Braian
- Vou ter levar para andar de skate - Respondi e a Júlia arregalou os olhos
- Mas eu não sei andar de skate - Falou me encarando com cara de assustada
- Exatamente por isso que eu vou te levar para me fazer rir - Respondi rindo e ela cruzou os braços e olhou pra frente
- Eu não vou andar em skate nenhum - Falou fazendo bico
- Ah vai sim - Respondi e me mandou um olhar desafiador
- Isso é o que veremos - Disse ela
- Ta com medinho ? - Perguntei
- Eu não tenho medo de nada - Respondeu me olhando séria e eu ergui uma das sobrancelhas, ela riu irônica e começou a mexer na bolsa.
Voltei o meu olhar para o trânsito, liguei o som e senti meu celular vibrar no bolso dando o sinal de conectado ao carro. Uma música qualquer começou a tocar e eu observei a Júlia pelo canto do olho, ela ria enquanto mexia no celular e mordia os lábios para reprimir o riso, ela cruzou as pernas e o seu vestido subiu deixando suas belíssimas coxas amostra e isso é extremamente sexy. Voltei minha atenção para o trânsito e acabei ficando preso em um engarrafamento
- Nossa, que sorte - Pensei um pouco alto e a Júlia olhou pro trânsito
- Ah não, eu to com fome - Falou com voz de criança e me olhou irritada
- Cade a maçã que eu te dei ? - Ela procurou na bolsa, procurou no banco, pelo corpo, me olhou e passou a mão na barriga
- Sumiu - Respondeu fazendo cara de inocente
- Você comeu ? - Perguntei e ela fez que sim com a cabeça - Quando isso ? Você é uma monstra, eu nem vi - Falei e ela puxou um saco plástico incolor de dentro da bolsa e dentro tinha o resto da maçã
- Ta brincando comigo ? Eu te disse que eu estava com fome, que estava não, que estou - Disse e me olhou irritada
- Eu não posso fazer nada, o jeito é esperar - Falei e o trânsito andoi um pouco mais.
Ela cruzou os braços e encostou a cabeça no recosto do banco. A música que estava tocando parou e o toque do meu celular ecoou pelo carro, o nome Matheus brilho no visor do som e eu atendi
Ligação On
Matheus: Bom dia, noivo mais cobiçado do Rio de Janeiro
Braian: Eu estou dirigindo, estou acompanhado e você está no viva voz. Olhe bem o que você vai falar
Matheus: Nossa. Bom dia, acompanhante do Braian - A Júlia me olhou perguntando com o olhar se podia responder e eu fiz que sim com a cabeça
Júlia: Bom dia, amigo do Braian
Matheus: Que voz bonita. Uê companheiro, mal casou e já está traindo ?
Júlia: É a noiva dele que está falando
Braian: Mais respeito com a voz da minha noiva
Matheus: Ah, Braian, pare com isso, ela não sabe ? - A Júlia me olhou curiosa
Júlia: Não sei de quê ?
Matheus: Eu sei da história toda, principalmente que você não é comprometida com esse daí e que sua voz é muito bonita
Júlia: A sua também, Matheus - Disse e riu
Braian: Opa, opa, opa. Bora parar com isso aí ? Pra quê é que você me ligou, Matheus ?
Matheus: Que grosso. Eu liguei porque passei na sua sala e não te achei, falei com a dona Helena e ela disse que você tinha vindo para empresa e que te chamaram no PR e você apenas pegou suas coisas e foi embora, queria saber se era algum problema relacionado com a empresa mas pelo visto, não tem problema algum
Braian: Só ?
Matheus: E eu ia te convidar para almoçar comigo mas pelo visto já tem companhia
Braian: Sim, eu tenho que sair com a Júlia por isso o pessoal do PR me chamou e eu fui embora mas deixa pra próxima
Júlia: Não, Braian. Podemos fazer assim, a gente dá uma volta no shopping, depois passamos pra pegar o Matheus, vocês me deixam na minha casa e vão almoçar
Braian: Tudo isso é medo de andar de skate ?
Júlia: Eu não tenho medo de nada. Apenas o seu amigo deve ter algo importante pra falar com você e você disse que queria se livrar de mim e ter a tarde livre. Então, vai se livrar de mim mais cedo
Braian: Realmente. Está bom pra você, Matheus ?
Matheus: Está ótimo. 12:00?
Braian: Sim. Até mais tarde
Matheus: Até. Até mais tarde, senhorita da voz bonita
Júlia: Até, Matheus - Disse rindoLigação Off
A Júlia voltou sua atenção para o celular e o trânsito voltou a andar e eu segui em direção ao shopping. Assim que chegamos, estacionei e desci do carro, arrudiei e abri a porta da Júlia, ela saiu, tranquei o carro e segurei sua mão. Uma eletricidade correu por todo o meu corpo e eu percebi que a Júlia sentiu o mesmo pela forma que ela apertou um pouco mais sua mão na minha.
- Vamos ? - Perguntei e ela concordou com a cabeça. Pegamos o elevador e fomos para o primeiro andar - Onde quer ir primeiro ? - Perguntei e ela me olhou com um sorriso de orelha a orelha
- Praça de alimentação - Falou e eu concordei, seguimos em direção a praça de alimentação e no meio do caminho a Júlia parou na frente de uma loja de doces e ficou olhando a cascata de chocolate - Que lindo - Falou olhando para a cascata e suspirando e aquela cena de certa forma me encantou, ela parecia uma criança pode se dizer até que fofa
- Você gosta ? - Perguntei e ela me olhou
- De chocolate ? - Me respondeu com outra pergunta
- Sim - Respondi
- Eu amo chocolate - Falou e sorriu
- Podemos passar aqui depois - Disse e ela me olhou concordando com a cabeça animadamente - Vamos - Chamei e voltamos a andar. Chegamos a praça de alimentação que estava bem movimentada e eu olhei pra Júlia, esperando que ela dissesse onde queria ir
- Vamos naquele ? - Perguntou apontando para um restaurante do outro lado da praça de alimentação, concordei com a cabeça e seguimos para lá
- Café da manhã ou almoço ? - Perguntei e ela pensou por alguns segundos, olhou para o relógio do celular e depois me olhou
- Pela hora, é melhor um lanche - Respondeu e nós encaminhamos para um local no canto do restaurante onde tinha pessoas montando seus pratos. Chegamos lá e a Júlia ficou muito animada por ver a comida, ela montou se prato e esperou eu montar o meu, pesamos e fomos comer - Braian, me fale um pouco mais sobre você, além do mais precisamos ser amigos e para isso temos que nos conhecer melhor - Pediu e eu olhei pra ela
- O que especificamente você quer saber ? - Perguntei e ela pensou um pouco
- Sei lá, me fala sobre sua adolescência, seus estudos e tudo mais - Respondeu e comeu uma bolinha de queijo
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Casamento Por Contrato
RomanceJúlia Furtado, filha de Carolina e Henry Furtado, aos seus 21 anos, estava muito feliz, se sentia realizada com o sucesso do escritório de advocacia dos seus pais e com a descoberta de que em três semanas ela já poderia começar a cursar sua tão sonh...