, com uma grandiosa cama de casal - Vou deixá-los a sós, qualquer coisa é só ligar - Ele aponta para um telefone em cima da escrivaninha e sorri - Com licença - Ele sai fechando a porta. A Júlia abre a outra porta do quarto e encara boquiaberta

Casamento Por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora