Capítulo Quatro

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— O que você está fazendo aqui? - pergunto para o nerd, que me olhava como se não estivesse entendendo nada.
— Você dois se conhecem? — O advogado pergunta.
— Infelizmente, sim. — respondo, frustrada. - E você não vai me responder, nerd? — indago, arqueando uma sobrancelha para ele. .
— Eu trabalhava para o seu pai. E eu acho que estou no testamento dele, pois me chamaram aqui. E o meu nome é Oliver Monroe.
— Se você era tão ligado assim ao meu pai, por que não apareceu no enterro?
— Tive um contratempo no aeroporto.
— E você consegui achar a sua mala?
— Bem... Depois de tanto procurar... - ele subitamente parou de falar, parecendo confuso. — Espera aí, como você sabia que tive um problema com a minha mala?
— Eu.... eu... — Eu e minha boca grande.
— Vamos deixar essas discussões para depois. — Diz o advogado me cortando. — Quero começar a leitura. — Logo em seguida, todos se sentaram. O advogado abriu um envelope e retirou de lá um papel. E começou a ler:
" Se vocês estão lendo o meu testamento, é porque eu já parti. Espero poder descansar eternamente. E se eu deixar alguém desapontado com a minha pessoa, gostaria que me perdoasse."
— Essa foi a introdução. — Disse o advogado. — Agora vamos a partilha dos bens. — E ele voltou a ler.
" Para a minha empregada Jessie Parker, que me serviu fielmente durante nove longos anos, eu deixo a pequena casa a qual você mora, nos fundos da minha para você. E uma quantia simbólica pelos seus anos de trabalho aqui. Para o meu advogado Thomas Wells, também deixo uma quantia simbólica por seus 7 anos de trabalho.
Para o meu funcionário e grande amigo, Oliver Monroe, você se mostrou capaz e competente fazendo o seu trabalho. Deixo para você, uma quantia no valor de dez mil dólares, algumas ações nas minhas empresas e o meu
apartamento em Bahamas." — Fico um pouco pasma com tudo que meu pai deixou para esse nerd. Será que eles eram tão próximos assim? — "Agora para minha única herdeira, Candice Weasley, deixo toda minha fortuna, minhas empresas, meus carros, minha casa na Califórnia e minha casa em Seattle." — É muita coisa para uma pessoa sozinha. Mas vou aproveitar tudo. — "Porém, minha filha só poderá mexer na herança, depois que completar vinte e dois anos... "
— O que? Você só pode estar de brincadeira. — Digo rindo.
— Por favor senhorita, deixe eu terminar.
" Ela é uma garota muito irresponsável e botaria tudo o dinheiro a perder..."
— Isso é um absurdo! — Digo mais contrariada.
— Deixa ele terminar senhorita. — Diz o nerd. Me sento e deixo o homem prosseguir, mesmo querendo dar uns tapas na cara do nerd.
" Então minha filha precisará de um tutor. Alguém que a vigie, que a ensine a ser responsável e que cuide de sua fortuna até completar a idade estipulada. E essa pessoa será Oliver Monroe. Se Oliver ou Candice não aceitarem este acordo, toda a fortuna ficará sob domínio do governo americano.
Finalizo o meu pedido aqui
. "
— Ele não pode estar falando sério. — Digo irritada.
— Eu sou obrigado a concordar com ela. — Diz o tal Oliver, olhando para mim com cara de que não entendeu nada.
— Ele não estava brincando no testamento. — Disse o advogado. — Por favor, assinem aqui. — O Advogado deu alguns papéis e todos assinamos. — Preciso ir. Mas antes, o seu pai deixou essa carta para a senhorita Candice. — Ele disse me entregando.
— Será que vocês poderiam me deixar a sós? — Eu perguntei. E todos saíram. Abri a carta e comecei a lê- la.

"Minha querida filha Candice,

Eu sei que eu não fui muito presente na sua vida quando criança e muito menos, quando sua mãe faleceu. Você deve me achar o pior de todos os pais. E não te culpo por isso.
Nesse momento, você deve estar se perguntando o porque de eu ter imposto uma idade para você usar a sua herança. Eu fiz isso, pois eu acho que você não tem tamanha responsabilidade para isso...
"
— Isso é mentira! — Disse para mim mesma.
"Você deve estar questionando a minha última frase e digo que é verdade. Eu podia estar longe, no entanto, eu acompanhava o seu comportamento no internato. E o julgo não muito bom.
Eu escolhi o Oliver para cuidar de você, pois ele é um bom rapaz, trabalhador e honesto. Tenho certeza que ele honrará o compromisso que o dei.
Espero que você o respeite e que se deem bem.

