Capitulo 10 - A Bebedeira tomou conta de Nós...?

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Olá meus leitores, espero que estejam a gostar da história. É só para avisar que quem não lê o mangá vai apanhar spoiler neste capitulo... De qualquer forma, não é nada de especial, por isso acho que podem ler o capitulo à vontade porque mais tarde ou mais cedo esta informação que vou revelar do mangá, sobre o Fujisaki (o rapaz que beijo a Hiyori no Parque de Diversões) vai aparecer no Anime. Boa leitura, minna!

Casa da Kofuku e do Daikoku, 19h20...

Hiyori

O Daikoku e a Kofuku ainda não tinham chegado, tendo saído à mais ou menos 1 hora e meia, o que era preocupante. "Hiyori..." O Yato chamou-me, deixando escapar mais um soluço. "O que foi?" Perguntei, já cansada da bebedeira dele.

"Tu não queres?" Ele perguntou, mostrando-me uma garrafa de bebida alcoólica. "Não, obrigado." Rejeitei, ele deve achar que sou como ele... "Nem um bocadinho?" Ele insistiu e suspirei. "Já disse que não!" Perdi a calma e ele riu-se. "Ficas tão girinha, irritadinha..." Ele gozou enquanto deixava cair as gotas de bebida de uma outra lata na sua boca.

Corei e apertei o meu vestido enquanto me tentava controlar, quando ele está bêbedo é ainda mais insuportável do que o habitual, e ainda por cima não diz coisa com coisa.

"Hey, Hiyori." Ele chamou mais uma vez enquanto se arrastava pelo chão até mim. "O que foi agora?" Reclamei e vi que ele já estava ao meu lado, deitado no chão, quando à uns segundos atrás estava na outra ponta da sala. "Eu quero... Mais bebida..." Ele pediu, pousando uma das suas mãos na minha perna.

"Olha para ti, ainda queres ficar pior?" Perguntei ligeiramente corada e tirei a mão dele da minha perna. "Olha, Hiyori." Ele chamou mais uma vez e sinceramente começava a ficar farta dele. "De quem é que gostas?" Ele perguntou e percebi o que ele queria dizer, mas fiz-me de desentendida.

"Gosto de muitas pessoas: do Yukine, da Kofu-..." Tentei continuar a minha lista de amigos mas ele interrompeu-me antes que o pudesse fazer. "Oh, então gostas dos mais novinhos." Ele comentou e corei. "O-O quê?" Fiquei sem reação, ele estava tão bêbedo que nem percebia que eu estava a falar de amigos... Resumindo, não percebia que eu estava a gozar com ele. Em vez disso ele achava que eu gostava do Yukine... Francamente...

"E... E seu fizer..." Ele tentou falar enquanto se levantava do chão para ficar sentado ao meu lado, mas foi interrompido por um outro soluço. "E se eu fizer assim..." Ele começou a falar outra vez e aproximou-se de mim enquanto deixava os nossos rostos quase a tocarem-se.

"O que é que acontecia se eu te...?" Ele ainda estava a continuar a frase de à quase meia hora atrás, aproximando os seus lábios dos meus. Podia sentir o seu alito a bebida alcoólica a bater nos meus lábios, mas quando ele quase tocou com os seus nos mesmos lembrei-me do Fujisaki, o rapaz de que uma das minhas amigas gostava.

Esse rapaz deu-me o meu primeiro beijo, e na realidade veio-se a descobrir que ele era o pai do Yato, mas com uma aparência diferente da original. Não queria que ele me tivesse beijado, mas fui apanhada completamente desprevenida e por isso fiquei com uma má impressão dos beijos.

Pelos vistos este filme ia voltar a repetir-se: ia ser beijada mais uma vez quando não queria. Bem, com o Yato é uma situação totalmente diferente, o Fujisaki (pai do Yato) era um rapaz sobre quem eu não sabia nada. Na verdade, falo como se conhece-se o Yato, mas na realidade sei muito pouco sobre ele.

