Braian
- Quer que eu desligue o ar-condicionado ? - pergunto olhando para a Júlia que está toda encolhida ao meu lado coberta por um cobertor roxa de veludo
- Não, está tudo bem - responde sorrindo fraco
- Tem certeza ? - pergunto e ela concorda - Ainda está com dor de cabeça ? - pergunto e ela nega
- Não, depois do remédio melhorou. Não precisa se preocupar, Braian, eu estou bem, agora presta atenção no trânsito, quero chegar viva em Angra - fala segurando em meu queixo e virando minha cabeça para frente me fazendo rir.
A música que estava tocando é interrompido por um toque de telefone, olho para a tela do som e atendo a ligação do Matheus.
- Sim ? - pergunto olhando para a estrada
- A Júlia está acordada ? - pergunta e eu olho para a Júlia para que ela responda
- Estou - ela fala sorrindo
- Está se sentindo melhor ? Dúvida minha e da Alana
- Sim, estou bem melhor, obrigada
- Se quiser fazer um parada, é só falar, tá Júlia?
- Tá bom, mas não precisa se preocupar, foi só uma dorzinha de cabeça, deve ser por causa do choro de recém-nascido na cabeça - fala apertando os olhos
- Ihhh, tá alucinando - a Alana fala fazendo todos rirem
- O que vamos fazer quando chegarmos em Angra ? - a Júlia pergunta
- Você vai dormir! Já eu e o Matheus vamos apresentar as belezas de Angra dos Reis para a Alana - digo e a Júlia faz cara de indignada
- Uhuuu, gostei - a Alana fala animada e a Julia semicerra os olhos - Desculpa, Julinha
- Isso é muito injusto - a Júlia fala fazendo bico e eu rio
- Bom, talvez se você concordar em fazer uma lasanha para mim, eu espero você acordar para passearmos todos juntos - digo olhando rapidamente para ela que ergue a sobrancelha para mim
- Ei! Você quis dizer para nós, não é ? - a Alana pergunta
- Isso, exatamente, para nós - encaro a Júlia rapidamente e balanço a cabeça negando e mexo os lábios dizendo: "é só pra mim" e ela balança a cabeça rindo
- Sinto te dizer, Braian, Alana e Matheus mas eu não vou fazer lasanha nenhuma. Querem sair para passear ? Fiquem a vontade! Quando eu acordar, eu vou atrás de um guia turístico bonitão, ai ele me mostra as belezas de Angra - ela dá de ombros e eu ergo a sobrancelha
- Quantas horas de sono você precisa mesmo ? - digo brincando e todos riem
- Tchau, Júlia - fala o Matheus e a Alana ao mesmo tempo
- Só tem a Júlia aqui - digo e eles riem
- Tchau, garoto carente - fala a Alana e eu reviro os olhos.
A ligação encerra e as primeiras notas da música I see fire do Ed Sherran começam a tocar.
- Eu amo essa música, pode aumentar o volume mais um pouco ? - pergunta a Júlia e eu concordo aumentando mais um pouco o volume do som
Ela começa a cantar a música baixinho e eu a acompanho em alguns trechos e assim seguimos a viagem. Mostro as pontos turísticos das pequenas cidades que passamos e mostro pontos interessantes que tem pelo caminho. Passo pela placa de "Bem vindo a Angra dos Reis" e sigo para a casa da minha avó. Passo pelo hotel dos meus avós e vou para a casa que mais parece um sítio, aceno para o segurança que rapidamente aperta o botão no seu controle para o portão abrir.
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Casamento Por Contrato
RomanceJúlia Furtado, filha de Carolina e Henry Furtado, aos seus 21 anos, estava muito feliz, se sentia realizada com o sucesso do escritório de advocacia dos seus pais e com a descoberta de que em três semanas ela já poderia começar a cursar sua tão sonh...