Seu pai, August Weasley."

Eu não acredito que você fez isso comigo Pai! E me pus a chorar. Eu não quero viver ao lado daquele nerd que eu nem conheço! Sinceramente pai, você só apronta comigo. Me levantei e sai do escritório, andando em direção a escada e encontro com a Jessie.
— Você está bem Candy? — Diz Jessie, de um jeito carinhoso.
— Estou sem palavras pare te responder essa pergunta Jessie. E aliás, cadê o nerd?
— Ah, o Oliver? — Eu afirmei com a cabeça. — Ele disse que ía para o hotel e que mais tarde viria aqui conversar com você.
— Vem cá Jessie. Esse Oliver, vinha muito aqui?
— Sim Candy. Ele trabalhou na empresa de seu pai aqui em Seattle por muito tempo. Depois ele se mudou para Londres. Mas ele continuava a vir aqui. Foi o único amigo do seu pai. — Entendo. Eu vou pro meu quarto Jessie. Você faz um favor pra mim?
— É claro.
— Bota comida para o Bob. Ele deve estar morrendo de fome. — Ela afirma com a cabeça e subo a escada.
Entro no meu quarto. Pego uma muda de roupa em minha bolsa e sigo para o banheiro. Tomo um banho quente e bem demorado.
Saío e me jogo na minha cama. Sinto os meus olhos pesados e pego no sono.

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Acordo com o barulho do meu celular tocando. Fico tateando com a minha mão na mesinha ao lado da minha cama, a procura do meu celular, pelo fato de estar escuro. Com certeza, deve ser a Sam. Ela é a única que liga para mim.
— Alô?
— Candy! Desculpa ruiva, só agora vi sua mensagem. Assim que cheguei aqui, fui montar no meu cavalo Spike, para matar a saudade e o meu celular desligou.
— Tudo bem Sam. Não tô chateada.
— E como você está Candy?
— Já chorei tudo que tinha pra chorar. Agora eu só tô com raiva do meu pai.
— Mas Candy, ele não teve culpa do que aconteceu.
— Eu sei. Não estou com raiva dele ter morrido e sim do testamento ridículo que ele deixou.
— O que tinha nesse testamento?
— Ele disse que eu sou irresponsável. E por isso, vou ter que viver até os meus vinte e dois anos sob custódia de um nerd idiota que trabalhava pro meu pai. — Digo irritada.
— Que barra Candy!
— Eu sei.
— Amanhã mesmo, eu pego o primeiro avião para Seattle pra ficar com você.
— Obrigada loira. Vou desligar agora. Vou caçar algo para comer.
— Está bem. Beijo
E desligo o celular. Levanto da cama e vou no banheiro. Jogo uma água no rosto e em seguida, saio do meu quarto. Chego na cozinha e encontro Jessie sentada á mesa comendo um sanduíche e de frente para ela tinha outro sanduíche e um copo de leite.
— Que bom que você apareceu Candy. O lanche estava te esperando.
— Obrigada Jessie. — Disse me sentando. Devorei o sanduíche todo. Estava com muita fome. Eu fiquei o dia todo sem comer. Escuto a campainha tocar.
— Deve ser o Oliver. Eu vou atender. Assim que você terminar o seu leite, vá para sala. Ele quer falar com você. — Afirmo com a cabeça que sim. Enrolo um pouco para aparecer por lá.
Quando chego na sala, vejo ele sentado no sofá, mexendo no celular. Logo, ele nota minha presença e vira o rosto pra mim.
— Olá Candy. Posso te chamar assim?
— Não. Candy é só para os amigos.
— De Candice então?
— Não gosto que me chamem assim. — Digo e parece que ele fica um pouco irritado.
— Vou te chamar de Candice mesmo. Sente- se por favor.
— Vou me sentar não porque você manda. E sim porque eu estou cansada de ficar em pé.
— Tudo bem.
— Então.... Porque você me chamou aqui?
— Por que precisamos ter uma conversa muito séria.
Ele responde, seu tom de voz mais rígido. O sorriso que ele tinha no rosto, desde que eu chegara à sala, sumiu.
O que será que ele quer falar de tão importante assim?   


*Oie gente, estou de volta e espero q tenham gostado do cap de hj. Já tenho os dias de postagem em mente. Será aos sábados e terças, com possíveis alterações. 

Bjs e até mais!!!



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