"Para!" Afastei o Yato de imediato e ele pareceu acordar da sua bebedeira, ficando sóbrio em instantes. "D-Desculpa, eu..." Ele tentou falar mas levantei-me antes de o deixar falar, enfiando-me no quarto-de-banho durante uma boa meia hora.

Só saí quando ouvi o Daikoku e a Kofuku chegarem a casa, mas durante o tempo em que estive no quarto-de-banho deixei escapar algumas lágrimas, não por o Yato me ter tentado beijar, mas por me ter lembrado do beijo do Fujisaki...

Sabia perfeitamente que o Yato só me tinha tentado beijar por causa da bebedeira, embora tenha sido estranho que ele tenha ficado sóbrio mal eu o afastei. Limpei os meus olhos e lavei a cara na esperança de que o vermelho dos mesmos desaparece-se, para não parecer que tinha estado a chorar.

Saí do quarto-de-banho com toda a coragem do mundo mas vi que o Yato não estava na sala. Se ele tivesse voltado a beber ia estar um idiota outra vez, por isso resolvi ir para casa. Acho que não aguentava outra conversa com ele...

Fui até à cozinha e vi que o Yukine estava a falar com a Kofuku enquanto o Daikoku fazia o jantar e também dizia umas coisas. "Pessoal, já tenho que ir para casa, prometi aos meus pais que ia jantar com eles." Inventei e a Kofuku e o Yukine olharam para mim.

"Estives-te a chorar?" A Kofuku perguntou mas disse de imediato que não com a cabeça. "N-Não, os meus olhos só estão cansados, é por isso que estão vermelhos." Menti mas acho que nenhum dos 2 ficou convencido com a minha explicação.

Fui até à sala e o Yato ainda não estava lá, o que foi estranho. "Onde está o Yato?" Perguntei à Kofuku, que veio até à sala comigo. "Acho que foi dar uma volta, mas não tenho a certeza." Ela disse e calcei os meus sapatos. Hoje de manhã conseguia aguentar o frio de lá de fora, mas agora que era de noite estava demasiado frio para poder andar de vestido.

Assim que abri a porta surpreendi-me porque o Yato estava do outro lado, a abrí-la ao mesmo tempo que eu. Ficamos durante alguns segundos a olhar um para o outro até que eu tive a coragem de passar por ele e de me ir embora.

Ele parecia ter aceitado a minha atitude, talvez até tivesse bebido outra vez e já nem se lembra-se do beijo (ou melhor, quase beijo), mas estava enganada. "Espera, Hiyori." Ele chamou-me e senti-o puxar a minha mão, o que me fez parar de andar.

"Eu..." Ele tentou falar e senti os meus olhos aquecerem de imediato. Virei rapidamente o meu rosto para o encarar e por alguma razão ele ficou surpreendido ao vê-lo.

Yato

Assim que ela se virou de rajada para me encarar vi algumas lágrimas saltarem dos seus olhos, o que foi bastante doloroso para mim. Vi por aquele olhar cheio de tristeza e dor que ela estava a implorar-me para que a deixa-se ir embora, por isso acabei por largá-la.

Assim que o fiz ela correu pelas ruas e eu fiquei algum tempo parado à porta de casa. Assim que me virei para trás para entrar dentro da habitação a Kofuku estava a olhar para mim de forma desapontada. "O que fizes-te desta vez?" Ela perguntou baixo e entrei em casa.

"Quase beijei a Hiyori." Contei e ela arregalou os olhos. "O quê? Beijar?" Ela exclamou e sentou-se à minha frente na mesa, empoleirando-se na mesma com um sorriso curioso. "Acho que foi por ter bebido, mas ela afastou-me e aí fiquei sóbrio." Expliquei resumidamente e ela abriu a boca de surpresa.

"E tens a certeza que foi por causa da bebida?" Ela perguntou e fui apanhado desprevenido. "O quê?" Reclamei e ela riu-se. "Nada." Ela gozou e suspirei em resposta.

Noragami - Férias de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora